[Review] Homeland 5x01/02 - Separation Anxiety/The Tradition of Hospitality
Alone in the dark.
https://siteloggado.blogspot.com/2015/10/review-homeland-5x0102-separation.html
Alone in the dark.
Homeland está de volta para sua quinta temporada. Numa tentativa de se atualizar, a série traz temas atuais como espionagem das agências de segurança, conflitos e guerras civis recentes, além de novas milícias e organizações terroristas. No meio de tudo isso, ou por fora de tudo isso, está Carrie Mathison. Fora da CIA, ela agora trabalha para uma fundação alemã e mora em Berlim. Como já anunciado previamente, a nova temporada se passa na capital germânica. Com dois episódios já exibidos, podemos perceber que esse ano será intenso desde o começo.
Particularmente, escrevo reviews de Homeland
desde que a série estreou. Acompanhei cada episódio semanalmente,
percebendo os altos e baixos desse drama que demonstrou um potencial
imenso, capaz de fazê-la figurar entre as melhores séries de todos os
tempos. Infelizmente, decisões equivocadas no roteiro tiraram Homeland
dessa rota. Contudo, mesmo diante desses equívocos, a série ainda
consegue ser acima da média. E esse quinto ano não aparenta ser
diferente.
Pelo que pude conferir em Separation Anxiety e The Tradition of Hospitality,
o roteiro está mais compacto e centrado desta vez, com menos núcleos e
mais atenção às personagens veteranas da série: Carrie, Saul, Peter e
Dar Adal. Entre as novidades temos a chefe de operações da CIA na
Alemanha, Allison Carr (Miranda Otto), e a jornalista que trabalha na
mesma fundação que Carrie, Laura Sutton. O plot
entorno do vazamento de informações é um dos pontos fortes deste ano, e
parece que vai dar muito trabalho para Carrie. Entretanto, percebo que a
série pode ousar mais nessa questão se conseguir equilibrar o conflito
de opiniões a respeito do tema, sem tender para um ou outro lado.
Se
o vazamento de dados atinge Carrie e Saul diretamente, presenciamos um
Peter Quinn isolado, à procura de recrutas do EI. Peter já é a
personagem mais sombria da série há tempos, e agora tem o enredo mais
sombrio também. É difícil não esperar que ele exploda em algum momento,
seja na reunião com seus chefes ou em alguma missão. Seu temperamento
imprevisível, porém mais estável que o de Carrie, sempre se torna um
ponto positivo.
Os episódios em si apresentaram boa dose de emoção, oscilando entre drama, suspense e ação frenética, algo que Homeland
se acostumou a trazer somente no final de suas temporadas. Ainda é cedo
para dizer se todos serão assim, mas temos um bom começo
por aqui. Carrie se vê mais contestada do que nunca, e fora da CIA ela
tem pouco aparato para se proteger dos perigos que normalmente rondam
sua vida. A relação estremecida com Saul também a prejudica. Sozinha na
fronteira entre Síria e Líbano - o que eu admito que me pareceu uma
solução meio forçada encontrada pelo roteiro para que Carrie permaneça por lá - e sendo caçada pelos grupos locais, não deve faltar tensão para
a ex-agente nesta temporada.
Enfim, após esses dois episódios consigo ver uma boa temporada pela frente. A série está bem escrita e
dirigida, e deve se manter assim até o final. Falando em final, não
tenho ideia se esta é a última temporada, entretanto a série já teve seu
auge. Planejar um fim não é má ideia, mas por ora não vou pensar muito
nisso, e sim em episódio por episódio. Pelo que foi possível perceber,
fantasmas do passado de Carrie pré-Brody estão de volta, eles só não
apareceram ainda, mas é questão de tempo. Como a temporada vai
desenvolver tudo isso é a grande questão. Como sempre, Homeland lança diversas dúvidas.