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Review | The Flash 3x01 - Flashpoint


"Você realmente é o homem mais rápido vivo!

Muita coisa, pouco tempo e um Ponto de Ignição "curioso". No final da temporada passada, vimos Barry salvar Nora do assassinato, indicando que veríamos uma das mega-sagas mais interessantes da DC Comics nos últimos anos. Ponto de Ignição - no original Flashpoint - mostra como o mundo seria caso Barry salvasse sua mãe e as desastrosas consequências desse ato. A esperança é de que a série adapte isso de maneira coerente. Tentarei me conter somente ao episódio nesse texto, porque muito dos quadrinhos é irrelevante a ele. Para saber mais da versão impressa da história, clique aqui.

Preciso, antes de mais nada, salientar que gostei da adaptação. Talvez por ter em mente que as séries não têm pessoal/heróis/direitos suficientes para fazer uma adaptação fiel ao quadrinho. Não esperava em momento algum um Batman ou uma Lois Lane tomando papel principal, e talvez por ter essa mentalidade é que o episódio me fluiu muito bem. Começamos vendo um mundo no qual Barry ainda tem seus poderes e memórias, porém o Flash, ou melhor, o Kid-Flash, é outra pessoa. Ele enfrenta outro velocista, que não é o Flash-Reverso ou o Professor Zoom e sim o Rival. Vemos um Joe que se perdeu na bebida, uma Iris simpática e bastante interessante e a incrível química entre Henry e Nora, que nunca chegamos e ver completamente.

Esse universo parece interessante à primeira vista, até vermos que Cisco é um homem um tanto quanto desprezível e nada amável como o que conhecemos. Caitlin é apenas uma oftalmologista que nunca teve parte num acelerador de partículas e o Team Flash consiste apenas em Wally – o próprio - e Iris. Com tudo isso acontecendo, vemos ainda Eobard Thawne, que sempre rouba a cena quando aparece, mostrando que é mesmo o velocista mais importante na vida de Barry. E chegamos então à conclusão de que quanto mais utiliza seus poderes, mais memórias Barry perde. Pronto, temos aqui a adaptação do motivo de o Ponto de Ignição ser um problema para o Velocista Escarlate. Temos um vilão que sempre se lembrará de tudo, um Barry genuinamente feliz, mas perdendo memórias se usar seus poderes, e um novo Flash que é incapaz de deter o vilão que está aterrorizando a cidade.

Partindo disso, Barry decide que parar o Rival é a melhor maneira de resolver tudo, junta todo o Team Flash original para ajudá-lo e depois tentar resolver seu problema. A única resposta possível é Eobard matar Nora. Barry sabe disso, mas recusa-se a aceitar em um primeiro momento. Depois de toda uma briga com o Rival (e o famoso discurso motivacional, sem o qual Barry é incapaz de derrotar alguém), o vilão é parado e Barry aceita que as coisas não podem continuar do jeito que estão.

O final do episódio foi a parte na qual eu estava mais ansioso. Assim como Ponto de Ignição foi idealizado para recomeçar os quadrinhos e corrigir seus erros, a esperança era de que as coisas acontecessem da mesma forma na série. Por enquanto, vimos apenas que Iris e Joe não se falam, sem mais consequências. A esperança é de que nas outras séries isso também influencie, apesar de que pelo retorno de Arrow podemos ver que não foi impactante por enquanto.

Com um retorno interessante, mas não tanto empolgante quanto poderia ser, fico com a impressão que a CW não teve coragem suficiente de estender o Ponto de Ignição. Não queria algo que durasse muito tempo. Mas me pareceu extremamente corrido, não tivemos tempo de absorver a nova dinâmica da série, os problemas do Barry pareceram pouco importantes e simplesmente parei de me importar. Ganhando ou perdendo do Rival, com Joe bebendo e Wally não se curando, tudo se tornou irrelevante quando ficou óbvio que Nora morreria (de novo) no fim do episódio e as coisas voltariam ao normal. Uma adaptação boa, mas infelizmente sem o impacto que deveria ter. Fico agora receoso pela temporada e espero que a série não tome o mesmo rumo de Arrow, que se perdeu no terceiro ano.

P.S.: Para quem tiver interesse em uma adaptação fiel da HQ dessa saga, existe a animação Liga da Justiça: Ponto de Ignição, que teve muito mais liberdade para trazer os quadrinhos para filme, e é bastante gostosa de assistir.

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