Review | Arrow 4x20/21 - Genesis/Monument Point
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Parece que finalmente a série resolveu andar. Depois de 20
episódios cheios de enrolação e com alguns poucos momentos de destaque, Arrow chega na reta final da sua quarta
temporada com o difícil trabalho de tentar salvar o pior ano da série. E se
esses dois últimos episódios não foram o bastante para conseguir esse feito, mas pelo menos trouxeram o tão necessário ritmo que a trama precisava.
O confronto contra Darhk está ficando cada vez mais intenso e, agora que seus planos foram revelados, o vilão finalmente soa ameaçador. É
estranho isso, Damien é ao mesmo tempo o pior vilão que a série já teve e
também o mais perigoso. Nenhum dos inimigos anteriores teve um plano de
dominação mundial envolvendo o genocídio de bilhões de pessoas, mas todos os outros tinham mais conteúdo e eram muito mais interessantes de
se acompanhar. É como se nessa temporada tivessem resolvido que eles precisavam
de um vilão clichê e sem graça, com um plano nada inédito na história da
televisão só para fazer com que as ameaças se tornassem maiores para os heróis.
Vou ficar sem nunca entender essa escolha, mas pelo menos falta pouco para a
temporada acabar.
E se a ideia era fazer desse um desafio maior do que todos
para testar os heróis, pelo menos podemos dizer que em partes está dando certo.
Não para o Oliver, apesar de ter conseguido repelir a magia de Darhk
momentaneamente ele trouxe pouca coisa de interessante nesses episódios, mas
seus companheiros foram todos bem explorados. Separar a Thea do resto do grupo
e colocá-la com uma história paralela foi interessante, o problema está na morte
do Alex. Isso foi tão gratuito e desnecessário que a cena não conseguiu gerar
emoção nenhuma. Aliás, falando em falta de emoção, o que foi aquela explosão
nuclear? Milhares de pessoas morreram, mas a forma como isso foi mostrado foi
tão artificial e rápida que foi impossível sentir alguma coisa vendo aquilo.
Uma tragédia desse porte deveria ter sido mostrada para o público de uma forma que gerasse alguma reação, mas ao invés disso a impressão que dá é de que a pessoa
responsável por esse episódio é um(a) péssimo(a) contador(a) de histórias: “então
a bomba caiu e muita gente morreu, fim”.
Mas tirando esse “pequeno” detalhe e voltando ao que eu
estava falando antes, os outros membros do Team Arrow tiveram bons momentos. O
reencontro da Felicity com o pai nessas circunstâncias não foi nada tão incrível,
mas aqui eles ganharam pontos pelo simples fato de que não fizeram com que ela
pudesse resolver uma crise desse tamanho sozinha usando só o seu notebook.
Enquanto isso, o verdadeiro destaque ficou para o Diggle, que teve que ir até as últimas consequências para lidar com seu irmão. Foi interessante o fato de que não fizeram a escolha de simplesmente resolver o problema do Andy ou torná-lo bom de novo. Por mais que isso pareça cruel com o John, achei bem válido que o conflito entre eles terminasse dessa forma. No meio de toda a magia e coisas absurdas que andam acontecendo, essa me soou como a saída mais realista.
Enquanto isso, o verdadeiro destaque ficou para o Diggle, que teve que ir até as últimas consequências para lidar com seu irmão. Foi interessante o fato de que não fizeram a escolha de simplesmente resolver o problema do Andy ou torná-lo bom de novo. Por mais que isso pareça cruel com o John, achei bem válido que o conflito entre eles terminasse dessa forma. No meio de toda a magia e coisas absurdas que andam acontecendo, essa me soou como a saída mais realista.
Longe de serem perfeitos, Genesis e Monument Point parecem
uma tentativa atrasada de colocar a série de volta aos eixos e, por mais que
alguns momentos bons tenham acontecido, a impressão que fica é que já é tarde
demais. Com tanta coisa para ser feita em tão pouco tempo, Arrow não passou nem perto de convencer nas cenas que deveriam ser
emocionantes. E as de ação, apesar de não terem problemas, não foram nada
incríveis o bastante para compensar. Nem algumas cenas interessantes nos flashbacks conseguiram fazer muita
diferença no resultado final.