Supergirl | 2x09 - Supergirl Lives
https://siteloggado.blogspot.com/2017/01/supergirl-2x09-supergirl-lives.html
Supergirl já retorna do hiato com uma vontade muito grande
de criar dramas desnecessários. Logo de início, já vemos Supergirl e o Guardião
impedindo um assalto em uma joalheria, e Winn acaba no meio disso tudo e chega
próximo de morrer. Em seguida, já somos jogados para cenas fofas do namoro de
Alex, e tão rápido quanto isso vemos
Jimmy e Kara competindo para soltar uma matéria sobre o assalto, cada um
defendendo um dos vigilantes da cidade. Confesso que esses primeiros cinco
minutos de episódio me deixaram desanimado com o retorno, mas minha opinião
muda ao longo do desenvolvimento da trama.
O primeiro ponto positivo do episódio é a pouca aparição de
Jimmy Olsen. Com exceção do início, sua participação é quase
irrelevante na trama toda, o que me deixa bem feliz. Não tenho carinho nenhum pelo personagem, toda vez que ele aparece
em cena eu sinto uma leve vontade de fazer qualquer outra coisa que não seja
prestar atenção, então episódios em que ele aparece pouco costumam me deixar
contente com a série.
A grande trama começa quando uma mãe aparece na
CatCo Worldwide Media pedindo ajuda para encontrarem Izzy, sua filha
desaparecida, e Kara promete ajudá-la. Com a ajuda de Mon-El, Kara vai investigar uma
clínica na qual várias pessoas que participaram de testes desapareceram, e de
lá ambos descobrem que essas pessoas foram transportadas para um planeta chamado
Maaldoria, um centro escravista e com um sol vermelho. Sem poderes, Kara e
Mon-El são presos junto com as pessoas desaparecidas na Terra e descobrem que
Roulette está por trás da venda de humanos "saudáveis" para serem escravizados
e trabalharem em outros planetas.
A partir desse ponto, o episódio toma um rumo já conhecido
nas séries de super-heróis (principalmente da CW), na qual o personagem
principal precisa mostrar que é um herói mesmo sem seus poderes. Enquanto
buscam uma maneira de fugir, o DEO descobre a localização de Supergirl e
pretende enviar um time para resgatá-la. Aqui temos a cena mais desnecessária
do episódio todo: vemos Alex brigando com Maggie e criando um drama
completamente desnecessário e clichê, no qual ela não pode estar com alguém
porque precisa proteger a irmã. Esse ponto é um dos mais fracos da CW, que não
consegue de maneira alguma desenvolver uma história de romance sem colocar
dramas ou pedras no caminho, que tornam as cenas maçantes e entediantes para
qualquer um que assista.
Com tudo encaminhado para salvar Supergirl, Winn é forçado a
se juntar ao time e viajar para Maaldoria, o que ele recusa por estar
traumatizado com missões de campo desde que quase morreu. Sua participação
aqui também é uma história de redenção e ele precisa mostrar que está no mesmo
nível de heroísmo que os outros personagens. Com a equipe do DEO no planeta,
Supergirl consegue escapar dos alienígenas, salvar as pessoas sequestradas e
retorná-las para a Terra, como já era de se esperar. O episódio tem uma
sequência final já comum aos episódios de Supergirl, na qual vemos os
personagens discutindo "o que aprenderam" e mostrando que "as vivências que
tiveram os impulsionam para frente". Winn decide retornar para as ruas com o
Guardião, Mon-El quer se tornar um super-herói e ajudar Supergirl a defender
National City, Alex e Maggie se resolvem, tudo maravilhoso. Porém, a cena final
sugere que Mon-El não é quem diz ser e somos levados a acreditar que o
príncipe de Daxam que ele costuma mencionar é ninguém menos que ele mesmo.
Supergirl retorna com um bom episódio, porém apresenta algumas
falhas em continuidade e roteiro. Muito
poderia ter sido explorado aqui, mas novamente vemos cenas de
relacionamentos e crescimentos pessoais tomando grande parte do episódio. Tendo
em vista que a série não segue tão fielmente o modelo "vilão da semana, vilão
da temporada", Supergirl mostra cada vez mais que traz, neste ano, uma história
de desenvolvimento pessoal, deixando a ação para os outros ramos do universo
DCTV.