[Crítica] Star Wars - O Despertar da Força
O filme que todos esperavam ver.
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O filme que todos esperavam ver.
Star Wars - O Despertar da Força é tudo que os fãs antigos poderiam esperar. J.J. Abrams entrega uma bela homenagem à saga e o resultado é a empolgação da crítica e do público, que delirou e está delirando nos cinemas com este que, tecnicamente, é o melhor filme de toda a história de Star Wars. Nesse sentido, o longa é quase perfeito, pois agrada aos fãs mais antigos e, ao mesmo tempo, apresenta uma narrativa mais semelhante com a dos blockbuster atuais, com personagens atuais. Star Wars chegou com tudo ao século XXI.
É
realmente difícil escrever essa crítica, pois é preciso separar a emoção
da razão. A verdade é que O Despertar da Força aposta no seguro, pois se
inspira demais na narrativa de Uma Nova Esperança. Era algo que já se suspeitava. Entretanto, como não ficar emocionado vendo a Millenium
Falcon, Han Solo, Chewbacca e Princesa Leia de novo? Se o filme não é
muito criativo neste aspecto, temos dois episódios pela frente para
inovar nesse sentido. Os personagens que marcaram minha infância estão
lá o tornando um reencontro e, ao mesmo tempo, um novo primeiro
passo. É preciso entender que a história de Han, Luke e Leia já foi
contada e agora é a vez de Rey e Finn e, talvez, Poe Dameron, se este
ganhar mais destaque do que teve em O Despertar da Força.
E como não amar Rey e Finn? Os dois têm tudo que se espera de personagens de Star Wars: são épicos e divertidos. Finn tem a difícil missão de ser o cara engraçado, mas em parceria com o novo dróide BB-8 - que tem a personalidade de um Wall-E - tenho certeza que cumprirá essa missão. Rey é a protagonista que a saga precisava ter, e deve ganhar uma legião de fãs. Daisy Ridley e John Boyega estão perfeitos nos papéis e formam uma boa dupla, mais dinâmica do que qualquer outra já apresentada na saga. Exceto, claro, C-3PO e R2-D2.
Os veteranos também estão de parabéns. Harrison Ford traz novamente todos os elementos que fez de Han Solo um mito. Carrie Fischer tem menos destaque neste filme, algo que deve mudar nos próximos episódios, mas está lá comandando a Resistência. Ambos estão mais maduros e também mais sérios, mas a história explica bem o motivo.
No quesito técnico o longa é excepcional, misturando computação gráfica e design de produção de maneira orgânica. Além da fotografia, muito semelhante a da trilogia clássica. J.J não perdeu a oportunidade de fazer um plano de pôr do sol idêntico ao visto em Uma Nova Esperança, o que me faz ter certeza que este é um filme feito de fãs para fãs. Por isso repito: O Despertar da Força é um reencontro, logo não chega a ser um grande problema se parecer com o original, pois é isso que todos queriam que ele fosse. Um único ponto negativo fica mesmo por conta da trilha sonora. Com exceção das trilhas já consagradas, nenhuma nova conseguiu chamar a atenção. Aliás, faz tempo que não surge uma trilha sonora marcante no cinema.
Mesmo
sendo um reencontro, O Despertar da Força é também o início do futuro
da saga. Temos muitas coisas novas aí. O vilão Kylo Ren - interpretado
de maneira correta por Adam Driver - com certeza é partidário do Lado
Sombrio da Força, assim como seu mestre, o Grande Líder Snoke. Entretanto, em nenhum momento fica claro que a batalha é contra os Sith. Particularmente acredito que a Resistência tem um novo tipo de inimigo
pela frente. Temos também Maz Kanata, interpretada pela excelente Lupita
Nyong'o, possuidora de sabedoria extrema mesmo não sendo uma Jedi.
Logo, podemos perceber que nem só de Jedi e Sith viverá essa nova
trilogia. E Luke Skywalker? Sobre ele, apenas digo que Luke está em O
Despertar da Força.
Não estamos diante de uma obra que supera a
trilogia clássica. Digo isso pois o longa se agarra à trilogia clássica para ser um sucesso, e deve isso à ela. Mas estamos
diante de um dos melhores filmes do ano, empolgante do começo ao fim,
que trará milhões de novos fãs para a maior saga do cinema. Aplausos
como os que eu ouvi quando cada personagem clássico aparecia, isso só
Star Wars consegue. O Despertar da Força cumpriu sua missão, mas deixa
ao Episódio VIII a importante tarefa de apresentar algo de fato novo. A
Força despertou, agora é hora de ver o que fará acordada.