[Review] Arrow 4x03/04 - Restoration/Beyond Redemption
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Depois de um ótimo começo de temporada, Arrow segue o seu quarto ano trazendo outros dois episódios muito
bons. Com muita coisa interessante acontecendo com todos os personagens, apesar
de alguns problemas pontuais, a impressão que dá é que o tropeço da terceira
temporada foi uma falha que não se repetirá.
É até difícil saber por onde começar no meio de tanta coisa,
mas a melhor opção é iniciar pelos problemas, uma vez que foram
poucos. Não sei se é algo proposital que será explorado pelos roteiristas ou se
simplesmente é uma falta de atenção (e de bom senso), mas vocês notaram como o
Oliver está fraco nesta temporada? Ele parece muito enferrujado agora que
voltou a lutar contra o crime. Como que o mesmo cara que, em questão de semanas, conseguiu praticamente se igualar ao antigo líder da Liga dos Assassinos é
completamente dominado por uma policial sem qualquer tipo de treinamento
especial? Eu entendo que eles não podem fazer com que tudo pareça fácil demais,
mas criar uma dificuldade tão grande nessa situação é completamente irreal.
Thea e Laurel também foram vítimas disso, a Canário Negro pode não ser a melhor
das lutadoras, mas se ela enfrentou assassinos treinados na temporada passada como
ela não consegue lidar com alguns policiais com umas armas diferentes? A Thea
foi ainda mais absurdo, sendo que um episódio depois de matar três membros da liga
em menos de dez segundos ela consegue ser dominada sem muita dificuldade por
parte dos agressores.
Essa falta de atenção com a realidade dos personagens é um
problema bem recorrente na série e já passou da hora de ser consertado. Olhando
mais afundo no caso da Laurel o problema fica um pouco pior. Eu comentei na
review passada que agora seria a hora de a personagem brilhar, mas não foi bem
assim que aconteceu. Da forma como foi mostrada a determinação da Laurel, de
fato parece uma birra de uma pessoa mimada egoísta, que não está pensando em
ninguém além dela. Ela é uma advogada, mas não sabe argumentar em
favor das suas intenções, e esse descuido dos roteiristas só prejudica uma
personagem que estava lutando tanto para cair nas graças da maior parte do
público. E vou ser bem sincero: quando a Nyssa e o Damien Darhk soam como a
voz da razão é porque o argumento contrário tem sérios problemas.

E falando na família Lance, é impossível não falar do Quentin,
aquele que foi o melhor personagem do quarto episódio. As conversas entre ele e
o Oliver e a cena em que ele aponta a arma para a filha foram cenas muito boas,
nas quais a atuação de Paul Blackthorne brilhou bastante. Outro ponto positivo entre os personagens foi
a Thea. Apesar do problema com relação às cenas de luta dela, os momentos mais “calmos”
da personagem foram todos excelentes. Ela realmente cresceu durante a série ao
ponto de se tornar uma das mais interessantes.
A parte da história que mais me surpreendeu de maneira
positiva dentro desses episódios foi, de longe, a candidatura do Oliver para
prefeito. Primeiro preciso falar que isso é uma ótima ideia baseada em um arco
dos quadrinhos no qual o ex-membro da Liga da Justiça resolve se dedicar à
política para ajudar sua cidade de outra forma. E segundo que o modo como lidaram
com isso foi realmente muito bom. A primeira reação do Team Arrow foi muito divertida e, ao mesmo tempo, fez muito
sentido. Mas o melhor foi o fato de explorarem as motivações do Oliver
e mostrarem que ele está fazendo aquilo levando em conta todas as
dificuldades maiores que terá de enfrentar. Parece que o personagem principal
também cresceu bastante, e isso é muito bom de ver.
No geral, os dois episódios foram muito bons e conseguiram
dar uma ótima direção para as principais partes do enredo. Esses problemas na
forma de escrever os personagens não são de hoje, mas pelo menos dessa vez não
atrapalharam o andamento dos episódios. Só espero que em algum momento isso
pare de acontecer.
Obs.: E parece
que o bromance entre Oliver e Diggle
está de volta! Tomara que esse negócio de “levar uma bala pelo amigo” não
seja motivo para fazerem com que o John seja morto nessa temporada, porque isso
seria um grande erro.
Obs. 2: Não falei
nada sobre os flashbacks porque eles
estão tão desnecessários que nem mesmo merecem ser comentados. Só serviram
para fazer a nota da review cair meio ponto, sinceramente.
Obs. 3: As interações entre a Felicity e Curtis estão muito boas. Como se não bastasse o easter egg das esferas do Sr. Incrível, o personagem está muito bom mesmo sem nenhum tipo de poder.