[Review] Once Upon a Time 5x02 - The Price
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Continuando a traçar o caminho que OUAT irá percorrer durante a temporada, The Price não foi o melhor episódio de todos, mas trouxe novidades
interessantes e aumentou ainda mais a expectativa que temos com relação à serie.
Começando pelas cenas de Camelot, nós tivemos algumas
surpresas e um desenvolvimento bem interessante. Foi estranho quando ninguém
reconheceu a Regina como Rainha Má no primeiro episódio, mas isso é
compreensível levando em conta que nem todos os reinos são conectados ou
próximos o bastante (Arendelle também é um exemplo disso), e por isso foi tão
interessante ter alguém na corte de Arthur que sabia quem a Regina realmente
era. O mais legal nessa descoberta é saber que existe em
Camelot outro mago além de Merlin (afinal, quem encantou a espada usada para
tentar matar a ex-Rainha Má?). Muito provavelmente se trata da Morgana, a
surpresa aqui seria se ela também fosse a responsável pela aparição do monstro
em Storybrooke.
Uma coisa que gosto muito na série é a inteligência com a
qual os paralelos são feitos entre os flashbacks
e presente. Once Upon a Time sempre
fez isso muito bem e dessa vez tivemos outro exemplo. A necessidade do
preço a se pagar pela magia é antiga na série, mas agora isso foi bem
literal (lembrando um pouco as primeiras aparições do Rumple com os contratos
para assinar, só que de maneira mais “dark”)
e também muito bem aproveitado. Se a Emma teve que usar magia para salvar o
Robin e isso a levou para as trevas, então agora é a Regina que paga um preço
por salvar a vida do ex-ladrão. O tempo todo estamos tendo esse paralelo entre
Emma e Regina, o que torna esse enredo sobre a aparição de uma nova salvadora
ainda mais promissor.
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Chaves com certeza inspirou esta cena |
O equilíbrio entre Emma e Regina, inclusive, se mostra nas
diferenças temporais. Em Camelot, o centro é a mãe adotiva do Henry, e ela
domina as cenas em que aparece da forma como sempre fez. Mas em Storybrooke é o
contrário. No presente, quem se destaca é nova Dark One, e isso ficou bem claro na discussão entre as duas. Os
diálogos de Emma com os outros personagens e com a representação das trevas
dentro dela são todos excelentes e mostram algo muito interessante: ela não
cedeu completamente para o mal e ainda possui alguma consciência. Isso com
certeza será importante para o desenrolar da temporada e desfecho desse enredo.
Ainda falando sobre as cenas que se passam no presente é
preciso fazer uma reclamação. Se qualquer um aqui já viu algum desenho animado
de herói um anime no qual o primeiro grande vilão se junta aos heróis, então vocês
já sabem o que acontece: do nada alguém que sozinha enfrentava todo o grupo
principal se torna apenas um aliado, cujo poder deste momento em diante já não
se mostra tão grande. Isso é fato comum nesses tipos de história e foi
exatamente o que aconteceu com a Rainha Má. Na primeira temporada a Regina
mostrou todo o seu poder e parecia ser um adversário invencível. Depois disso, absolutamente todos os vilões se mostraram obstáculos maiores e os poderes dela
só pareceram diminuir. Ela, que parecia ler a natureza no começo da série, se
reduziu a somente lançar bolas de fogo. Essa inconsistência só torna mais
difícil de “acreditar” em alguns acontecimentos do enredo. Isso já aconteceu
muito na série, mas como nessa temporada foi a primeira vez, vale a pena mencionar.
De resto não tem muito que se comentar sobre Storybrooke além da ótima cena final, já que os outros momentos no presente que não
envolviam a Emma foram meio sem graça. A espada presa na pedra com certeza será
o ponto central da primeira parte dessa quinta temporada, e isso trará
interações interessantes. Espero que Arthur tenha um papel importante nesse
enredo principal, porque até aqui ele se mostrou um personagem muito sem graça
em comparação com o grande guerreiro e líder sobre o qual ouvimos falar em suas
histórias.
No geral, esse segundo episódio foi muito eficiente em
preparar o terreno para o resto da temporada. Mas com apenas alguns poucos momentos
realmente bons não tem como dar uma nota muito grande. Quando uma série chega
no ponto em que Once Upon a Time chegou, é difícil não ser crítico demais quando um episódio não consegue ser mais do
que bom.