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[Crítica] O Último Caçador de Bruxas


São poucos os filmes de Vin Diesel que consegui apreciar além da franquia Velozes e Furiosos. Dá pra contar nos dedos: O Resgate do Soldado Ryan, O Gigante de Ferro, Eclipse Mortal, Sob Suspeita, e Guardiões da Galáxia são alguns dos exemplos. Eis que chega aos cinemas O Último Caçador de Bruxas, mais um dos esforços em que o astro tenta provar que não é só de 'Dominic Toretto' e de 'Groot' que vive Vin Diesel.

O filme começa na Idade Média, quando Kaulder (Vin Diesel) atua como membro de uma organização secreta chamada Machado e Cruz, dedicada a combater bruxas. Em seu combate derradeiro com a Rainha das Bruxas (Julie Engelbrecht), Kaulder é amaldiçoado a viver eternamente. Séculos depois, nos dias atuais, o último caçador de bruxas do título continua servindo a Machado e Cruz no combate ao mal, sob a orientação de Dolan (Michael Caine). No entanto, um perverso bruxo conhecido como Belial (Ólafur Darri Ólafsson) lança um feitiço sob Dolan, fazendo Kaulder acreditar que ele está morto. Com isso, com a ajuda de Chloe (Rose Leslie, uma versão escocesa de Emma Stone) e do sucessor de Dolan (Elijah Wood), o caçador de bruxas precisará desvendar o que está por trás da suposta morte de seu mentor e das intenções malignas de Belial.

O grande mérito do roteiro de Cory Goodman, Matt Sazama, e Burk Sharpless é não se levar a sério. A forma como a mitologia de bruxas é desenvolvida chama a atenção de maneira singular, no entanto, nos deparamos com tiradas cômicas com bastante frequência em vários momentos. Impossível não soltar uma risada quando, em certa sequência, uma bruxa, depois de perder o encantamento que dava a ela a aparência de jovem, solta um "bitch" logo após ter envelhecido. Os efeitos do filme colaboram para que O Último Caçador de Bruxas tenha uma aura levemente sombria, tal qual um filme envolvendo bruxas exigiria. A direção de Breck Eisner, que já dirigiu Sahara e A Epidemia no passado, é apenas correta, preocupada em manter um tom divertido para o filme, sem grandes ambições.

Estrelando no papel-título do filme, Vin Diesel não esconde que está se divertindo muito ao interpretar o personagem. Com um leve toque de Highlander que sabe desfrutar das pequenas alegrias de ser um imortal, é difícil imaginar outro ator que preencha o papel como Diesel. Rose Leslie e Elijah Wood dão um bom suporte ao seu protagonista, apesar do caráter unidimensional de seus papeis. Michael Caine reprisa aqui o papel de mentor que tem feito nos filmes de Christopher Nolan, oferecendo uma boa atuação, conforme esperamos do ator.

Ainda que seja um tanto previsível e por vezes artificial, O Último Caçador de Bruxas consegue nos divertir com uma trama bem dosada nas reviravoltas, situações engraçadas e intérpretes carismáticos. Se serve como incentivo, este é um dos poucos filmes da safra de Vin Diesel que se consegue obter um mínimo de apreciação, que não veja vindo das franquias Velozes e Furiosos e Guardiões da Galáxia.

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