loggado
Carregando...

[Crítica] Vai Que Dá Certo


Embora eu costume ignorar produções deste tipo que foram lançadas recentemente, penso que levei o trocadilho da possibilidade da chance de conferir o filme poder dar certo mais a sério...

Rodrigo (Danton Mello), Amaral (Fábio Porchat), Vaguinho (Gregório Duvivier) e Tonico (Felipe Abib) são quatro amigos desde os tempos de escola, e tem muito em comum: Ambos sonhavam com o ponto onde estariam a esta altura, mas acabaram tornando-se verdadeiros "fracassados", sem emprego, sucesso e longe dos sonhos que tinham, enquanto um de seus velhos amigos, Paulo (Bruno Mazzeo), alcançou grande sucesso financeiro e inclusive se tornou político. Quando chegam ao ponto mais desesperador de sua história, Rodrigo decide contatar seu primo, o divertidamente estranho Danilo (Lúcio Mauro Filho), que tem um grande plano de roubo envolvendo os quatro amigos. 

Imagine a situação, os quatro confusos amigos e Danilo envolvem-se num plano criminoso que envolve um sequestro e o roubo de um carro forte, algo com tudo para dar errado. E após um fraquíssimo primeiro ato, que insere a vergonhosa cena de uma festa, sugerindo que o espectador já tivesse algum tipo de conhecimento ou identificação por seus personagens ao inseri-los em diálogos que deveriam surgir ao menos após um certo tempo para o conhecimento de algumas de suas características. Mas se formos pensar que isto aumentaria a duração de um longa que já tem a montagem entre seus problemas, talvez tenha sido até melhor assim. 

Iniciando seu segundo ato com um maior desenvolvimento e melhora do ritmo, Vai Que Dá Certo finalmente sabe inserir cenas divertidas, mesmo que apelando ao humor físico, explorando as características de seus personagens para a ação do golpe, que obviamente não funciona inicialmente. 

É digno de nota que Vai Que Dá Certo conseguir desenvolver seus personagens de forma que consiga fugir de estereótipos, mesmo que sem grande profundidade - cuja maior se encontra no personagem de Danton Mello, que está constantemente em maior nervosismo e seriedade, e o único ao qual somos apresentados a seus conflitos, mesmo que com claros clichês para isto, como o do sonho artístico frustrado - mas aquele que, tanto o personagem quanto seu ator, não consegue ganhar destaque dentro da trama, é justamente Fábio Porchat, que ao viver Amaral, foi o nome mais divulgado do longa desde seus primeiros materiais promocionais - muito devido ao seu sucesso na internet - e ainda é um dos responsáveis pelo roteiro do longa, mas não consegue ganhar grande destaque cômico apesar dos esforços, enquanto Gregório Duvivier deve ser comentado, ao despretensiosamente ganhar grande destaque como ator cômico na inocência com que constrói seu Vaguinho.

Mas o principal problema de Vai Que Dá Certo é justamente investir em elementos repetitivos para gerar mais risadas em seu público de forma puramente comercial, não investindo no maior potencial que poderia ser gerado pelo talento cômico de seu elenco e uma maior liberdade do desenvolvimento do roteiro, embora mesmo assim consiga se diferenciar dos projetos que vem povoando boa parte das salas de Cinema nos últimos anos e infelizmente marcando como a "comédia nacional" atual, sendo original e com situações que geram uma comédia muito melhor desenvolvida do que estas outras, embora não se livre do aspecto comercial ao encerrar seu terceiro ato justamente deixando uma brecha clara para sua provável continuação.
Vai Que Dá Certo 8910812181314116621

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item