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[Fica a Dica] Música: The Pretty Reckless - Going To Hell


Taylor Momsen está indo para o inferno, e a julgar pela foto da capa do segundo álbum de estúdio da banda The Pretty Reckless, ela planeja estar bem sexy quando chegar lá.

Se você nunca ouviu falar de The Pretty Reckless, ela é uma banda americana de Hard Rock formada em Nova York no ano de 2009. Os atuais membros são Taylor Momsen, até então conhecida como Jenny Humpfrey do seriado Gossip Girl (vocais, guitarra), Ben Phillips (guitarra, backing vocal), Mark Damon (baixo) e Jamie Perkins (bateria). Seu álbum de estreia, o ótimo Light Me Up, foi lançado em agosto de 2010 e atingiu sucesso moderado com seus singles Make Me Wanna Die, My Medicine, Just Tonight, Miss Nothing e a baladinha You. Eu conheci a banda por acaso e virei fã pelo estilo do som despojado e cru que eles fazem, por isso digo que vocês precisam ouvi-los, e essa é a razão das minhas expectativas estarem altas para o segundo álbum da banda; E falando sério? O CD está bem melhor do que eu poderia imaginar.

O que mais me surpreendeu em Going to Hell foi seu tom que é quase tão nu quanto sua capa. O som da banda parece mais encorpado nesse segundo álbum assumindo de vez a carapuça de um rock`n roll moderno. O trabalho vocal de Momsen está cada vez melhor, demonstrando uma maturidade impressionante para sua pouca idade e assumindo sua própria identidade fabricada de rock, blues e country. Está impecável e creio que ela está trilhando muito bem seu caminho para se tornar uma força no hard rock.

A impressão que tive é que o álbum é um confessionário legítimo ou pelo menos uma tentativa de Momsen por sob o escrutínio de todos os seus dias de televisão adolescente. Follow Me Down, a música de abertura, define esse tal tom que será adotado durante todo álbum. A abertura com o som da chuva e a insinuação sexual de gemidos eróticos e respiração pesada, evolui para algo difícil de bater, e que desafia o ouvinte a não bater o pé junto com a melodia. Ela é a melhor faixa do disco, mas há muito mais de onde essa veio, como a faixa-título, Going to Hell que é uma percussão que é ancorada por um metal riff de guitarra excepcional e uma raiva excitante unida ao rosnado de Momsen transmitindo a seguinte mensagem: “We’re not going to heaven and we really don’t give a shit!” 


Outros pontos altos são as ótimas Heaven Knows, que demonstra as habilidades de toda a banda unindo guitarras, pandeiro, coro e palmas de modo muito habilidoso e contagiante; Burn, uma balada acústica curta que se afasta das raízes do hard rock do álbum, mas é equilibrada de uma forma que mostra as habilidades vocais de Momsen em um grau muito mais limpo mesmo não abandonando sua marca registrada: o inconfundível grave. As minhas duas favoritas do álbum são Why’d You Bring a Shotgun to the Party? e Fucked Up World, pois ambas esbanjam com atitude, rebeldia e coragem. Sem contar que ambas grudam na cabeça e você se pegará em algum momento cantarolando essas músicas.



Resumindo, Going to Hell é um rolo compressor de metal bem equilibrado, alternativo sem deixar de assumir um estilo clássico de rock. As letras são muito bem escritas (todas as composições são próprias, o que dá bastante identidade ao som da banda) e a forma como as histórias são contadas complementam as músicas de modo que o discurso não parece fake ou vazio. Se olharmos a trajetória de The Pretty Reckless, primeiro com o Light Me Up, de 2010, e agora com o Going To Hell, percebemos  que a banda tem feito grandes progressos em quase todos os aspectos no sentido de aperfeiçoar suas habilidades e sua atitude. O jeito é torcer para que essa evolução se mantenha e que esse seja só o inicio de muitos álbuns excelentes como esse.
The Pretty Reckless 561888805805261420

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