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[Falando Sobre...] Os Novos 52 da DC Comics


Quem conhece quadrinhos sabe que as histórias conseguem ser mais confusas que qualquer outra coisa já escrita. Universos paralelos, viagens no tempo, mortes e renascimentos, super-heróis tomando o lugar de outros... Coisas muito comuns, e que muitas vezes acabam afastando novos leitores, por tamanha complexidade e interligação entre as histórias. Pensando nisso e visando simplificar e dar um novo ar para suas histórias, desde Setembro de 2011 a editora DC Comics iniciou um reboot cronológico do seu universo. Iniciado com a revista de maior sucesso – Liga da Justiça – a editora lançou o que chamou de Os Novos 52: 52 títulos dos heróis e equipes mais famosos tiveram suas revistas de volta para a edição número #1.

Nessas novas revistas, foram três as principais mudanças feitas na maioria dos super-heróis. Primeiramente, todos eles ficaram mais novos. Buscando dar um ar jovial e atrair os novos leitores,  a editora diminui muito a idade de todos eles, até para poder prolongar suas histórias e revigorar os já cansados e batidos heróis.

Em segundo lugar, os uniformes: muitos deles tiveram alguns detalhes alterados, mas que mudou drasticamente a maneira como eles são reconhecidos. Superman, por exemplo, perdeu a ridícula cueca por cima da calça, enquanto o Asa Noturna passou a ser vermelho e não mais azul. Em terceiro lugar, mas talvez o mais importante, é a origem dos heróis e vilões. Algumas foram alteradas, outras não e isso talvez tenha sido toda a base e a sustentação desse reboot. Descobrir novamente como esses heróis se tornaram o que são, e não saber exatamente pelo que eles já passaram – uma vez que não se sabe o que foi mantido ou não de todo o legado dos quadrinhos – foi essencial pra prender o público nessa nova fase da editora.

Como já era de se esperar, o reboot foi um sucesso, mas, mesmo assim, nem todas as revistas conseguiram se manter. Algumas, como Super Choque (muitas saudades, aliás) e Rapina e Columba foram canceladas já no oitavo mês de publicação, o que deu lugar a outros títulos. Porém, apesar de improdutivo para alguns, outros heróis ganharam muito mais destaque e importância nessa nova linha cronológica. Ciborgue, por exemplo, agora é um membro fundador da Liga da Justiça, enquanto o Caçador de Marte não está mais presente. A maior mudança, talvez, tenha sido a de Aquaman.

De um herói totalmente ridicularizado e escrachado, Aquaman, conseguiu se tornar (no desenho do brasileiro Ivan Reis) um dos heróis mais fortes e imponentes da editora. Sua revista mensal teve arcos incríveis, e sua saga teve um impacto até maior que a última de Superman.

Atualmente, Novos 52 é apenas um nome, pois as publicações da editora extravasaram esse numero devido à popularidade. Alguns heróis (como o Batman e Superman) possuem mais de uma revista mensal, aumentando ainda mais o rol de opções de leitura.  Revitalizando seus heróis, lançando novas histórias e vilões e atraindo novos leitores (como eu), o reboot da DC Comics se provou uma tática incrível – mas não original - de tentar ganhar um mercado extremamente concorrido e plagiado, que é o mercado dos quadrinhos. Atualmente, os Novos 52 estão sendo lançados mensalmente no Brasil pela editora Panini, em packs de revistas mistas (que acabam os deixando extremamente mais baratos aqui do que nos EUA).

Recomendações: Liga da Justiça, Aquaman, Terra 2, Batman, Superman Unchained, Asa Noturna, Batman & Robin, Lanterna Verde e Batwoman.

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Aguardem em breve novos posts relacionados às sagas já ocorridas nesse novo universo e sobre as edições comemorativas de 1 e 2 anos do reboot.
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