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[Review] Grey's Anatomy 10x04 - Puttin' on the Ritz

Relembrando.


Relembrando.

Há alguns anos, mais especificamente em 2009, Grey's Anatomy nos entregava sua primeira centena de episódios. Hoje, pouco mais de quatro anos depois, chegamos ao 200º episódio da série que, mesmo com sinais de desgaste, consegue transparecer o ar jovial e primaveril dos tempos de ouro desta veterana. Relembrar, quando coisas boas, é sempre um dos melhores exercícios, e neste quesito Grey's Anatomy tirou de letra.

Com lacunas visíveis apresentadas neste início de temporada, nada melhor do que um bom e velho baile, que aqui serve como um verdadeiro remédio. E como a palavra de ordem é "relembrar", vamos viajar um pouco mais a fundo, para 2006, quando havia um quinteto (de verdade), e quando estes, eram apenas internos. Se compararmos o clima do primeiro baile com este, veremos uma diferença gritante. E sim, este é um bom sinal. É certo que perdemos grandes e queridos personagens de lá para cá, mas eu duvido que você, que acompanha a série há tanto tempo, não tenha sentido um certo ar de orgulho ao ver Derek e Meredith relembrarem o passado num mesmo quarto de descanso de hospital, porém, numa versão mais madura. Não escondo o quão sou fã do casal e o quão sou grata pelo ótimo empenho da equipe da série em trabalhar tão bem os personagens. É emocionante olhar para trás e ver o quanto os dois caminharam juntos e construíram juntos uma vida até aqui. A calcinha presa num mural dá lugar atualmente a um velho casaco utilizado sobre o vestido de gala para esconder as consequências de ser uma mãe, e não há nada mais gostoso de se assistir.

Cristina, ah, Cristina. A velha Yang estava em ótima forma (assim como esteve desde o início da temporada, ou seria desde sempre?), e garantiu cenas maravilhosas. Como ela consegue flertar, dar pitacos sobre moda, ser engraçada, irônica e ainda a melhor cirurgiã do mundo, eu não sei, mas é certo que só lamento a cada episódio sua saída que se aproxima cada vez mais. Owen, por outro lado, parece não estar tão seguro de si no quesito relacionamento, o que foi demonstrado pela sua reação quando ganhou uma cantada marota da médica do Seattle Pres. Hunt duvidou da moça (e confesso que eu também), mostrando ser cada vez mais difícil voltar ao mercado dos relacionamentos. Não dou três episódios completos pra rolar um "remember" entre ele e Cristina, anotem.

E quem diria que a fórmula Kepner+Arizona+Álcool seria um dos maiores acertos até aqui? Pudemos esquecer por um momento o mimimi usual vivenciado pelas duas, dando lugar a um drama muito mais...inusitado. Bêbadas, elas conseguiram expressar muito melhor tudo que tem passado, e ainda conseguiram de quebra fazer uma boa inserção da interna Lea na história toda. Ponto para o roteiro. Aliás, Shane deu uma leve melhorada neste episódio, e parece ter finalmente descoberto a especialidade de sua vida: a cardiologia. Que ele tenha mais cenas com Yang enquanto há tempo, se esta for a solução. Mas sua melhor performance foi, claro, dar uma beijoca na StephanieZzzzZzzZ na frente de Jackson. Até vibrei na hora, achando que tudo terminaria ali, mas é uma pena que o rapaz esteja com o alerta do perdão ligado. A interna Jo é que parece não ter jeito. Menina chata, insuportável, e que ainda tem que lidar com as barras de vida ainda mais chatas e insuportáveis do Alex. Não é possível que esse homem venha se fazendo de coitado há dez anos com a mesma historinha de má sorte na vida de sempre, não dá. Move on, Karev, move on.

Mas enquanto no baile tudo era luxo e ostentação, no hospital acontecia o velho drama de Richard e Bailey. A diferença, aqui, é que parece termos tido uma faísca de esperança de ter a Nazi de volta. É óbvio que Richard apresenta, além dos problemas já conhecidos, sinais claros de depressão, e como ele recusa todo e qualquer tipo de tratamento, nada melhor do que apelar para a criatividade. Foi uma jogada de mestre colocar o paciente Gene (que é um grosso, mas é um fofo!) junto ao ex-chief; alguns minutinhos de conversa com o novo roommate, e Richard já estava fortalecendo seus lindos pulmões. É isso aí. É assim que se faz.

Em um episódio que se fez por merecer os maiores elogios, Grey's Anatomy parece ter finalmente engatado. A maioria dos personagens se encontra muito bem em seus papéis, e é certo que, mesmo em um episódio mediano (que não é o caso deste), o brilho não se apaga. E se não querem largar o osso para finalizar a série o quanto antes, vamos lá, quero cada vez mais o maior e melhor que ela puder nos dar.

P.S.1: Torres, eu sei, você levou um belo par de chifres, mas... papelão ficar se fingindo de viúva pela festa. Ao menos rendeu boas risadas!

P.S.2: Ceninha de fratura exposta gratuita em plena festa de gala. Taí uma coisa que eu tive um susto quando aconteceu.

P.S.3: Alex, senta aqui, meu filho. Faltou tesoura? Faltou lâmina de barbear? Que visual é esse? Tá tenso, tá ofensivo. Aliás, essa sua barba cresce bem rápido, hein rapaz (clique na imagem para ampliar):

The Drama Never Ends


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