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[Review] Falling Skies 3x09/10 - Journey to Xibalba/Brazil (Season Finale)

" Just like old times. "


"Just like old times."


3x09 - Journey to Xibalba


Esse episódio foi uma boa surpresa, realmente não achei que antes do final da temporada a cidade de Charleston fosse receber um ataque dessa magnitude, e o resultado foi bom. Alguns clichês aqui e ali, mas no geral foi um episódio muito bom, que mostrou algumas facetas novas de personagens antigos sem forçar muito a barra.

Tudo começa com Tom voltando de barco para a cidade. Não sabemos de onde veio aquele barco, ou como ele conseguiu usá-lo para chegar à cidade... mas ele voltou. Seu retorno alegrou a todos, mas também trouxe a dúvida: será que a Karen havia colocado algum parasita nele? Seria Tom um espião? E, infelizmente, isso foi rapidamente ignorado. Não acho que gastar tempo do episódio tentando descobrir se ele estaria sendo usado pelo inimigo seja uma boa ideia, mas se essa ideia foi usada no episódio, se a suspeita foi levantada, então deveriam ter de fato criado alguma suspeita e não apenas uma dúvida que rapidamente deixou de existir. Claro que eles ficaram um pouco ocupados demais para se preocupar com isso já que o complexo dos Volm, que guardava a arma que deveria salvar o planeta, foi fortemente atacado, deixando Cochise à beira da morte. Para piorar a situação, Lourdes destruiu a parte subterrânea da cidade, naquele que provavelmente foi um dos ataques mais pesados que a cidade já sofreu.

E é aqui que começa a parte boa do episódio. Após o desmoronamento da parte subterrânea teve início a complicada tentativa de resgatar os sobreviventes. Com o Coronel Weaver, Pope, Ben e Matt a salvo na superfície (e tentando resgatar os outros) o episódio se volta para quem está preso: Tom, Marina e Dr. Kadar, junto com outros sobreviventes na ala médica; e Hal e Meg, presos no estoque de munições. Vamos falar primeiro do casal. Com certeza as interações entre eles foram parte do que esse episódio teve de melhor, com cada um mostrando algo interessante sobre a personalidade do personagem. O destaque fica com a Meg, a namorada de Hal mostra ter um ponto de vista bem diferente sobre a guerra (além de uma visão muito negativa sobre si mesma) além de mostrar, mais uma vez, a força da sua relação com o mais velho dos filhos de Tom. A química entre os dois funciona muito bem e nessa experiência de quase morte o casal mostrou que, mesmo ainda tendo problemas não resolvidos, eles só estão no seu melhor quando estão juntos.

Mas foi no outro grupo de sobreviventes que se desenvolveu o ápice do episódio: a descoberta do espião. Acho que todos que assistiram ao episódio tiveram a sensação de já ter visto isso em algum lugar (o vilão que se revela por falar algo que não devia), mas isso não diminui a qualidade dessa parte da trama. Minha única reclamação é na forma como Tom reagiu. Ele estava extremamente irritado, mas eu imaginava ele atirando no infiltrado ou então acertando a Lourdes com a arma (ou seja, dando porrada pra descontar a raiva), mas ao invés disso ele simplesmente prendeu a garota em uma maca, mesmo sabendo que ela tinha sido a grande responsável pela “morte” de sua mulher e filha.

No final foi a arma que Lourdes carregava em sua bolsa que possibilitou ao grupo de Tom escapar de onde estavam presos. Enquanto isso, Hal e Meg foram salvos graças a Matt e Ben, que conseguiram encontrar os dois antes que eles ficassem sem oxigênio. Se descobrimos nesse episódio que Hal quer uma vida tranquila quando tudo acabar, também vimos algo novo sobre seus irmãos. Ben, como sempre, foi muito útil devido às habilidades que adquiriu depois de ter saído do controle dos skitters, mas além disso vimos aqui que ele (mais do que qualquer outro personagem até agora) realmente está pronto para morrer se for necessário, já que não quer viver em um mundo onde sua família não esteja com ele (mesmo que ele seja, provavelmente, um dos mais difíceis de matar). E o pequeno Matt foi uma boa surpresa, o garoto que no começo da temporada estava passando pela sua fase idiota na transição para a adolescência se mostrou muito mais maduro nesse episódio. É provável que para a próxima temporada o Matt comece a ser mais útil para o combate e não passe por uma longa fase de rebeldia (o que me deixa muito feliz).

Levando tudo em consideração, Journey to Xibalba foi muito bom e preparou de forma excelente o terreno para a season finale

Obs.: Eu comentei que queria mais do Dr. Kadar na série e gostei de ter visto isso tão rápido. Tomara que isso se mantenha.

3x10 - Brazil


Infelizmente a palavra que define esse final de temporada é decepção. Me senti assistindo a terceira temporada de The Walking Dead: foi prometido um confronto final, um último ataque que permitiria a sobrevivência do grupo... e no final não deu em nada. Mesmo que não tenha sido tão ruim quanto o final de TWD, ainda foi um balde de água fria depois de uma ótima temporada.

O plano de ataque fez sentido, enviar Pope e Weaver como distração para que o ataque a Boston fosse possível foi uma boa ideia e de fato funcionou, o problema foi a falta de resistência. Se eles usaram uma distração é óbvio que não estariam preparados para outro ataque, mas só duas naves inimigas protegendo um dos pontos centrais para a vitória da guerra? No final, tudo pareceu fácil demais.

A parte boa da trama foi a explicação de o porquê o nome do nosso país era o título do episódio. Com o campo de energia dissipado e a nave dos Volm se fixando na terra, os humanos da resistência não seriam mais necessários no combate e, portanto, seriam levados para um local seguro: o Brasil. Realmente gostei disso, não por ser o Brasil, mas porque faz sentido. Mas, obviamente, Tom e os outros não gostaram da ideia, eles preferiam lutar em seu país do que serem enviados para outro lugar onde não poderiam fazer nada. A postura dos humanos é muito compreensível neste momento. Depois de todo esse tempo lutando, quem gostaria de ser dispensado enquanto a guerra que definirá o futuro da raça humana continua? A compreensão parcial dos Volm também foi, a meu ver, algo positivo. Se levarmos em conta que as intenções deles realmente são boas, então faz sentido não querer os humanos atrapalhando, querer enviá-los para outro local. Mas ao mesmo tempo o fato de cederem e ao perceber que essa atitude seria vista como errada, eles criam o meio termo que de alguma forma é bom para todos e, de certa forma, é uma atitude muito mais “humana” do que se esperaria.

O problema é o que tudo isso gerou. Agora eles voltaram para a estrada, como no começo da série, procurando um local para ter como base e para sobreviver. Não gostei dessa ideia pelo simples fato que cheira a enrolação. Mesmo que as condições agora sejam muito diferentes daquelas de antes, não consigo deixar de pensar que colocar todos de volta na estrada é algo que pode alongar de forma não tão boa a história. Outro ponto que estranhei foi a volta de Anne e Alexis. Mais do que a volta em si, mas o fato da criança alienígena ter crescido seis anos em dois meses. Espero que isso não fique sem explicação (uma melhor do que “nós não temos como saber o que aconteceu”). Mas sem dúvida o maior (e único real) cliffhanger foi a morte de Karen. O discurso dela enquanto segurava uma bandeira branca não me pareceu convincente, mas é o bastante para gerar uma dúvida sobre os Volm e suas intenções.

O episódio como um todo não foi horrível, mas por ser um season finale, Brazil deveria ter sido o responsável por nos deixar morrendo de ansiedade para a próxima temporada, o que não aconteceu. Sem nenhum cliffhanger realmente grande, sem o confronto prometido durante os nove episódios anteriores e com uma proposta que não parece muito promissora, eu me decepcionei bastante com esse final de Falling Skies. A temporada merecia um final melhor, mas agora infelizmente só nos resta esperar para saber quais serão os resultados de tudo isso.
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