loggado
Carregando...

[Review] Grey's Anatomy 10x11 - Man on the Moon


Numa temporada onde a instabilidade tem ditado o ritmo de cada episódio, Man on the Moon veio para uma missão: nos situar nas tramas e timelines de cada personagem, já preparando o terreno para o encerramento da primeira metade deste décimo ano.

Em primeiro lugar, como gostei de ver mais sobre April Kepner. Até então, o espaço dado à personagem não havia ultrapassado míseros minutos de cena, minutos estes que sempre deixavam um gosto de querer ver mais sobre sua história. Aqui, além de abrir um espaço considerável para os preparativos de seu casamento com Matthew, ainda pudemos conhecer suas inconvenientes e divertidíssimas irmãs. Confesso que ao saber sobre este novo plot, não coloquei muita fé, e até achei que poderia ser algo chato e desnecessário. Mas que bom que me enganei. A chegada do clã Kepner serviu para mostrar o quanto April evoluiu, e para jogar em nós mesmos o fato de que o patinho feio já não existe há muito tempo. Kepner é uma das personagens que mais sofreu ao tentar se mostrar como alguém que poderia fazer diferença na história, taxada muitas vezes como a chata e insuportável. Reprovou exames importantes, falhou quando não deveria falhar mas, enfim, cresceu, e fez por merecer seu lugarzinho ao sol. Dentre os bravos sobreviventes de Grey's Anatomy, April já mostrou ter a tal química necessária para se encaixar bem em diversas situações. É só lembrar o quão bacana foi juntá-la inusitadamente a Arizona alguns episódios atrás.

A única coisa que me deixou desconfortável ainda neste plot Kepner, foi tentar forçar uma "amizade" entre Matthew e Avery. Se bem que, a julgar que logo menos teremos o esperado casamento (ou não teremos), era de certa forma necessário retomar as coisas entre os dois homens da vida de April. A pena é que, levando em conta o que vimos neste episódio, Matthew mais uma vez irá se dar mal, mais cedo ou mais tarde. April continua a querer mostrar que está com ele porque realmente quer e porque é ele que fará dela uma mulher feliz, quando ela mesmo não acredita nisso. Querer que Avery admita que ela não se casará com um idiota foi a maior prova.

E a guerra fria Grey x Yang? Tive tanta esperança ao ver as duas num início de conversa aparentemente pacificador... um clima de paz que não durou nem 10 segundos. A destruição de uma amizade como a delas por motivos tão estúpidos já tomou proporções irreversíveis. Todas as vezes que as duas se aproximam, tento visualizar alguma fagulha de perdão em suas palavras, mas é tudo em vão. Eu até vejo alguma chance perdida, lá no fim do túnel, de as duas se entenderem, mas todas elas terminam em uma coisa: tragédia. Das grandes. Porque só uma tragédia pesada para pregar uma onda de arrependimento enorme que seja capaz de mostrá-las o quanto tudo não passou de uma briga de egos sem sentido. E para piorar ainda mais toda a situação, que já não era das boas, a tensãozinha entre Yang e Ross não passou dos limites. Ela destruiu qualquer limite que pudesse existir. Cristina está irreconhecível, seguindo a risca todas as ordens ditadas por Ross. Aliás, parabéns a todos os envolvidos. Já conseguimos atingir o máximo na escala de ódio a um interno completamente inútil e sem noção. Espero para ontem a morte dele.

Quem demorou, mas ainda assim retornou (é claro que não deixariam essa história de lado), foi o pai de Alex. Ta aí outro personagem que tem feito de tudo para que seja odiado. Desde os primórdios de Grey's Anatomy sabemos o quanto Alex Karev sofreu em sua infância/adolescência, e trazer a fonte de tudo isso aos nossos olhos é chocante. As alucinações de Jimmy só mostram o quanto o filho irá sofrer a cada vez que esta história avance, e o quanto o passado pode escancarar cada ferida que foi fechada com o tempo. Há alguns episódios, Alex vem mostrando uma evolução pessoal interessante, que reflete diretamente na sua profissão. Tudo isso com ajuda de Jo, que finalmente mostrou a quê veio. Com este retorno ao passado, só espero que Karev não retroceda novamente a uma instabilidade sem limites.

E como falamos de retrocesso, eis que temos Miranda Bailey. Parecem mesmo ter engatado novamente na história do TOC, e não consigo ver nenhuma vantagem nisso tudo. Bailey já não tem destaque há várias temporadas, e afundá-la ainda mais numa coisa que não a valorize não pode ser uma boa ideia. Juntando agora sua trajetória com a de Richard, que também não tem andado muito, espero que a coisa possa ao menos sair do lugar comum. É claro que é difícil para Miranda aceitar que um tratamento com uso de medicamentos seja sua única opção no momento, mas eu imploro: aceite isso. Pelo bem da personagem. Miranda Bailey é um ser superior demais para ficar presa a algo tão medíocre.

Mas uma coisa me deixou feliz neste episódio, e não falo de nada que envolva as tramas principais. Falo da paciente de Derek e Callie, que me arrancou lágrimas. Que bonita a história de alguém que finalmente aceita seus problemas e tenta ultrapassar seus próprios obstáculos (a série bem que poderia aprender com isso). Aliás, foi este caso que me fez acreditar que estes experimentos, até então soltos - ao meu ver -, valem de fato a pena. Só não precisa forçar insights de Derek toda hora. O homem já se inspirou em pastas de dente, em desenhos da Zola, e agora em uma inocente garrafa de água. Da próxima vez que ele olhar pra uma parede, pronto. Vai descobrir como consertar o mundo em dois segundos.

P.S.: Isso Callie! Chega de briga, minha filha, vai pros finalmentes porque ninguém aguenta mais tanto mimimi.

P.S.2: Edwards, cada vez mais insuportável. Só perde o posto pro Shane mesmo.

P.S.3: Aliás: Shane, vá pro inferno.

Música Inspiração do Título

Reviews 8036016350419076312

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item