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[Review] Glee 5x02 - Tina in the Sky with Diamonds

Aquele de mais um recomeço. 


Aquele de mais um recomeço. 

Desde que o New Directions original se despediu quase que por completo do McKinley, a própria Glee vem tentando (e conseguindo com louvor) se reinventar sem perder a essência que trouxe a série até aqui. É certo que apesar do mimimi besta onde reclamações como “fulano não apareceu”, “cortaram ela da foto” e blábláblá, irritam justo por serem consequências desta repaginada, sendo que isto não é nenhum demérito da estrutura narrativa da série. Na segunda parte do tributo aos Beatles, a sensação de que estávamos de frente à verdadeira première surge justo por essa comoção fortalecida com o velho “tudo novo de novo”, que abre mais espaço para o que veremos na trama do quinto ano, sem ter que dar continuidade aos ganchos da finale. Os problemas, no entanto, vêm de outra ponta. A direção do sempre bom Ian Brennan não casa com o roteiro (afiadíssimo nas piadas, diga-se de passagem) que ele mesmo escreveu, e o núcleo do McKinley sofre por não ter uma persona chave que segure ou pelo menos emule a emoção dos marcantes bailes de formatura que já tivemos.

Por não dar a mínima para Tina, eu achava que o “surto” anunciado pela indicação da coreana para disputa de Rainha do Baile seria intragável, porém eu errei feio. Não que tenha sido as mil maravilhas, mas foi tão bem parcelado que não incomodou (menção pontual para trollada sensacional no solo de Revolution). O que decididamente cansou rápido e não funcionou de nenhuma forma, foi a paixonite de Sam pela enfermeira salaminho. Sam é engraçado com frases soltas e imitações surpresas, não com plots cafonas e sem sentido. Claro que minha cota de revolta vale pela presepada que foi a versão de Something. O cabelo seboso do trouty mouth já repercutiu em tudo o que é discussão, e aquele vento só acentuou as bases da vergonha alheia. A enfermeira salaminho também não ajudou muito, e o inesperado mesmo foi que os insultos de Sue é que salvaram toda a misturada brega (Samgelina Jolie que o diga).

Quanta felicidade esses sonhadores de Nova York, não é mesmo?! Sério, aquele boato do spin-off na Big Apple nunca parece ambicioso demais quando me pego emocionado pela naturalidade piegas de lá. Santana continua me fazendo rir como sempre, seja com propagandas de antifúngicos vaginais, seja com ataques de pânico que nos revelam um lado inseguro que humaniza e engrandece a personagem. Já Rachel é um universo inteiro de amor infinito (sim, sou fã xiita!), ainda que a versão seduzente de Get Back pouco acrescente ao episódio (dispenso Kurt fora do tom sempre). Mas o guest da vez fica a cargo de Demi Lovato e sua Danizão! Eu gosto da diva do bullying e achei-a bem à vontade no papel. A química de Danizão e Santana fica selada nos primeiros acordes de Here Comes the Sun (minha música favorita do episódio), mas não engoli o namoro instantâneo assim de cara, uma tensãozinha a mais não faria mal a ninguém.

Kitty, sua linda. Quando falei sobre Tina mimizenta não soar ofensiva, só deixei de fora um detalhe, Kitty é que fez toda a diferença. A perseguição das cheerios megaevils lideradas por Bree, a nova contratada arqui-inimiga do Glee Club, já me ganhou no discurso a lá Sue, porém foi o lance da redenção contínua de Kitty que sustentou tudo muito bem. Trote no anúncio dos vencedores do baile com direito a balde de slush era o cliché que faltava na história de Glee. A cena foi dramática e carregada de referências a Carrie- A Estranha (o eco surdo me arrepiou) no melhor estilo da série. Senti um dó de Tina, que só contribuiu para encher meu coração ao som de Hey Jude e claro, o sorriso e a ajuda oferecida por Kitty se sobressaiu mais do que a piada do look dita por Unique. É essa magia de Glee que torna a série tão especial para os fãs.

Let It Be para embalar a emoção da comemoração estampada na felicidade de Rachel ao descobrir que ganhou o papel de Fanny Brice. É quase impossível não querer abraça-la ou vibrar junto do pessoal na lanchonete, na hora do anúncio. Eu sei que o próximo episódio vai ditar outros tempos, e talvez tenhamos outra retomada ao tentarmos enxergar uma nova Glee, mas até lá, eu guardo a esperança de que a marcante pinky swear em Nova York seja mantida por tudo o que ela representa: alegria, e um seguir em frente sem medo do futuro. Essa é nossa Glee.

Músicas do Episódio:
Revolution (The Beatles) – Tina.
Get Back (The Beatles) – Rachel e Kurt.
Something (The Beatles) – Sam.
Here Comes the Sun (The Beatles) – Santana e Dani.
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (The Beatles) – Wade/Unique, Marley, Jake e Ryder.
Hey Jude (The Beatles) – New Directions.
Let It Be (The Beatles) – New Directions, Rachel, Santana e Kurt.
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