loggado
Carregando...

Crítica | X-Men: Apocalipse


Se o Universo Cinematográfico da Marvel completa oito anos em 2016, a franquia X-Men chega ao dobro de tempo. O já um pouco distante ano 2000 era o marco inicial da bem sucedida saga de heróis da Marvel sob comando dos estúdios FOX. Agora chega aos cinemas X-Men: Apocalipse, oitavo filme da franquia, dirigido novamente por Bryan Singer (X-Men - O Filme, X-Men 2, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido), com roteiro de Simon Kinberg.

X-Men: Apocalipse chega com a missão de concluir a nova e bem sucedida trilogia iniciada em X-Men: Primeira Classe. O filme tem como vilão ninguém menos que o Apocalipse, um dos maiores - talvez literalmente - adversários dos X-Men, interpretado pelo agora mundialmente conhecido Oscar Isaac (Star Wars - O Despertar da Força). Voltam para esse longa nomes conhecidos como James McAvoy (Professor Xavier), Jennifer Lawrence (Mística) e Michael Fassbender (Magneto).

Um ponto notável nessa nova trilogia dos X-Men é a quase que completa independência de um filme em relação ao outro. Se na primeira acompanhamos o extenso conflito entre o Professor Xavier de Patrick Stewart e o Magneto de Ian Mckellen, na nova cada longa contou uma história se passando, em média, dez anos após os eventos do filme anterior. Dessa forma chegamos aos anos 1980, o mundo vive certa estabilidade apesar da Guerra Fria e a escola do Professor Xavier está longe de ser a academia dos X-Men de outrora. Tudo muda com o despertar de Apocalipse, o provável mutante mais antigo da história e mais poderoso também. Se autodenominando um deus e pai de todos os mutantes, Apocalipse quer estabelecer uma nova ordem, e parece ter os meios para isso contando com a ajuda de Magneto, Anjo (Ben Hardy), Psylocke (Olivia Munn) e Tempestade (Alexandra Shipp).

Por mais poderoso que seja o vilão, X-Men: Apocalipse é menos ambicioso que seu antecessor, Dias de Um Futuro Esquecido. Mesmo com uma discussão em torno de uma suposta figura divina que condena o comportamento humano, o roteiro talvez brilhe mais em trabalhar as conflituosas relações de amor e ódio entre suas personagens. Com começo meio e fim bem estabelecidos, a narrativa flui em um ritmo agradável, sem ser maçante como Batman vs Superman, mas não tão empolgante quanto Capitão América: Guerra Civil. Um problema comum nos filmes dos X-Men é que são todos muito parecidos nesse sentido, com exceção do longa de 2014, ao meu ver o melhor da franquia. X-Men: Apocalipse ganha pontos positivos por seu elenco. Destaque para Jennifer Lawrence, que viu sua personagem crescer muito ao longo da franquia, mas também para Evan Peters e seu Mercúrio, o melhor alívio cômico do filme. No mais, o retorno de Jean Grey - agora interpretada por Sophie Turner (Game of Thrones) e Ciclope (Tye Sheridan) se justificam e agregam à história.

X-Men: Apocalipse conclui a nova franquia dos X-Men de maneira coerente, mas não deve ser memorável como foi seu antecessor e como foi Deadpool. Bryan Singer não economizou para dar a esse filme o tom mais épico possível, entretanto a falta de criatividade no roteiro pode pesar no final das contas. No mais, sequências de ação competentes e a química forte do elenco garantem a atenção do público do começo ao fim. Vale comentar também a presença de Hugh Jackman e seu Wolverine, surpresa agradável que não deveria ter sido mostrada no último trailer. Sua participação deixa uma certa ansiedade pelo que vem por aí na franquia.

Enfim, para quem é fã, vale a pena conferir X-Men Apocalipse. E para quem não é fã e cair de paraquedas na sessão, o longa trata de explicar o principal, ou seja, todo mundo pode ir ao cinema conferir a nova aventura dos X-Men.

X-Men: Apocalypse 6674929994167999993

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item