The Walking Dead | 7x08 - Hearts Still Beating
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Hora de lutar.
Chegou ao fim a primeira parte desta sétima temporada de The Walking Dead. Em um episódio com mais de 60 minutos de duração, assistimos eventos que levaram Rick ao limite em sua curta relação com Negan. O xerife agora se prepara para a guerra, o que pode tornar a segunda etapa da temporada a melhor até aqui. O problema é que ter expectativas com essa série é sempre um erro, visto que o potencial nunca é muito bem aproveitado. A boa notícia é o fato de a audiência estar caindo, o que pode fazer a equipe de roteiristas perceberem que episódios centrados em Tara, ou nesse estilo, não interessam a ninguém.
Hearts Still Beating foi, de longe, o episódio de mid-season finale menos empolgante da história da série. É bem verdade que Negan rouba a cena e que Jeffrey Dean Morgan vem fazendo um excelente trabalho na pele do vilão, porém é um problema sério quando o personagem mais recente se torna a única coisa interessante do show. Sem Negan, The Walking Dead perde ritmo e se torna quase monótona. Tanto que a reação de Rick ao fim do episódio foi o único momento sem Negan que me empolgou. Finalmente haverá resposta expressiva aos Salvadores.
Demonstrando que Hilltop, o Reino e Alexandria se preparam para a guerra, a série novamente aposta na expectativa do público, porém ter apenas três episódios realmente bons por temporada não está funcionando mais. Com concorrentes fortes como Westworld, ou a série se torna dinâmica e envolvente ou estará fadada a perder audiência continuadamente. Carol vai contra a corrente sendo contrária ao combate, e isso faz dela uma personagem chata e abre espaço para outras, como Rosita ou Carl, que proporcionam ação. Daryl, que com certeza não deixará por menos o que sofreu nas mãos dos Salvadores, é outro que cresce na história e gera expectativa. Resumindo, personagens que querem ir ao olho do furacão e confrontar Negan se tornaram os melhores da série. Quem não quer participar disso não está fazendo diferença nenhuma.
Lutar contra Negan, obviamente, não será fácil e o público sabe disso, pois ficou bem claro o arsenal bélico e humano que o líder dos Salvadores possui. Quem Negan respeita ou não também já está claro, basta comparar Carl e Spencer. Um matou seus homens e deu a cara a tapa, mostrando coragem - ou falta de bom senso -, e Spencer foi covarde. Negan não perdoa covardes. Rosita deu um tiro à queima-roupa (que mira péssima, Rosita!) e não morreu. Negan é insano e gosta de quem aparenta ser insano também. Tudo isso gera um potencial imenso para que os próximos oito episódios da série sejam realmente bons, um após o outro. Agora, se novamente cairmos na exibição de episódios maçantes, então a série realmente só enrola o público, que é muito paciente... Talvez o mais paciente no universo das séries.
Considerações Finais
Eu pude assistir mais de uma vez todos os episódios desta temporada. Na segunda observação, eu consegui compreender melhor a finalidade de cada um, de cada personagem. Tivemos momentos sensacionais, para o bem ou para o mal, onde posso incluir as mortes de Glenn e Abraham, a tortura de Daryl, a primeira visita de Negan a Alexandria, Maggie se tornando badass, o apego de Negan com Carl e as expressões de incredulidade de Rick, que já viraram meme na internet. Só que infelizmente no conjunto da obra a impressão que fica é que a série ficou devendo.
A série conseguiu ser muito mais interessante na primeira metade da quinta temporada, quando tivemos os canibais e o hospital. E o potencial agora é muito melhor que naquela época, com um vilão carismático, que consegue arrancar risadas nos momentos mais tensos possíveis. A série precisava de um vilão que amassemos odiar e ele está aí, e foi novamente a melhor parte de Hearts Still Beating e de toda a primeira parte. Falta muito pouco para termos uma boa história, e eu me empolguei bastante com a cena final e com a determinação do grupo em lutar. Só espero que eu não fique só na expectativa novamente, mas não espero muito, afinal, raramente The Walking Dead surpreende positivamente.