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[Review] The Vampire Diaries 5x14 - No Exit

Decepcionante.


Decepcionante.

Nós, fãs de TVD, já estamos acostumadíssimos com a pouca empolgação que os finais de episódios que antecedem hiatos nos proporcionam. O episódio anterior, por mais que tenha optado por decisões importantes que poderiam indicar uma mudança de rumo nas tramas que perderam força durante a temporada, não foi tão impactante quanto deveria, e a impressão final é que a série deu um passo largo demais. Normalmente, nos bons tempos da série, uma jogada tão notória como a de fazer um dos protagonistas receber o soro Augustine seria combinada com twists nos episódios seguintes. Mas The Exit simplesmente escolheu o caminho mais óbvio e fácil para “distrair” os espectadores, e consequentemente não deu uma boa continuidade à nova fase de Damon. Era como se os roteiristas pensassem: "Já fizemos demais no episódio interior, vamos dar um tempo agora". 

Quando descobrimos que Damon havia recebido o soro e Enzo não, estava claro que o próximo passo de Dr. Wes era (novamente) jogar um contra o outro. O que decepciona, no entanto, é o quanto eles perderam um episódio inteiro com esse embate que não chegou a lugar algum. O melhor de tudo é que esse personagem é o mais perdido de toda a série, porque nem ele sabe o que está fazendo ali. Acompanhem comigo: Dr. Wes ficou anos fazendo experiências em vampiros juntamente com Augustine e não teve conclusão palpável, só gravações inúteis que trouxeram avanço zero. Depois, ele já sem financiamento para o trabalho de merda dele, decide se unir aos Viajantes, que tiram dinheiro não sei de onde, provavelmente daquela “cantoria” deles, já que é a única coisa que eles fizeram na série até agora. Daí os tais bruxos lançam um feitiço, prendem os dois juntos, supostamente com o objetivo de fazer mais um de seus conclusivos “testes” e, no final, o que essa mente cientista brilhante queria era só que Enzo fizesse um favor para ele. Gente, para que isso tudo? É perder muito tempo.

Mas até que entendo a situação, porque Wes é esse empregado da Augustine, uma sociedade secreta tão bem sucedida que se matarem uma pessoa dela, ela já não funciona mais, ou pelo menos nunca mais deu as caras. A impressão é que TVD começa a caçar o próprio rabo e andar em círculos. Um bom exemplo disso é a tentativa insensata de começar a aproximar Caroline e Tyler (de novo!). Poxa, então quer dizer que o Tyler não tem mais NINGUÉM para ligar sobre o desaparecimento do Matt, e vai ligar justo para sua ex? Não, gente! Liga para o Stefan, liga para Elena, liga para o inútil do Jeremy ou liga até para o outro lado, mas se você está chateadíssimo com a traição, a ex-namorada é a última opção. Mas ok, vamos considerar que isso fez sentido e que a Bonnie não tem boca torta. Até porque, pelo bem dos casais da série, era extremamente necessário que Katherine tenha seu momento a sós com Stefan. Bem... era mesmo? Não consigo entender essa mania dos roteiristas de querer gerar twist de relacionamento amoroso. Chega a dar raiva. Eles têm plots que, como falei milhares de vezes aqui, são promissores e completamente ignorados.

O objetivo de Katherine é conquistar o Stefan, já entendemos. Mas será que não dava para isso acontecer enquanto todos eles estavam ameaçados pelos Viajantes? Sabe, daquele jeito da segunda temporada, que não dava tempo para respirar. Amo a personagem, ri muito das tentativas de sensualizar com óleo e o conhecimento nulo de mecânica, mas seria bom arrumar outra atividade em que ela nos surpreenda com sua esperteza. A fatalidade de Nadia poderia trazer isso de volta, porém sabemos que só Klaus pode curá-la, e não sei se vão querer trazer Joseph Morgan à série novamente. Pode acontecer de trazerem só a cura, para economizar no salário dos personagens, o que seria ilógico poupar uma cena entre Katherine e Klaus. Sem contar que, através do maior fail do episódio, saiu a descoberta de que a moça se apoderou do corpo de Elena, o que deve trazer complicações para que ela ajude a filha. Aliás, esses foram os dois únicos fatores que fizeram o episódio valer a pena, mesmo que a revelação da sobrevivência de Katherine tenha saído um pouquinho forçada (“K” de Katherine, ela está viva! Porque não “K” de Klaus, por exemplo?). Porque até agora o Stefan não percebeu nada, então não acho que ele chegaria a essa conclusão tão rapidamente.

Vamos falar do fail do episódio, que de tão patético chegou a ser engraçado: Matt querendo fazer duas coisas ao mesmo tempo. Um personagem que recebeu a atenção nos pôsteres da quinta temporada da série, sendo talvez um indício de que ele teria mais espaço ou até uma trama para ele, como se fosse fazer diferente do que ele fez a vida toda. Então quer dizer que ele queria pegar a Nadia enquanto mandava uma mensagem de uns 50 caracteres e achava que ela não ia notar? Isso me mata de rir.

Em geral, parece que a situação começa a apertar para os roteiristas. Eles não conseguem desenvolver a série em sua mitologia e ainda dependem de personagens de The Originals. E o pior de tudo é que a série parece encurralada (o que justificaria o título do episódio), incapaz de se reinventar, porque falta coragem e a percepção do potencial de tramas no roteiro. A série precisa de novos personagens para revigorar o cenário da série, e uma trama forte para reunir todos os personagens fixos para resolvê-la. Mas, pelo amor de Deus, que sejam úteis. Vamos aguardar que o episódio depois do Carnaval seja melhor.

Aliás, bom Carnaval para vocês!

P.S.: Sério que você pensou que o Stefan mataria o próprio irmão, Katherine?  

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