[Review] Homeland 5x05/06/07 - Better Call Saul/Parabiosis/Oriole
Ela enganou todo mundo.
https://siteloggado.blogspot.com/2015/11/review-homeland-5x050607-better-call.html
Ela enganou todo mundo.
É incrível como uma célula implantada em um enorme sistema pode fazer tudo desandar se não percebida a tempo. Allison está desestruturando a CIA de dentro para fora, colocando velhos "amigos" como Saul e Dar Adal um contra o outro. E para completar, nem mesmo Carrie ainda sacou qual é a dela e vai direto para seu encontro, no que pode resultar em um dos momentos decisivos para esta temporada. Os últimos episódios mostram um tom diferente que esse ano adotou: em vez de grandes atentados, cada um ali tem que se preocupar com a própria pele. E isso vale para todos, sem exceção.
Comecemos
então pela saga que Peter Quinn, a mais paralela a história principal
até aqui. Baleado pelos russos, o agente especial cai nas mãos de
jihadistas sírios. Ou seja, a sorte definitivamente não anda ao seu lado.
Será? Pois agora Quinn tem a chance de fazer um grande trabalho para
seu chefe Dar Adal. Depois de ser baleado duas vezes e esfaqueado, Peter
continua 'mitando', está de pé e pronto para a próxima. Para aqueles que
torcem por um romance entre ele e Carrie, acredito que isso esteja longe
de acontecer. Depois de Brody, a série deixou essa temática de lado, e é
basicamente uma série sobre estratégias de espionagem internacional.
Vida social está em baixa neste quinto ano, o que vem sendo um ponto
positivo. A história de Peter Quinn muito me interessa, pois ele é
aquele que consegue sempre estar na situação mais perigosa, mesmo que
não tenha ninguém atrás dele.
A
parte que envolve Jonas, Laura e Otto ainda não obteve grande destaque.
Laura é uma personagem irritante, o que é um problema, pois a causa
dela é justa. Sua briga por transparência bate de frente com os
objetivos de Carrie em manter tudo em sigilo, ao menos até descobrir
quem tentou matá-la. A série ainda não conseguiu equilibrar um bom
debate sobre os extremos cometidos pela espionagem mundo a fora, e nem
acredito que seja esse seu objetivo, uma vez que é uma produção
norte-americana e, ao que parece, contrária a Edward Snowden.
Enfim chegamos a Saul, Dar Adal e Allison. Ao ver o último episódio, Oriole, eu estava pronto para criticar Saul por ele sempre ser enganado.
Mas tenho que pegar leve, pois não é só ele. É incrível como Allison
conseguiu manipular todos ali. O experiente Dar Adal desconfia de um de
seus mais antigos amigos, e não hesita em mandá-lo de volta para os EUA.
Ora, talvez a rixa antiga entre eles tenha falado mais alto, ainda
assim, quando tudo acabar, Saul está certo ao dizer que Dar vai se
arrepender bastante. Saul também não é nenhum santo, e demorou ao
reconhecer que Carrie dizia a verdade. Todo mérito à diretora do
episódio Oriole, Lesli Linka Glatter, pela sequência em que Saul
rouba os documentos da agência, um plano sequência (provavelmente falso)
muito tenso, que passou toda a dificuldade da situação. Vale destacar
que os melhores episódios desta temporada não vêm sendo dirigidos ou
escritos pelos criadores da série. Além disso, eles não estão abusando do tempo e dificilmente
ultrapassam os 50 minutos.
Por
último, porém não menos importante, temos Carrie. Não vem sendo dias
nada fáceis para ela, e nunca são. Mas ser caçada e abandonada pelo
melhor amigo e mentor tem um peso diferente. Carrie teve a sorte de
poder contar com Otto, até aqui alguém livre de qualquer suspeita (o que
pode mudar a qualquer momento, pois a série tem dessas). A morte
realmente acompanha Carrie, seja no Iraque, em Berlim ou Amsterdã. O que
me surpreende é ela não ter descoberto sobre Allison. Justo Carrie, que
tem o diferencial de ver o que os outros não enxergam. Realmente espero
que ela esteja apenas enganando Allison, mas imagino que não. Dessa vez,
ao que tudo indica, nem Carrie Mathison está a par do infiltrado. O que, cá entre nós, faz dessa temporada algo totalmente diferente do que já
vimos até então. Homeland tem o mérito de não ter caído na
mesmice, e com cinco episódios ainda pela frente muita coisa pode
mudar. Como o melhor sempre fica para o final, as expectativas estão bem
altas.