[Falando Sobre...] Desperate Housewives
Crocância + Sensualidade + Bom humor = Desperate Housewives
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Crocância + Sensualidade + Bom humor = Desperate Housewives
2004. Talvez um dos anos mais
célebres da televisão norte-americana, foi aqui onde tudo começou, no qual a
hoje decadente ABC viveu seus antigos anos de ouro, e grandes e aclamadas séries
como Lost, Grey’s Anatomy e Ugly Betty foram lançadas. Nunca antes a emissora
obtivera tais índices de audiência, todos estavam amando aquela situação. Porém, uma série em particular chamou a atenção entre tantos novos e inovadores
enredos, uma pequena série recusada por mais de seis emissoras e que mudou as
noites de domingo durante mais de oito anos: Desperate Housewives.
Com certeza você já deve ter
ouvido falar. A primeira vez que eu notei a existência de DH, por exemplo, foi
na chamada da Sony, alguns anos atrás. Eu me lembro muito bem: “Elas estão
chegando, o subúrbio como você nunca viu.”. Realmente, era o subúrbio como nunca
se viu, porque atrás dos gramados perfeitos e casas simétricas, moram pessoas
com os mais diversos problemas e segredos, que tentam esconder a todo custo suas
emoções para manter as aparências. A crítica está por toda parte, as sátiras
ácidas e o humor são as marcas registradas de Wisteria Lane. Os roteiristas
brincam com os estereótipos da Dona de Casa, as personagens principais
personificam um tipo diferente de mulher, cada uma com as suas virtudes e
problemas, que se ajudam para enfrentar a vida.
O elenco escalado não podia ter
sido mais certeiro: Marcia Cross como Bree Van de Kamp, Eva Longoria como
Gabrielle Solis, Teri Hatcher como Susan Mayer, Felicity Huffman como Lynette
Scavo, Nicollette Sheridan como Edie Britt e Brenda Strong como Mary Alice Young. Nenhuma das cinco era muito
conhecida na mídia, mas depois de Desperate Housewives, o sucesso foi
instantâneo. Bree, Lynette, Gabrielle, Susan e... Eddie, são verdadeiras amigas. A maneira
como o elenco é entrosado e muito natural pode ser comparada a apenas poucas
séries da década, eles sempre se deram muito bem e isso ajudou na forma como
o roteiro foi construído. Vamos falar de cada uma.
Mary Alice Young
A narradora da série, ela
normalmente abre e fecha os episódios de Desperate Housewives, nos dando dicas
do que pode vir a acontecer. A primeira temporada gira em torno de sua morte e
como ela afetou Wisteria Lane, além é claro, dos seus segredos crocantíssimos que a série aborda nas primeiras temporadas.
Bree Van de Kamp
Bree parece até que saiu de um
comercial de margarina. A mãe perfeita, a esposa perfeita e é claro,
Republicana e cristã; Gosta de armas, cozinheira sublime, limpa até a casa que
não é sua, bem educada e conhece as regras de etiqueta de cor e salteado. Tudo
isso seria muito bacana se não fosse apenas uma máscara para uma vida em
pedaços. Uma família em crise, um marido que não a ama mais, filhos
problemáticos e incontáveis segredos cercam a sua vida. Bree pode parecer o
modelo perfeito de graça e elegância de longe, mas não é preciso chegar muito
perto para perceber as feridas da sua vida.
Lynette Scavo
Lynette era uma mulher de
negócios. Era a melhor no que fazia sendo ovacionada no trabalho. Bem, era, até
conhecer o Tom e ter quatro filhos. Mudou-se para o subúrbio e desde então esteve
tentando manter a calma em meio a tanto caos. Seus filhos são furacões, e só mesmo com muita bebida ela consegue tomar conta dos pivetes.
Gabrielle Solis
Rainha da vaidade, Gabrielle é
uma ex-modelo que se apaixonou por homem rico, mudou-se para o subúrbio desistindo
de sua carreira explosiva e, enfim, trocou as passarelas de Paris pela calçada de
Wisteria Lane. Mas nem tudo são flores. Seu casamento é um fracasso, e para
satisfazer suas necessidades, ela tem um caso com seu jardineiro adolescente.
Susan Mayer
Edie Britt
Edie é uma mulher que gosta de
viver tudo que a vida lhe proporciona. Uma ótima antagonista
pontuada por ótimos momentos de humor. Quem não ama Edie Britt? Conhecida na vizinhança como a "pesca homens", já que adora comer um pedaço do que não é seu, ela é super extrovertida. Só que como tudo no subúrbio, essa faceta nada mais era do que uma máscara. Por trás dela existe uma mulher frágil que teve uma infância difícil e que aprendeu de forma muito subjetiva o que é certo e o que é errado.
Katherine Mayfair
Katherine Mayfair é uma das personagens mais amadas da série. Chegando de modo imprevisível, ela abalou as estruturas de Wisteria Lane. Uma clara antagonista de Bree, Kath guarda vários segredos que são descobertos com o tempo.
Renée Perry
Renée Perry chegou para abalar as estruturas de Wisteria Lane na sétima temporada da série. Cheia de opinião e sarcasmo, é considerada por muitos uma devoradora, tal como Eddie, quando na verdade é uma mulher que teve uma grande desilusão amorosa, mas é orgulhosa demais para aceitar. É claro que a interpretação de Vanessa Williams dá todo um charme a mais a essa personagem marcante da mitologia de Desperate Housewives.
Poucas séries conseguem brincar com
valores sem soar ofensivas. Desperate Housewives não é a primeira crítica à sociedade americana, The Simpsons faz isso há mais de vinte anos. Mas me digam, quantas
séries conseguem ser crocantes ao extremo, recheadas com uma deliciosa
cobertura de sensualização?. No decorrer das temporadas, os personagens se
desenvolvem muito bem, com as amizades se fortalecendo cada vez mais. Desperate
Housewives é a série perfeita para sua Summer Season! Imagine todo o samba de Dallas combinado
com a cretinice de Pretty Little Liars recheado com um roteiro que consegue ser ótimo?