[Review] Arrow 2x11 - Blind Spot

 

 O Oliver vai precisar de ajuda dessa vez.

Parece que o episódio anterior foi realmente apenas um deslize para Arrow, que novamente trouxe um episódio de alto nível para os fãs. Quando tudo dá certo, especialmente a fidelidade aos quadrinhos, é impossível não ficar surpreso com o resultado. Mesmo depois de tantos episódios igualmente bons.

É impossível falar de Blind Spot sem falar da Laurel. Depois de muito tempo a ex do Oliver finalmente roubou as atenções do episódio de uma forma positiva. Seus esforços para provar que Sebastian Blood não era quem dizia ser foram enormes, e revelaram (ou ao menos mostraram a real dimensão de) aspectos interessantes de sua personalidade. Ao perceber que apenas o vigilante poderia ajudá-la a proteger a cidade, a advogada não hesitou em chamá-lo para tentar resolver o problema. E, como se isso não bastasse, quando tudo terminou, foi ela que atirou no Irmão Sangue para salvar a vida do arqueiro. Tudo bem que não era o verdadeiro vilão, mas isso não importa nesse caso. Ela foi até as últimas consequências para tentar proteger a cidade de um inimigo que apenas ela sabia da existência, e isso foi muito interessante de ver. Só espero que agora ela consiga ajuda com o seu vício.

Outro destaque foi Roy, que finalmente revelou suas novas habilidades. A facilidade com que ele achou um cara ruim pra bater é irrelevante para o resultado do espancamento. E que espancamento, aquele lá não machuca mais ninguém! Mas o mais importante é que agora uma das coisas mais esperadas da série vai acontecer: teremos o Roy como ajudante do Oliver. Pelo que pudemos ver no preview, ele ainda não será o Arqueiro Vermelho, já que o foco do seu treinamento será o controle de sua nova força, mas isso é o de menos.

Esse episódio sem dúvida foi feito para dar destaque aos personagens secundários. No meio de tanta coisa acontecendo com Laurel e Roy em Starling City, quem roubou a cena nos momentos que se passam na ilha foi a Sarah. Já faz um tempo que ela é uma personagem exclusiva dos flashbacks, mas pela primeira vez ela realmente tirou o holofote do personagem principal. Sua conversa com o Oliver não foi ruim, mas nem de longe foi tão boa quanto o papo que ela teve pelo rádio com o Ivo. Desde a primeira temporada nós estamos acompanhando as mudanças sofridas pelo Oliver, então foi bom ver um pouco da Sarah e do que ela passou até se tornar um membro da liga dos assassinos. Espero que explorem mais isso e que, no futuro, tenhamos cenas dedicadas ao treinamento dela junto da liga.

É impossível terminar a review sem falar do melhor lutador da série. O Slade foi fantástico. Sua rápida aparição no final foi tudo o que os fãs esperavam do personagem, em uma adaptação perfeita dos quadrinhos. A espada como arma principal, matar três pessoas num piscar de olhos e desaparecer tão rápido quanto o Batman foram as características mostradas nesse final, e não podia ter ficado melhor. Mas também, pra alguém que já derrotou a Liga da Justiça sozinho realmente o que ele fez não foi nenhuma surpresa.

Com uma trama principal bem construída e capaz de dar andamento à história, além de explorar incrivelmente bem os personagens secundários, Blind Spot fez tudo certo e deixou os fãs querendo mais. Está ficando cada vez amis difícil manter o nível da série, mas parece que os criadores não estão tendo nenhum problema em fazer isso. Que continue assim para que, no futuro, passamos ver Stephen Amell nas telonas, junto da Liga da Justiça.

Obs.: Minha única reclamação sobre o visual do Slade foi a máscara. Ela ficou linda e igual à dos quadrinhos, mas ela é bem irreal para os padrões da série. O Slade já tem a visão reduzida, porque ele usaria uma máscara grande o bastante para acabar com sua visão periférica? Mas que se dane, o importante é que ele cortou todo mundo com a espada.

Obs. 2: É uma pena o Oliver finalmente resolva parar de fazer tudo o que a Laurel pede justamente quando ela começa a ser útil.