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[Review] Grey's Anatomy 10x03 - Everybody's Crying Mercy


Dez anos de Grey's Anatomy. Dez anos de incontáveis casos, incontáveis problemas e reviravoltas, incontáveis personagens, mas em todos este tempo, talvez nunca tenha sido tão difícil trabalhar "o novo" nas tramas como está sendo agora.

Everybody's Crying Mercy comete o mesmo erro básico da premiere dupla (e desnecessária): a inserção da sua nova geração de internos. Com exceção de (pasmem) Ross e sua insistência pelo bem estar de Richard, pouco se pôde aproveitar do restante dos futuros médicos. Stephanie não empolga, e sua função tem sido basicamente beijar o chão onde Avery pisa. Murphy, por mais que às vezes gere simpatia por seu lado bitch, exagera justamente neste ponto, e causa confusão na construção de sua personalidade. E por fim, e menos importante mesmo, a tal Jo. Alex, você nunca foi meu preferido, mas nem se o mundo estivesse resumido a "Rebeccas" loucas e psicopatas, você mereceria essa menina. Ainda como se não bastasse todos os contras a esse quarteto, a morte de Heather continua sendo tratada por eles como um incidente qualquer (ou uma desculpa para não transar). Os únicos que deveriam sentir pela morte da "amiga", desprezam o acontecido. Lamentável.

No hospital, a tempestade parece não ter ido embora. A bagunça naquele lugar é visível, e me causa um desconforto tão grande quanto o que senti na época da falência propriamente dita. Owen Hunt tem sido um ótimo gestor no seu cargo, e arrisco dizer que esta tem sido uma de suas melhores fases na série. Confiante, ousado e criativo, Hunt tem conseguido bem a atenção de quem precisa. Exceto de Cristina. A situação dos dois continua complicada, e nunca torci tanto para que o casal pudesse ficar junto. Todas as cenas do episódio que envolviam os dois foram um tanto quanto memoráveis, e é impossível não notar o marcante tom de despedida que vem sendo impresso ao longo de seus minutos em tela. Continuo cada vez mais curiosa pelo destino de Yang, e claro, diante de tudo que vem acontecendo, de Hunt.

O núcleo Arizona e Callie continua na pior situação. Callie não vai dar o braço a torcer nem tão cedo, e até eu senti daqui o tamanho do seu desprezo ao recusar a terapia em casal proposta por Arizona. Não acho, sinceramente, que o casamento das duas tenha retorno, aliás, até vejo, se houver um outro desastre que mude toda a situação. Mas, pensando bem, se tratando de Grey's Anatomy é melhor nem dar ideia, vai que...enfim. Já Kepner, conseguiu seus dois segundos de felicidade. Após uma temporada inteira operando milhões de pacientes na "clandestinidade", April finalmente se tornou cirurgiã. A personagem conseguiu evoluir de irritante e inútil para apenas irritante, e merece a felicidade, coitada. Tenho certeza que ainda nesta temporada teremos grandes momentos entre ela e Avery, aos quais eu espero e torço ansiosamente. Meredith e Derek, por sua vez, serviram como alívio cômico, e até fizeram direitinho, mas nada além disso. Espero que com o nascimento do novo filho, as cenas do casal não se resumam apenas ao que vimos aqui. Os dois funcionam muito bem no hospital, e desperdiçar o potencial de ambos chega a ser uma heresia.

Quanto a situação de Richard, não sei o que pensar. Bailey funciona apenas como uma coadjuvante mal trabalhada (assim como vem acontecendo há algumas temporadas), e está praticamente irreconhecível. Mesmo se tratando de Richard, a quem Miranda respeita e cumpre vontades, nada aqui funcionou bem. Meredith, ainda que de longe e recém cirurgiada, conseguiu ser mais eficiente que sua antiga mentora. Não acho que haja salvação para a personagem de Bailey, seu desgaste tem se tornado irreversível, o que é uma pena, se lembrarmos quem era a "Nazi". E quanto a situação propriamente dita de Richard, que tudo se resolva rápido, foi duro assistir aos momentos que envolveram o personagem. Ainda que tenha passado por situações difíceis em sua vida, nada foi tão grande comparado ao que o chief está passando. Jogar na cara de Meredith toda a culpa de seu quadro clínico também não foi nada bonito. Muitas águas ainda irão rolar no Grey Sloan Memorial Hospital.

P.S.1: Cena de Cristina e Alex discutindo sobre seu namoro com Jo? Icônica.

P.S.2: "Cinto de castidade humano", talvez a única coisa interessante dita por Jo em muito tempo. Anotem essa e levem para a vida!

P.S.3: Fiquei esperando a Catherine "Louca" Avery aparecer e quebrar tudo com seus gritos histéricos. Quando o namorado precisa mais do que nunca da ajuda dela, a gata some, né? Tô de olho.

Até a semana que vem!

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