Review | American Horror Story: Roanoke 6x03/04 - Chapter 3/Chapter 4
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E a história vai sendo revelada!
Chapter 3 tem início com as buscas por Flora, que desapareceu misteriosamente no fim do último episódio. Lee, como qualquer mãe em tal situação, está desesperada por noticias da filha. A polícia como de costume não mostra muita determinação, então, com a ajuda de voluntários, nosso trio de protagonistas se põe a desbravar a floresta. Não demora muito para as esquisitices aparecerem: há vários restos suínos e objetos pertencentes à garota pelo chão, numa configuração macabra de corpo humano. Ao seguir a trilha, eles vão parar na fazenda da família Pouk, os caipiras esquisitões que nós vimos na estreia, e o que encontram lá é desesperador.
Vemos duas crianças selvagens alimentando-se do leite de uma porca morta no celeiro da propriedade. A polícia é chamada, mas não há sinal dos Pouk e muito menos de Flora. Mason chega à delegacia furioso, como era de se esperar, mas simplesmente não há o que ser feito. As crianças foram deixadas para trás, não possuindo sequer a capacidade de falar (com exceção de Croatoan, a palavra que supostamente tem o poder de banir os espíritos na mitologia da série). Mais tarde, ele acusa Lee de ter sequestrado a filha o que não é de todo mentira e acaba agredindo-a. Mal sabia ele que a noite ainda lhe reservaria algumas surpresas...
Mas as coisas não saem como o esperado: ao invés de Priscilla dar as caras, eles recebem a visita da personagem de Kathy Bates, um espírito maligno que atende pelo apelido de "A Açougueira". A mulher diz não possuir a garota, que, se fosse o caso, já estaria esfolada e assada. Segundo ela, Flora estaria com Priscila, a quem ela chama de "a semente do bastardo", numa terra longínqua, além dos limites sagrados para os habitantes sobrenaturais da floresta, estes que são encarregados de proteger o território de invasores. Curiosamente apenas Cricket pôde vê-la.
Ficamos sabendo então da história da Açougueira e de Roanoke, a colônia perdida, que na verdade se localizava no mesmo terreno onde a casa curiosamente foi construída. Que coincidência, né? Mais tarde, Cricket leva o trio à floresta, onde invoca o espírito de Priscilla, mas, novamente, recebe a Açougueira como resposta. Ele então lhe oferece um acordo: ela traria Flora de volta para eles e em troca a casa seria destruída. Só que temos um probleminha: Shelby não foi consultada quanto a isso, e ao procurar por Matt (que desapareceu na floresta) ela encontra-o transando (em transe) com a personagem de Gaga, cercados por cadáveres de porcos e com dois dos caipiras da família Pouk se masturbando nada pesado, nada pesado. Chocada com a cena e ignorando totalmente que aquele lugar é por natureza bizarro, Shelby volta para a casa e denuncia Lee para a polícia.
O episódio seguinte começa com esse drama do casal, mas que logo é superado pela visita de Elias, o professor que Matt e Shelby viram no vídeo. Ele dá aos dois algumas informações perturbadoras sobre assassinatos e desaparecimentos que aconteceram naquele local desde a sua construção. Tomamos conhecimento então do que de fato aconteceu em Roanoke e do motivo por todos aqueles espíritos estarem presos no lugar.
Além disso, conhecemos mais de perto a misteriosa mulher com quem Matt supostamente traiu Shelby. Uma entidade adoradora de deuses antigos e sanguinários que ainda possui os desejos mais básicos de uma mulher e, pelo visto, está muito interessada em Matt. Cricket também retorna neste episódio disposto a ajudar, e dessa vez o casal permite. Porém os inimigos estão mais fortes, já que acabam de entrar no período da Lua de Sangue, no qual podem não só assombrar os vivos, mas também matá-los.
Sendo assim, já da para imaginar que temos algumas mortes nesse episódio. Uma dica? Se não aparece dando depoimento no documentário é porque está morto. A Açougueira não deseja mais negociar com Matt e Shelby, o que ela quer mesmo é sangue novo para banhar sua tão amada terra e mais espíritos para servirem de seus escravos. Isso deixa os dois em uma situação desesperadora e, aparentemente, sem saída.
Essa temporada tem se mostrado muito bem articulada e tem conseguido sustentar os mistérios que criam. Embora sempre com um elemento novo em cada episódio, o enredo é capaz de relacionar tudo de forma não apenas coerente e interessante, mas também de modo a produzir o efeito desejado de tensão e terror.