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[First Look] Helix 1x01/02 - Pilot/Vector

“ Progress. ”


Progress.

Helix é sortuda. Muito sortuda. Ela chega numa época em que estamos ensandecidos à procura de uma nova produção de ficção científica, vaga que antes era de nossa querida Fringe, e dispostos a abraçar a primeira série que tenha um pouquinho de simpatia e seja instigante. Os que não caíram na rede de Almost Human, podem se ver fisgados por essa nova aposta do Syfy.

E por que não dizer pelas duas? Se Almost Human conta com os showrunners de Fringe, Helix tem Ronald Moore (Battlestar Galactica) na produção. Numa época de vacas magras, esse tipo de referência atrai muita atenção dos espectadores e gera muitas expectativas, principalmente com o espetacular material promocional, que anunciava “uma nova descoberta dos cientistas que poderia mudar o mundo”. Nesse ponto, a série decepcionou por cair num clichê de ficção científica. Esperava algum tipo de tema mais contextualizado que o tal estudo da mutação que saiu do controle e criou um novo e perigoso vírus. Existem centenas de filmes sobre o assunto, e não era necessária uma série sobre isso.

Ainda mais uma série que, assim como muitos desses filmes, não dispõe de personagens simpáticos e interessantes ou atuações relevantes. Daqueles tipos de personagens que amamos, torcemos e tememos suas mortes. Que nos importamos por um ser irmão do outro, que pegou a esposa do outro. Eles não são assim.

E não vale dizer que faltou tempo para desenvolver. Porque tempo tinha de sobra. Quase uma hora e meia. No final, eles, de fato, foram devidamente apresentados, mas nenhum se destacou. Ninguém ali tem carisma suficiente. Nem mesmo o único ator que eu conhecia - Billy Campbell (The Killing). O pior deles, o dr. Hatake tem a palavra “VILÃO” estampado na testa. Nem precisava da cena inicial para saber que ele está interessado na evolução do vírus e não quer que o CDC interfira.

Assim como já expõe Hatake como um possível vilão e seu vínculo ao Major Balleseros, Helix põe suas cartas na mesa e revela alguns detalhes da trama. Daí vem seus pontos positivos, que acabam superando os negativos, e por que eles podem conquistar fãs. Por mais que se aborde temas de ficção científica, ela não se restringe ao gênero. A série é capaz de nos prender com seu suspense, terror e mistérios. E, meus caros, uma série que consegue segurar nossa atenção é tão raro, ainda mais com desenvolvimento ágil dos plots, que temos que agarrar essas oportunidades.

Helix ainda consegue acertar em seus ganchos, sendo impossível não fazer uma expressão de estranheza na última cena de Hatake ou sentir um pouco de nojo na cena da ducha. Na verdade, por mais bizarra que seja, parece que há uma história planejada. Se não tem, existem outros mil caminhos que ela pode seguir para ampliar sua trama. Afinal, tem uma base inteira isolada com mil cientistas conduzindo outros mil experimentos.

Isso tudo transmite confiança ao espectador. Juntamente com o clima de tensão, é garantido que sequências de ação e, para os que gostam, discursos de apelo emocional aos infectados façam parte da série. Embora a explicação do vírus não seja totalmente clara, principalmente quanto a seus efeitos, podemos apostar que ela virá acompanhada de outros mistérios. Dedos cruzados para manter o ritmo nos episódios seguintes.

Syfy 1222816567420645992

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