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[Review] Homeland 3x03 - Tower of David

In the dark.


In the dark.

Então, após dois episódios pouco empolgantes, Brody resolveu aparecer, e ganhou um episódio praticamente dedicado a ele, porém não foi dessa vez que Carrie ficou de fora totalmente de um capítulo de Homeland. Seja como for, Tower of David foi uma longa demostração do calabouço que se encontram a dupla protagonista, e assim como eles, a própria série parece presa em algum lugar de onde não consegue sair. Homeland dá a impressão de estar estagnada, que parou no tempo após os acontecimentos na finale passada, porém acredito que isso é apenas por um momento. Este episódio dedica-se a construir um novo cenário para Brody, e ainda sobrou tempo para lançar as bases do plot de Carrie na temporada. Tower of David pode parecer um episódio que não vai a lugar nenhum, mas na verdade ele traça um novo horizonte para a série, e nessa review tentarei o porquê disso.

Inicialmente, não podemos achar que todo esse tempo gasto explicando por onde anda Brody foi em vão. Seu "exílio" na Venezuela, indica as dificuldades de se manter um terrorista internacionalmente procurado escondido de todos. As figuras em torno dele também se mostram complicadas e até psicóticas. Já era esperado o comportamento violento de "El Niño" e de seus homens, a duvida que fica é como Carrie o conheceu, e que favor ela fez para que este homem mantenha Brody vivo. Mas a tal "torre de David" é um local claustrofóbico demais para quem ficou tanto tempo sequestrado no Iraque. Era claro que o ex-sargento e ex-deputado (aliás, a vida de Brody está se resumindo a ser "ex-muita coisa" já) tentaria fugir de lá. Aqui, então, o homem de 10 milhões de dólares encontra a ajuda da filha de El Niño, e não é bobagem considerar esse plot bem cliché. O fato dele se dar mal em sua tentativa de fuga também não é nada surpreendente, o que é triste em uma série que já nos fez explodir nossas cabeças com reviravoltas e momentos de alta tensão. Mas é de se notar a represália dos muçulmanos ao terrorista Brody. Foi muita inocência do nosso caro protagonista acreditar que seria facilmente aceito.

A fuga rendeu um banho e algumas mortes. Como o tal doutor comentou, "onde você vai, pessoas morrem". Essa é a realidade de Brody. Em tempo, a figura desse doutor é a mais doentia do episódio, e deixa a sensação de que estamos em uma torre cheia de loucos, o que é claramente um paralelo à realidade de Carrie no momento. As cenas mostrando Carrie e Brody ao final do episódio explicitam isso. Acredito que, se nós nos sentimos presos também, foi a intenção do roteiro, o que prova que Homeland ainda sabe o que está fazendo. E agora Brody se rende ao uso da heroína para amenizar sua dor (impossível não achar que é referência ao vício de Jack Bauer na terceira temporada de 24 Horas), seu futuro se mantém obscuro e seu presente é sinistro. O thriller psicológico continua forte na série e esse episódio mostrou isso. Mas quem duvida que ele e Carrie ainda se reencontrarão nessa temporada?

Como comentei ao iniciar a review, sobrou um tempo para mostrar a agente da CIA durante esse episódio. Não poderíamos ficar sem ela. Assim como Brody, ela também está presa naquela ala psiquiátrica, mas o interesse de alguns em sua pessoa parece traçar seu destino. A grande questão é se Carrie, que já fez grandes sacrifícios por seu país, vai topar mudar de lado. Aparentemente ela recusa ouvir a proposta do tal advogado, mas quanto tempo mais será assim? O dia a dia naquela ala sufoca Carrie e o espectador embarca nessa situação incômoda de enclausura.

Ao perceber que Saul a esqueceu ali, o que Carrie vai fazer? Posso apostar em uma trama mais ágil a partir de agora, pois já consegui detectar a base do plot de Carrie na temporada. Toda essa questão dos banqueiros do episódio passado continuam e muito parece estar em jogo. O fiel da balança entre eles e a CIA só poderia ser mesmo Carrie Mathison. Novamente, Carrie tem escolhas a tomar em seu caminho, a expectativa que fica agora é de que as coisas comecem a andar. Homeland tem a tendência de surpreender e todos esperam que isso se mantenha nessa temporada, e nesse episódio foi a primeira vez que percebi que isso é possível. Chegou o momento da série provar se vai calar os críticos ou dar razão a eles. Que venha o próximo episódio, que já não gera aquela ansiedade de outrora, mas vamos torcer para que ela volte. Agora é a hora.

Considerações Finais

- Um episódio sem Dana. Não há o que reclamar. Aliás, a família de Brody não fez falta alguma. O episódio conseguiu se manter apenas com Brody e um pouco de Carrie.

- Boatos de que Brody vai fugir para a Argentina e se aliar a Hannah e Harrison.

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