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Crítica | Capitão América: Guerra Civil


Não é fácil fazer tudo o que a Marvel anda fazendo no cinema atualmente. Já tendo lançado tantos filmes e com muitos outros planejados, é incrível como ao longo dos anos nós vimos um simples longa-metragem de um herói dar origem a todo um universo cinematográfico extremamente amplo. E, mesmo com tropeços, desde o lançamento de Homem de Ferro a produtora vem se esforçando para poder crescer e evoluir cada vez mais. Em meio a essa pressão de sempre se superar, e agora com a concorrência aparecendo, a Marvel não se intimidou e produziu seu melhor filme até hoje.

Capitão América: Guerra Civil consegue trazer tudo de bom que já vimos antes e fazer com que isso fique ainda melhor. A comédia, característica da Marvel no cinema, aparece melhor do que nunca. Mesmo sendo um dos filmes mais sérios desse universo a Guerra Civil possui alguns dos momentos mais engraçados, e o mais interessante é que ela nunca parece forçada, como já aconteceu anteriormente. O filme flui bem em todos os aspectos, e esse é um dos que chama mais a atenção.

As cenas de ação são um espetáculo à parte, com algumas sequências que, sem dúvida, ficam entre as melhores já feitas para um filme de super-heróis (da Marvel ou não). E pode até parecer que falar da ação em um filme desse tipo é redundante, mas devido ao tema dessa produção (que envolve não só confrontos entre seres extremamente poderosos, mas que também tem um fundo político) era muito importante que as lutas fossem fenomenais, tanto para fazer jus aqueles que participam delas quanto para balancear os diálogos mais densos presentes no longa.

Uma dúvida que todos tinham antes de ver o filme era com relação a forma como seriam retratados os personagens. Nunca tantos heróis apareceram em uma mesma produção, faz muito sentido ficar preocupado com o tempo de tela de cada um e se todos terão chances de se destacar. Essas preocupações somem pouco depois do início. Com exceção do Pantera Negra, que mesmo com um tempo de tela considerável não consegue apresentar uma personalidade muito cativante, todos os heróis foram bem retratados. Todos os membros da nova equipe formada pós-Era de Ultron foram importantes em algum momento, com destaque para a Feiticeira Escarlate, que foi ponto-chave desse conflito. O Homem Formiga foi outro que apareceu muito bem. Apesar de ser aquele que provavelmente teve menos tempo de tela, Scott Lang fez uma ótima participação que deixará seus fãs bem felizes.

Mas, apesar de tudo isso, todos esperavam mesmo é pelo Homem-Aranha. E para aqueles ansiosos por ver o Peter em ação, apenas uma palavra sobre sua participação no filme: espetacular. Sua presença foi um ótimo exemplo de como usar bem um personagem que não tem muito tempo de tela. O Gavião Arqueiro foi outro exemplo disso, e mesmo sendo o Vingador original que menos aparece no filme, Clint consegue se destacar bem. E no caso dele é interessante ver como sua personalidade foi explorada.

Antes de concluir, existe um detalhe importante que não deve ser esquecido: esse filme é do Capitão América, e isso não fica só no nome. Steve Rogers é, entre tudo que está acontecendo, o personagem principal da história, e é digno de elogio o simples fato de que conseguiram fazer isso ao mesmo tempo em que exploravam bem todos os outros Vingadores. Apesar de existir essa disputa entre ele e o Homem de Ferro, é o Capitão que tem seus motivos explorados de maneira mais profunda e é ele que está no centro de toda a trama (ao lado de seu parceiro Bucky).

A Guerra Civil na HQ

Pensando um pouco não só como crítico mas também como fã de quadrinhos, os elogios não param. Era óbvio que esse filme não poderia ser parecido com a história da qual ele foi adaptado, mas para aqueles que leram a Guerra Civil e estão com medo de se decepcionar posso afirmar sem nenhuma dúvida: o filme não os decepcionará. É possível sentir falta da tensão das revistas, uma vez que em nenhum momento do filme o clima de uma guerra real apareceu (com exceção do confronto final entre os líderes de cada lado), mas vários fatores apresentados nos quadrinhos estão presentes: a discussão se inicia com uma proposta de que os Vingadores deveriam responder à alguma autoridade, tudo começa com a morte de inocentes por causa de um herói e ao longo da trama nós vemos heróis sendo derrubados e outros trocando de lado. Nada é igual àquilo que lemos, mas os caminhos percorridos pela história são semelhantes e vão agradar aos mais céticos.

O sentimento geral ao sair do cinema é de satisfação, com uma certa euforia para complementar. Mostrando não só que está empenhada em manter todo um universo e em preparar o terreno para eventos maiores, a Marvel não se arrisca muito, mas mostra evolução e uma qualidade que apenas os otimistas esperariam. Capitão América: Guerra Civil é, sem dúvidas, o ápice da Marvel nos cinemas.

Marvel Studios 5275408560673166835

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