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[Review] The Knick 2x04 - Wonderful Surprises


Vou ser curto e grosso: o episódio da semana não foi tão bom quanto o anterior. Mas como todo fã de The Knick sabe, ele pode até não ser tão bom, porém nunca será um episódio ruim. Sem mais delongas e ladainhas, vamos ao que interessa.

Como vimos anteriormente, Edwards não teve uma surpresa maravilhosa, como diz o título deste episódio. Opal, a esposa que o cirurgião escondeu de todos, chegou a Nova York e está disposta a tomar o lugar que lhe é de direito ao lado do marido. No início, vimos que Opal ficou extremamente aborrecida por Edwards não ter falado dela para ninguém. Logo, ela percebe que o motivo do segredo sobre sua existência se deve por causa de outra mulher, o que Edwards não demora a admitir. No entanto, ele não diz que se trata de Cornelia, que, por sua vez, também fica surpresa (da pior forma possível) ao saber que Edwards é casado. Conhecemos mais sobre a personalidade de Opal durante o jantar na casa dos Robertsons, deixando todos boquiabertos ao questionar o suposto progressismo da família, que se orgulha das conquistas de Edwards e, ao mesmo tempo, trata os pais deste como empregados até mesmo no jantar em que Opal é apresentada. Mais tarde, Edwards leva sua esposa até uma casa de shows no Harlem, bairro nova-iorquino cuja população negra estava crescendo na época, onde podemos testemunhar o casal finalmente se divertindo após um (re)começo turbulento. Com isso, vemos que Opal é uma mulher forte e determinada, que representa verdadeiro empecilho no caso entre Edwards e Cornelia.

Por outro lado, os experimentos de Thackery para tratar da sífilis de Abby apresentam empolgantes resultados. O médico corre para comunicar as boas novas para a ex-esposa dizendo que se trata de um procedimento eficaz, porém arriscado, o que provoca a desconfiança e o medo em Abby. Enquanto ela se decide quanto a realizar o tratamento ou não, Thackery continua pesquisando sobre a dependência química dissecando corpos sem sucesso. Com isso, ele seleciona cobaias humanas para estudar seus comportamentos. Até que a oportunidade para experimentar o procedimento para tratar da sífilis surge quando Abby tem uma convulsão e é levada às pressas para o Knickbocker Hospital. Logo, Thackery inicia o procedimento injetando malária nela com o propósito de estimular a febre, que, na teoria, exterminaria as espiroquetas características da sífilis. Vendo que Abby está agonizando em meio a muita dor e uma febre extremamente alta, Thackery tem a ideia de estimular o aumento da temperatura corporal dela ainda mais, a qual Edwards se opõe. Entretanto, eles correm o risco e, após a febre aumentar um pouco mais, eles injetam quinina em Abby e banham seu corpo numa banheira com água e gelo para que ela não morra devido à febre. Após muita espera, Abby aparenta ter reagido bem ao procedimento e John deita-se ao lado dela no leito, mostrando que ainda possui uma ligação muito forte com sua ex-esposa.

Lucy, por sua vez, demonstra rancor ao examinar Thackery quando este repara nos hematomas causados pela surra que levou do pai, deixando implícito que foi o médico quem a machucou mais. Isto fica mais evidente em uma conversa com Harriet, quando Lucy vai visitá-la na prisão, dizendo o quanto está cansada de tanto abuso por parte dos homens em sua vida (seu pai e Thackery). Quando é flagrada por sua colega de quarto lendo um livro sobre obstetrícia e ginecologia, Lucy é provocada por ela, que diz que já está na hora de haver médicas do sexo feminino. Sinais do futuro? E por falar em Harriet, a freira é libertada e o caso contra ela é arquivado. Tal surpresa deve-se ao fato de que Cleary, com a ajuda de Cornelia, reuniu algumas das antigas clientes de Harriet, pertencentes à elite nova-iorquina, e as chantageou para que usassem sua influência para dar um fim no caso. No entanto, apesar de estar em liberdade, Harriet não está livre da marginalização que sofre de suas irmãs de hábito ao procurar abrigo em um lar para mulheres comandado por freiras e ver que irá dormir no chão, ao invés de dormir em uma cama.


Ao realizar um procedimento de cauterização, o Dr. Mays sofre um acidente e morre. Aproveitando a ocasião oportuna, Barrow abriu um fundo em nome do falecido médico para a construção da nova sede do Knickbocker Hospital, esperando que a situação o favoreça. No entanto, ele vê seus planos irem por água abaixo ao se reunir com o chefe de Tammany Hall, que lhe concede uma pequena dedução nos custos da obra em troca de proteção; e com o conselho administrativo. Bertie segue o conselho do Dr. Zinberg, seu colega de trabalho, e vai até um bordel, onde espera se tornar experiente ao ponto de poder lidar com Genevieve. Mais tarde, após jantar com sua família, Bertie descobre que sua mãe está com um tumor no esôfago e decide que quer operá-lo apesar da resistência de seu pai e de Zinberg, que insistem em dizer que o tumor é incurável.

Gallinger mostra-se cada vez mais pendendo para o lado dos entusiastas da eugenia. Primeiro, ele tem um desentendimento com uma família de imigrantes cujo filho realizou uma cirurgia no hospital. Logo após, com um menor ítalo-americano que atacou Eleanor junto com um bando. Ao consultar o colega que encontra no episódio passado, eles discutem a respeito da esterilização em massa daqueles a quem consideram inferiores. Cornelia, aproveitando que Philip estará fora de casa, resolve continuar suas investigações a respeito da morte do inspetor Speight e acaba encontrando uma evidência, o que não ficou claro para nós do que se trata. No entanto, Cornelia é seguida por um elemento estranho na rua. Temo muito por ela.

Este não foi dos melhores episódios da temporada, no entanto, importantes acontecimentos nos dão pistas aqui sobre o que imaginar acerca do futuro dos personagens. O que acontecerá a Harriet agora em liberdade? De que maneira Gallinger se envolverá com a eugenia? Até que ponto a vida de Cornelia corre perigo? E Thackery, como ele lidará com as mulheres de sua vida? Seguimos acompanhando a temporada.

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