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[Review] Masters of Sex 1x07 - All Together Now

"Orgasmo!" is the new "Eureka!"


"Orgasmo!" is the new "Eureka!"

Depois de um final de tirar o fôlego no episódio passado, as coisas entre Bill e Virginia fluíram bem rápido até chegarmos em All Together Now. Num episódio menos denso em dramas pesados e mais focado na dinâmica entre os casais da série, tivemos talvez os momentos mais tranquilos e leves de Masters of Sex, até então.

Chegou. Chegou aquela hora que todos nós estávamos esperando acontecer: Masters e Virginia. E o interessante é como tudo evoluiu de forma tão natural em tão pouco tempo de tela. Sim, porque mesmo com toda a tensão "demonstrada" desde o início (sem contar que a maioria já sabe como essa história termina), 54 minutos foi pouco para o turbilhão de coisas que vimos. De um simples experimento, a coleta de dados entre Bill e Gini passou para a fase das relações sexuais propriamente ditas, com direito até a um tour completo pelo kama sutra. Pasmem. E é justamente a evolução desse relacionamento - vai dizer que não podemos chamar de relacionamento? - que leva o maior destaque aqui. Num ritmo descompassado e com um  certo receio ainda embutido, os experimentos começaram tímidos, e terminaram de uma forma alinhada e literalmente prazerosa aos dois. Fica claro o quanto - se tratando de Masters e Virginia - não há como separar um mero estudo dos verdadeiros sentimentos que transcorrem os dois. A atração fica cada vez mais evidente a cada mínimo gesto, seja durante as relações, seja fora delas (Cantoria pós-coito e mãozinha boba, Bill? Tava felizão, né?).

Virginia foi a primeira a cantar a bola de que poderia muito bem separar o sexo do amor, e foi a primeira a pagar pela própria língua. O tom melancólico e solitário empregado a personagem nos minutos finais de All Together Now mostra o quanto tudo se complicou completamente. E entre os dois, ainda há Libby. Porque  eu duvido que você aí não torça pra ela. Por mais que a química entre Masters e Virginia seja indiscutível, Libby é uma personagem cativante e amável, além de ser aquela que idolatra e ama o marido de corpo e alma por inteiro. Ter ido até Virginia pedir ajuda para salvar seu casamento poderia ter sido a pior burrice cometida em sua vida, mas para a nossa surpresa, Libby bem que saiu no lucro nessa história toda. Pelo menos por enquanto.

O pedido de Virginia para que Masters tratasse sua esposa como alguém que está nesta posição merece ser tratada foi recebido até que de braços abertos, mas aí é que está: Gini é, talvez, a única pessoa que Bill escuta. Além do mais, o esforço realizado por William para manter seu casamento de forma verdadeira é a única maneira de ele continuar os estudos com Virginia, como ela bem deixou claro. Que o médico é vidrado em conseguir dados concretos para seu estudo, todos nós já sabemos, mas não há como não enxergarmos segundas intenções aqui. Agora Bill tomou gosto pela coisa, e todos esses experimentos parecem ter despertado o homem que havia dentro dele. Seu casamento com Libby agora está maravilhoso e radiante, com todos os clichês mais românticos e selvagens possíveis. Mas e Virginia? Como bem citei, ela rompeu a linha tênue entre o sexo e os sentimentos ligados a ele de uma maneira muito perigosa, e eu mal posso esperar para ver muito mais sobre todo esse desfecho.

Mas se um casal "se resolveu" neste episódio, com Margaret e Scully a coisa foi mesmo jogada ao vento. A ousada atitude de Margaret em assumir o amante misterioso ao próprio marido mostra o quanto a situação está precária. Há muito ela não se sente uma mulher de verdade, seja como esposa em si, seja sexualmente falando, ainda mais depois que Austin lhe mostrou os verdadeiros prazeres de uma vida inteira jogada no lixo ao lado de Scully. Mais uma vez, Allison Janney dá a sua Margaret o tom exato para o abandono e indignação por toda essa situação que só piora cada vez mais. Beau Bridges também tem dado um show na interpretação de um Barton tão poderoso e ao mesmo tempo tão frágil sobre tudo que acontece ao seu redor. O fato de o reitor ter tomado uma surra das grandes por esperar seu amante em becos tão escuros só reforça a situação, e sobre isso, tenho que bater palmas quanto à reação de Bill: "Se não quiser me falar nada, tudo bem, mas não minta para mim.". Fantástico. Agora, cada um deles assumiu de vez o quanto seu casamento é uma verdadeira mentira, e trair à vontade se tornou normal. Barton viverá finalmente seu relacionamento perfeito com o homem que sempre quis; Margaret, então, se entregará aos prazeres da vida e à felicidade, mesmo que com um homem tão problemático. Haja psicanálise, Austin.

Ethan finalmente retornou neste episódio, e confesso que tenho cada vez mais aceitado melhor o personagem. Seu amor por Virginia ainda não se esgotou, no final das contas, mas é bacana visualizar o quanto ele tem se esforçado para ser o melhor homem possível para Vivian. A personagem é outra que tem conseguido a simpatia do público. Além do mais, Ethan se encontra no centro de uma nova tentativa de Libby em engravidar e formar sua família com Masters, o que pode ser muito perigoso para o aprendiz, ainda mais agora que ele "desconfia" sobre os experimentos de Masters e Virginia juntos. Vai ser mais difícil do que nunca conseguir conciliar um ciúme sem fim de sua ex com a vontade de contar toda a verdade a Libby que, claro, merece saber. Ficou claro o quanto Gini e Bill se tornaram um casal, ultimamente. Os dois conversam como um casal, discutem seu dia como um casal, tomam atitudes e brincadeiras como um casal... tem relações sexuais como um casal. Tudo que Libby sempre quis e que, agora, conseguiu (em parte) graças a este "relacionamento" de Masters com Virginia. Resta saber até onde ele conseguirá levar esta vida dupla.

P.S.1: Masters agora virou um leão insaciável, hein?

P.S.2: Por onde anda Betty, deram mesmo um fim nela? Queria era saber o que ela diria ao ver que suas previsões quantos aos sentimentos de Virginia não estavam erradas.

P.S.3: A-N-E-S-T-E-S-I-A. <3

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