[Review] Once Upon a Time 5x13/14/15 - Labor of Love/Devil's Due/The Brothers Jones
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Muitas vezes as análises dos episódios de séries se baseiam nos
melhores e piores pontos do(s) episódio(s), e daí vem a impressão final na forma
de nota. Mas se é assim que funciona, então o que acontece quando os momentos
positivos e negativos não chegam a ser memoráveis? Once Upon a Time produziu três episódios que de forma alguma foram
ruins, e que até tiveram momentos de destaque, mas o que se percebe no geral é
que não aconteceu nada realmente marcante, e isso é problemático.
A impressão que fica ao assistir esses três últimos
capítulos é que estamos acompanhando uma série cujo potencial poderia ser
melhor aproveitado. A ideia da ida ao submundo foi excelente, a forma como
resolveram retratar esse novo cenário foi muito boa e esse tom visivelmente
mais pesado e sombrio caiu muito bem, mas todos esses fatores positivos não
estão conseguindo surpreender. Apesar de altos e baixos, OUaT sempre foi uma série interessante, e mesmo com enredos mais
fracos sempre prendeu minha atenção, mas agora em que tinha tudo para fazer
bonito o que temos de resultado é um programa que só está servindo para cobrir
o tempo livre quando dormir não é a melhor opção.
Essa crítica parece pesada demais, especialmente levando em
conta o fato de que a nota final não será baixa, mas é válido fazer esse
comentário já que se trata de uma série tão famosa, com um número tão grande de
fãs que querem ver essas histórias já conhecidas contadas de outro modo. Para
uma série do tamanho dessa a mediocridade é tão prejudicial quanto uma possível
falta de qualidade.
Com isso dito, hora de falar sobre aqueles poucos momentos
dos quais nos lembramos, começando pelos piores. The Brothers Jones foi, de longe, o episódio mais chato desse retorno
da série e o único desses três a não apresentar nenhuma cena que se destaque como
boa (mesmo que só um pouco). Os diálogos muitas vezes pareceram exagerados e, depois de um tempo, ficaram cansativos, especialmente aqueles entre o casal
principal. Além disso, não houve quase nenhum desenvolvimento no enredo, foi
praticamente um episódio filler
contando sobre o Gancho e seu irmão, e essa nem era uma história tão boa.
Os pontos positivos vieram de outros episódios: a presença
do Hércules sendo a primeira delas. A forma como ligaram sua história com a da
Branca foi simples, porém inteligente. Sempre faltou a explicação de como uma
princesa mimada se tornou capaz de usar o arco e flecha e se defender sozinha
de uma bruxa, e a forma como incluíram um herói mitológico no meio foi genial. Mas ao mesmo tempo tenho a impressão de que esse também foi um
exemplo de potencial mal aproveitado. Imagino que o Hércules fosse capaz de
trazer cenas diferentes, caso continuasse no elenco por mais um tempo.
Já os melhores momentos ficaram por parte dos vilões. A
melhor cena entre esses episódios foi o encontro entre Emma e Milah, orquestrado
por Rumple. Provavelmente o diálogo mais engraçado da temporada. Cruella, apesar
de não ter nenhuma cena de fato importante, teve falas muito boas e a sua
conversa com David gerou um dos melhores diálogos do qual o pai da Emma já participou
(não que isso signifique muito vindo dele, mas já é algo). O flashback contando sobre a vida do
Rumple também foi bem interessante. A ideia de usar contra ele esse pacto do
segundo filho foi bem inteligente, especialmente porque agora veio algo de positivo
do relacionamento entre ele a Belle.
Em suma, apesar de uns poucos pontos de destaque esses três
últimos episódios de Once Upon a Time
pecaram pela falta de surpresas e de acontecimentos capazes de prender o
público ou gerar interesse na série. Já tiveram episódios muito piores, mesmo
quando comparamos com o de número 15 (que foi o pior destes), mas infelizmente a série está em um ponto onde ficar tanto
tempo sem trazer nada memorável não pode ser simplesmente ignorado.