[Review] The Carrie Diaries 1x01 - Pilot
Vamos reinventar os anos 80?
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Vamos reinventar os anos 80?
Não vou mentir que, para mim, The Carrie Diaries iria ser
a maior bomba que eu veria em 2013 (isso que só estamos no começo), mas desde a
Fall Season passada, a CW decidiu sambar lindamente na minha cara: primeiro com
Arrow, uma aposta de uma grande série, que na verdade é uma merda, e segundo
com Beauty and the Beast, que era pra ser uma merda, mas se tornou uma aposta.
E Carrie Diaries veio me fazer morder minha língua de novo.
Foi um piloto tão solto, e ao mesmo tão fechadinho, que eu
ficava imaginando o que veria pela frente, mas a verdade é, que se tornou
imprevisível, e me deixou com vontade de mais.
Eu senti uma inocência americana que eu não tinha sentido isso em outra série,
honestamente. Ou seria, toda uma excitação de uma série que, pra mim,
apresentou um piloto excelente!
Carrie (Anna Sophia Robb), é uma garota que sonha em viver
nas alturas. Aos 16 anos, ela é virgem enquanto todos os seus amigos,
supostamente, já perderam o "Grande V". Mas o que ela não sabe, é que além de
tudo isso, eles têm segredos, e segredos que vão além da superfície. E tudo
isso, não foi apresentado de um modo Gossip Girl, mas sim, bem dinamicamente.
A inocência da personagem é carismática, e isso é levado aos
belíssimos extremos: desde com a superficialidade de seus amigos, ou com toda a
profundidade de Larissa Loughlin (Freema Egigman), a repórter da Interview
Magazine, que leva Carrie a conhecer um outro lado de si mesma, em Nova York.
Ela vai começar a redescobrir o sexo, as amizades e ainda lidar com a sua
‘incompleta’ família.
Por ter perdido a mãe, o seu pai tem que lidar com duas
filhas adolescentes como papel de ambos, e até ele tem a ingenuidade em tentar manter o altar sagrado pela sua falecida esposa. Mas o grande gancho é
Carrie descobrir, logo na primeira cena que a irmã, além de rebelde, é também
usuária de maconha (medicinal). Carrie tenta assumir o papel da mãe, mas é
apenas uma adolescente. Nada além disso. Ela tem que se descobrir.
E descobrir a realidade de seus amigos também, já que ninguém
ali é o que aparenta ser, com exceção da ingênua e meiga Mouse, que não
percebeu que sua única experiência sexual era apenas um caso de uma noite, e
que teria sido usada pelo garoto. É de cortar o coração a situação dela,
enquanto Maggie é uma quenga!
A situação com Maggie é que, ela tá na seca, mesmo namorando
Walt. Ela deve perceber que tem algo afligindo ele, por não conseguir ir a
frente com o relacionamento, e tudo isso pela falta do sexo. Walt está na pior
fase de um alguém que percebe ser homossexual, e não quer aceitar por medo,
rejeição ou até perder o que tem. E vale lembrar que estamos em 1980,
onde tudo era diferente.
Claro que Maggie, que está com os hormônios On Fire iria
procurar um modo de se saciar, e encontrou isso em uma viatura de policia. NÃO
tem como tirar a razão dela, dentro do grupo de amigos dela, ela se torna a
mais ‘crescida’ e amadurecida naquele meio. Do mesmo modo que digo: NÃO é
correto trair, aqui expomos apenas aquilo que já sabemos de antemão, então não
traia e diga: “O Júnior disse que tá tudo bem”.
O final foi lindo, ao ver que eles perceberam que o único
modo de sair da sombra da mãe de Carrie era a deixando ir, para sempre. Assim,
eles conseguiram seguir com suas vidas, sem ficar remoendo o mimimi de “Eu
estou sem mãe e me escondo por causa disso”. Carrie tem muito o que mostrar, além de um grande futuro pela frente.
Não só ela, mas também a série, que de maior bomba se transformou
na maior delícia que eu presenciei em 2013.
P.S.: A protagonista me lembrou, fisicamente, Lindsay Lohan.
Devo me internar?