[Review] The Good Wife 5x06 - The Next Day

Como continuar um episódio incontinuável?

O último episódio de The Good Wife foi o mais marcante da série. Seu ritmo foi avassalador, seu roteiro afiado e atuações magníficas elevaram as expectativas para outro nível. Todos queríamos ver o circo pegar fogo, aliás, se tivéssemos um fósforo em mãos nós mesmos teríamos iniciado o fogo há muito tempo atrás. Mas agora a tempestade chegou e passou, restando aos sobreviventes colar os vidros quebrados e consertar telhas faltantes. Assim eu defino esse episódio de The Good Wife. Não existe como manter aquele mesmo ritmo do quinto episódio em todos da temporada, não dando tempo para as pessoas digerirem os últimos acontecimentos. Ao mesmo tempo, não podemos desacelerar o suficiente para quebra-lo, afinal, promessas foram feitas e promessas esperamos que sejam cumpridas.

A verdade é que a série não conseguiu mesclar da melhor forma as duas vertentes. Não me levem a mal, o episódio foi muito bom, as cenas da Diane foram sensacionais, mas foi o “bom The Good Wife”, e eu estava inocentemente esperando um “#boom #OMG WTF is happening right now?” em decorrência dos fatos de “Hitting the Fan”.  A questão é que o último foi tão rápido que qualquer coisa seria devagar. Mesmo assim eu percebi alguns artifícios do roteiro para enrolar a história e jogar os fatos importantes para o próximo episódio. Por exemplo, a namorada avulsa nº 25 de Will e plot avulso de Grace nº 478. Eu quero saber da Florrick/Agos e não do novo fetiche da menina por armas.  

A melhor parte do episódio, sem dúvida, foi a cena da Diane no telefone. Prevejo-a possuída em sua ira contra Alicia. Ainda não consegui superar a panaquisse de Mr. Big, aka, Peter Florrick, para com Diane Lockhart. Há chances dessa história do Peter ajudar descaradamente a Alicia ainda explodir na cara dele, guardem minhas palavras. Enfim, Christine Baranski com certeza irá ser indicada ao Emmy e com chances reais de vencer por cena atrás de cena perfeita que ela está proporcionando.

Parece que as coisas vão ficar ainda mais difíceis para a Alicia agora que ela está sem perspectiva alguma de escritório. É um bom contraste, a riqueza dos móveis na L&G, cheia de flores e quadros, e a casa da Alicia, cheia de tapetes que precisam de um bom aspirador. Só não estou conseguindo ver um futuro muito promissor para essa ideia de expandir a L&G para os quatro cantos dos USA. Foi com esse tipo de ganancia que ela afundou no passado, duas vezes aliás. Pode ser que vá dar certo porque Will e Diane estão determinadíssimos, mas acredito que não vai dar tempo de desenvolver a série o suficiente para vermos NYC e LA em The Good Wife.

Observações:

- Menina do comitê de ética jogando na cara, amei.