[Falando Sobre...] CCXP 2015: o primeiro dia foi épico!

A organização da CCXP 2015 não estava de brincadeira quando falou que seria épico. Com uma estrutura enorme e bem organizada, o primeiro dia do evento foi realmente incrível, especialmente para os fãs da DC Comics.

Os vários painéis interessantes foram um ponto positivo bem grande deste primeiro dia de evento, mas os diversos estandes espalhados pela Comic Con foram uma atração à parte. Com karaokê no painel da Netflix, um espaço onde você pode jogar o novo Just Dance e diversos outros painéis dedicados à séries, filmes, mangás e jogos. Quem compareceu ao evento teve atividades para o dia todo. Uma dica para quem ainda vai: preparem suas carteiras, porque tem muita coisa boa para comprar (para todos os gostos) e vocês com certeza não vão querer passar vontade lá dentro. Outra boa dica seria usar um sapato confortável, porque as dores nós pés não são brincadeira.

Mas esquecendo as dívidas no banco e as bolhas nos pés, nós do LoGGado tivemos a chance de participar de alguns dos painéis durante o dia e aqui vão as informações para vocês que não conseguiram comparecer nesse primeiro dia do evento.

Painel DC Comics Oficial

O primeiro painel oficial da DC Comics no Brasil foi um dos grandes destaques do dia por uma série de motivos: ele marcou a volta de Jim Lee ao Brasil (o aclamado desenhista não vinha para cá há 20 anos), além de contar com vários nomes importantes da editora como Dan Didio e os brasileiros Ivan Reis, Joe Prado, Eddy Barrows e Eduardo Pansica. Como se essas presenças já não fossem o bastante para animar quem estava presente, eles ainda divulgaram uma informação exclusiva para a Comic Com brasileira: será lançado um novo título do Nuclear (Firestorm no original) desenhado por Pansica e escrito por Gerry Conway, o criador do personagem. Será uma mini-série de seis edições, e pela animação dos membros do painel sobre o tema, provavelmente será algo de qualidade, obrigatório para todos os fãs do personagem.

Foto: Vinícius Parra/LoGGado

Comentaram também sobre outros títulos, entre eles Rise of the Seven Seas, uma história do Aquaman que promete expandir sua mitologia e aumentar ainda mais sua importância dentro do universo DC dos quadrinhos. Essa série será desenhada pelo brasileiro Ivan Reis, que também participará de um projeto novo envolvendo o personagem Ciborgue. Durante as perguntas da plateia, os membros do painel foram questionados sobre a aparência do Aquaman e se ele voltaria a usar o gancho em sua mão, mas parece que a DC está contente com a nova versão do personagem e que não existem planos de mudar drasticamente seu visual em um futuro próximo.

"A DC possui as melhores

heroínas dos quadrinhos."

Jim Lee

A pergunta mais importante de todas, entretanto, foi sobre inclusão nos quadrinhos e a participação das personagens femininas nas histórias da DC. Sobre isso, eles disseram que a editora está representando bem a diversidade humana nos quadrinhos, mas não anunciaram nada novo envolvendo os personagens LGBT. Sobre a representatividade feminina, Jim Lee disse apenas que "a DC possui as melhores heroínas dos quadrinhos", citando a Mulher Maravinha e a Batgirl".

Painel Colecionáveis DC Comics da Iron Studios - Da Ideia à Prateleira

Uma das maiores surpresas do dia, o painel sobre os colecionáveis da DC não só revelou quais personagens serão representados na próxima linha de estátuas da editora, mas também incluiu o público nessa decisão. Foram revelados planos para a criação de colecionáveis do Gavião Negro, Mulher Gato, Exterminador (Deathstroke) e Lex Luthor; e depois dessas revelações, foi feita uma votação na qual o público presente escolheu que o último personagem a ser retratado deveria ser o Shazam. O mais interessante de todo o processo, no entanto, foi o fato de que o brasileiro Ivan Reis desenhou ali mesmo a ideia dele de como a estátua deveria ser. Mesmo que o projeto final não fique daquele modo, só o fato de poder acompanhar ao vivo um dos maiores artistas brasileiro dos quadrinhos já valeu a experiência para todos os presentes.

Esboço de Ivan Reis da nova estátua do Shazam
Foto: Vinícius Parra/LoGGado

Aliás, eles também apresentaram pela primeira vez uma estátua que mostra a batalha entre Superman e Apocalipse. A cena de confronto está incrível e vem em um bom momento, logo depois do lançamento do segundo trailer do filme novo do Superman.

Painel The Brave and the Bold - 75 anos do Flash e Lanterna Verde

O aguardado painel final foi o ponto alto do dia para quem escolheu acompanhá-lo, sendo basicamente uma conversa entre Mark Waid (que sozinho roteirizou mais de 100 edições de Wally West como Flash) e Ivan Reis (desenhista de vários títulos importantes, entre eles o do Lanterna Verde).

Falando um pouco sobre as origens dos heróis, Mark comentou que o Flash foi marcante por ser o primeiro herói a ser especializado em apenas um poder, enquanto que os outros heróis da época possuíam dois ou mais. Já o Lanterna foi especial pela sua característica fantástica e a referência à ideia da lâmpada mágica.

Eles conversaram bastante também sobre as séries da DC na televisão, e ambos disseram gostar muito de Arrow e The Flash, especialmente dessa segunda. Durante todo o tempo que Mark Waid falou sobre a série do Flash, ele parecia muito entusiasmado e afirmou que "estão fazendo tudo certo com o personagem". O Lanterna Verde, que também era parte principal do painel, não foi esquecido aqui. Ivan Reis disse que a história dele, por ser tão ampla e envolver tantos personagens, "seria perfeita para uma série de televisão".

Personagens das séries de TV da DC Comics estão expostos para o público na CCXP 2015
Foto: Vinícius Parra/LoGGado

Também não se esqueceram do filme de Ryan Reynolds, que foi alvo de várias piadas e brincadeiras ao longo do painel. Mark disse que, na opinião dele, "o fracasso do filme se deu ao fato de que a Warner não acreditou no próprio projeto". A DC queria um filme mais leve e descontraído, enquanto que a Warner queria algo mais sombrio (lembrando que isso foi na época em que a trilogia do Batman estava fazendo muito sucesso), então essa divergência de opiniões levou a um filme feito sem muita vontade.

Houve ainda muita conversa sobre a participação de Waid nos quadrinhos do Flash, e ele disse que escrever o Wally foi fácil porque pôde colocar muito dele mesmo no personagem: suas dúvidas, suas ideias e sua forma de ver temas importantes, como o de legado (muito importante para Wally, que estava ali para suceder Barry Allen). No geral, esse painel foi a chave de ouro para fechar o primeiro dia de eventos, tudo graças a Waid e a Ivan Reis.

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O primeiro dia da CCXP 2015 foi basicamente da DC Comics, e com razão. Os estandes da DC estavam mais interessantes e os painéis foram todos ótimos. Hoje, no entanto, é o dia da Marvel apresentar seus painéis, e parece que eles não devem ficar muito para trás. De qualquer forma, nós do LoGGado cobriremos também este segundo dia para você que não pode ir ao evento. Então fiquem no aguardo da nossa próxima matéria especial.