loggado
Carregando...

[Review] Homeland 5x01/02 - Separation Anxiety/The Tradition of Hospitality

Alone in the dark.


Alone in the dark.

Homeland está de volta para sua quinta temporada. Numa tentativa de se atualizar, a série traz temas atuais como espionagem das agências de segurança, conflitos e guerras civis recentes, além de novas milícias e organizações terroristas. No meio de tudo isso, ou por fora de tudo isso, está Carrie Mathison. Fora da CIA, ela agora trabalha para uma fundação alemã e mora em Berlim. Como já anunciado previamente, a nova temporada se passa na capital germânica. Com dois episódios já exibidos, podemos perceber que esse ano será intenso desde o começo.

Particularmente, escrevo reviews de Homeland desde que a série estreou. Acompanhei cada episódio semanalmente, percebendo os altos e baixos desse drama que demonstrou um potencial imenso, capaz de fazê-la figurar entre as melhores séries de todos os tempos. Infelizmente, decisões equivocadas no roteiro tiraram Homeland dessa rota. Contudo, mesmo diante desses equívocos, a série ainda consegue ser acima da média. E esse quinto ano não aparenta ser diferente.

Pelo que pude conferir em Separation Anxiety e The Tradition of Hospitality, o roteiro está mais compacto e centrado desta vez, com menos núcleos e mais atenção às personagens veteranas da série: Carrie, Saul, Peter e Dar Adal. Entre as novidades temos a chefe de operações da CIA na Alemanha, Allison Carr (Miranda Otto), e a jornalista que trabalha na mesma fundação que Carrie, Laura Sutton. O plot entorno do vazamento de informações é um dos pontos fortes deste ano, e parece que vai dar muito trabalho para Carrie. Entretanto, percebo que a série pode ousar mais nessa questão se conseguir equilibrar o conflito de opiniões a respeito do tema, sem tender para um ou outro lado.

Se o vazamento de dados atinge Carrie e Saul diretamente, presenciamos um Peter Quinn isolado, à procura de recrutas do EI. Peter já é a personagem mais sombria da série há tempos, e agora tem o enredo mais sombrio também. É difícil não esperar que ele exploda em algum momento, seja na reunião com seus chefes ou em alguma missão. Seu temperamento imprevisível, porém mais estável que o de Carrie, sempre se torna um ponto positivo.

Os episódios em si apresentaram boa dose de emoção, oscilando entre drama, suspense e ação frenética, algo que Homeland se acostumou a trazer somente no final de suas temporadas. Ainda é cedo para dizer se todos serão assim, mas temos um bom começo por aqui. Carrie se vê mais contestada do que nunca, e fora da CIA ela tem pouco aparato para se proteger dos perigos que normalmente rondam sua vida. A relação estremecida com Saul também a prejudica. Sozinha na fronteira entre Síria e Líbano - o que eu admito que me pareceu uma solução meio forçada encontrada pelo roteiro para que Carrie permaneça por lá - e sendo caçada pelos grupos locais, não deve faltar tensão para a ex-agente nesta temporada.

Enfim, após esses dois episódios consigo ver uma boa temporada pela frente. A série está bem escrita e dirigida, e deve se manter assim até o final. Falando em final, não tenho ideia se esta é a última temporada, entretanto a série já teve seu auge. Planejar um fim não é má ideia, mas por ora não vou pensar muito nisso, e sim em episódio por episódio. Pelo que foi possível perceber, fantasmas do passado de Carrie pré-Brody estão de volta, eles só não apareceram ainda, mas é questão de tempo. Como a temporada vai desenvolver tudo isso é a grande questão. Como sempre, Homeland lança diversas dúvidas.

Reviews 9025894816636779581

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item