[Review] Sons of Anarchy 6x11 - Aon Rud Persanta
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Quando eu soube que a morte de
Toric não estava planejada para o seriado, algumas coisas começaram a fazer
mais sentido pra mim. O final da temporada passada era justamente um arco para
que esta fosse baseada nesses problemas mais internos, mas a barra foi forçada
e no meio da temporada tiveram que investir em outras coisas. Estou achando a história tão
fantástica que não consigo ver adaptações.
Antes de saírem de vez das armas,
Gaalan dá um último comando: interceptar o transporte de Clay de Stockton para
a prisão federal. Enquanto a interceptação
acontece, temos algumas conversas bastante interessantes. Unser parece estar no
último fôlego, na sua última tentativa de fazer algo dar certo. Depois de seis temporadas ele realmente falou que estava apaixonado pela Gemma. Ah, velho
idiota.
Outra história que acho que
está sofrendo adaptações é a do Juice. Ele vinha sendo desvalorizado nas
temporadas passadas e nesta ele ganhou uma moto nova. Achei que fosse um novo
caminho para o cowboy, mas Jax voltou a ser babaca com ele e desta vez ele
falou que precisava de reconhecimento. Sons of Anarchy é uma brincadeira de batata-quente. Não há
certezas, não tem como prever algo com garantia. Faltando dois episódios para a
season finale, eu tomei o maior susto
da temporada.
Ao resgatar o Clay, foi
absolutamente foda a surpresa do first 9
ao perguntar “Onde estão os irlandeses?” e
ser respondido com “Na Irlanda.”. Sabe a brincadeira de quem enche
mais um balão? Gaalan estava brincando disso. SAMCRO tem andado na linha desde
o começo da temporada, pouparam Connor, continuaram carregamentos enquanto não
conseguiram transferir o serviço, insistiram em August Marks, mas o maldito
ambicioso Gaalan continuava enchendo o balão, pressionando os Sons. Não deu outra: o balão estourou.
Gaalan estendeu a mão para
cumprimentar Jax. Jax estendeu a mão para enfiar uma bala na cabeça do
irlandês. Foi de tirar o fôlego. Você e eu somos pessoas honestas, decentes e
bons cidadãos, em geral. Mas quando vemos uma cena dessas e nos deleitamos como
se fosse nossa mão, ao invés da do Jax, talvez nos perguntamos onde estão todos
esses bons valores da vida diária? Porque tudo que eu consigo sentir é um
enorme deleite nas cenas de ultraviolência.
Não bastasse isso, a hora do Clay
havia chegado. Poderiam ter feito um momento nostálgico, de botar pra fora todo
o rancor através de palavras, de elencar os motivos da bala vindoura. Mas foi
silencioso e caótico. Inesperável, a esse ponto da temporada. Foi como se
tivesse sido planejado desde o começo, mas mais uma vez o Sutter teve que improvisar. Ron
Perlman, que interpreta o Clay, estava se sentindo apagado no seriado e não
estava contente com isso, pelo que li por aí.
Chegou ao fim de uma era que
ditou o seriado por muito tempo. É como uma season finale, mas sem hiatos por
duas semanas.
P.S.: O próximo episódio se chama “You are my sunshine” e eu sou bobo pela
Tara, aquela filha da puta. O que podemos esperar?