[Review] Arrow 3x15/16 - Nanda Parbat/The Offer
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Esse foi, sem dúvida, um dos episódios mais difíceis de dar nota entre todos da série. Muito bom no geral, Nanda Parbat poderia ter sido um episódio quase perfeito, se não fosse por um problema bem complicado: isso foi um episódio feito para uma série do Batman.
Desde o começo de Arrow
é possível notar várias características que, nos quadrinhos, sempre pertenceram
ao Batman e não ao Arqueiro Verde, e eu sempre relevei isso. Sempre entendi que, para alcançar o que queriam com a série, algumas características e personagens
do universo do homem morcego seriam a melhor escolha; mas dessa vez foi demais.
Essa história de substituir o Ra's Al Ghul é algo diretamente retirado das revistas
do Batman e isso me incomodou de uma maneira que nada antes tinha incomodado. Minha
expectativa para essa temporada era vermos um arqueiro saindo um pouco dessa “sombra” para encontrar uma identidade mais única, mas parece que isso não está nos
planos dos criadores. Isso pode até não ser um problema para muita gente
(especialmente quem não lê nada do morcego), mas para mim foi uma decepção.
Ignorando um pouco isso tudo, vamos falar do Oliver: ele
nunca foi tão chato (e burro) quanto neste episódio. É compreensível ele querer
“salvar” sua irmã da situação em que ela se encontrava, mas em que momento
passou pela cabeça dele que invadir a liga dos assassinos seria uma boa ideia?
Foi muito legal ver ele e o Diggle agindo como uma equipe novamente (esquecendo o
resto), mas tirando isso não teve nada que salvasse essa ideia
estúpida.
Mas indo para a parte boa, é necessário falar do flashback. Muito mais interessante que o
do último episódio, mas por si só não significa muita coisa. Todos nós já sabemos
que ele não volta para Starling e já ficou claro que o garoto morreu, então não
houve nada inesperado. Serão necessários mais alguns episódios como esse para
consertar os erros cometidos nessa parte, mas eu espero que consigam.
Enquanto tudo isso acontecia Felicity e Ray conseguiram
criar alguns momentos muito interessantes. Finalmente vimos a armadura pronta,
e agora que o Superman a roupa do Átomo está pronta, a história vai se
tornar mais interessante em Starling. Mas não foi só isso que aconteceu, e com
o relacionamento entre o novo herói da cidade e a Felicity se tornando algo
cada vez mais sério e bem escrito, está ficando difícil continuar shippando ela com o Oliver. Esse
triângulo amoroso ainda vai render bons momentos no decorrer da temporada.
Para finalizar, eu reclamei bastante e não gostei de várias
coisas por motivos extremamente pessoais, mas no geral esse episódio pareceu
agradar muita gente e é fácil entender o porquê. Com essa nova reviravolta, a
história tem tudo para nos apresentar momentos bem interessantes nessa segunda
parte da temporada e, principalmente, todos querem saber como o Oliver vai sair
desse problema. Só espero que daqui pra frente haja um esforço em dar para o
Oliver uma cara própria como personagem, e de preferência uma que não seja tão
chata quanto a desse episódio.
Obs.: Gostei muito
da aparição da Nyssa. Fazia tempo que ela não era relevante
quando aparecia, mas ela finalmente mostrou que tem potencial para ser
explorada. Espero ver mais dela daqui pra frente.
3x16 - The Offer
Depois de um cliffhanger
tão chocante quanto o do episódio anterior, o mínimo que se poderia
esperar seria um episódio que correspondesse à toda àquela expectativa, e foi
isso o que aconteceu em The Offer.
Tenho que admitir que o resultado da proposta feita por Ra's
foi melhor do que eu esperava. A forma
como a ideia foi apresentada e as possibilidades que Oliver teria comandando a
liga (lembrando que ele teria poder para fazer com que não houvesse mais
assassinatos) tornaram essa “proposta de emprego” uma das melhores que eu já
vi. Mas, obviamente, ele não aceitou e foi isso que deixou tudo interessante. É
extremamente compreensível que Quentin volte a caçar o Arqueiro. Tomado de
raiva por aquilo que aconteceu com Sara, agora o motivo para não gostar de
vigilantes é pessoal, e isso torna a dinâmica da cidade muito mais interessante
do que no início da série. A relação do capitão Lance com sua filha também
sofreu uma mudança drástica e a forma como ambas as personagens lidarão com
isso tem tudo para ser interessante se considerarmos os diálogos mais recentes
entre eles.
Aliás, foram vários os relacionamentos que se alteraram
nesse episódio. Começando pelo menos interessante: Roy e Thea estão juntos de
novo e isso não é surpresa nenhuma. Resta saber se é temporário ou permanente,
mas acho difícil isso gerar alguma coisa muito inesperada. De interessante
mesmo tivemos o triângulo amoroso principal da temporada, que cada vez mais
parece estar tendendo para um resultado ruim para o nosso Arqueiro favorito.
Felicity e Ray estão realmente dando a entender que algo sério vai rolar e isso
gera uma dinâmica boa. Quem sabe assim o Oliver aprende a parar de
desperdiçar as oportunidades. Mas mesmo sendo culpa dele é difícil não sentir
pena, até porque ouvir que ele é um dos melhores amigos dela deve ter doído mais que a
espadada do Ra's. O bom é que nem tudo foi negativo entre os dois. Cada vez
mais eu tenho a impressão de que existe um esforço muito grande para fazer a Felicity
ter pelo menos um diálogo fantástico por episódio. Além de abrir os olhos do
Oliver para ele entender o que estava acontecendo, o final da conversa em que
ela fala que a felicidade dela depende da presença dele na sua vida fez todos
os shippers vomitarem arco-íris.
Os momentos finais do episódio também conseguiram
surpreender, a presença da Shado, ou de alguém que simplesmente a lembre,
talvez consiga trazer algo interessante para os flashbacks. Mas o que eu mais gostei foi a conversa final entre a
Laurel e a Nyssa. Desde que Laurel começou a treinar para ser uma vigilante
eu falei que gostava da ideia de que ela fosse treinada pela Nyssa (se vocês
forem na review do segundo episódio desta temporada vão ver que não estou mentindo) e
agora isso finalmente vai acontecer. Isso torna tudo muito mais interessante, primeiro
porque não gosto tanto da ideia de que o Oliver seja aquele que irá treiná-la. Segundo porque dessa maneira o treinamento dela, provavelmente, terá
resultados melhores e mais rápidos. Mas o principal é que isso faz com que a
Nyssa apareça mais na série, o que é realmente bom.
Quando esse episódio acabou o que eu mais queria era ir
correndo dar nota máxima na review porque em vários momentos a série
apresentou exatamente o que eu gostaria de ver, mas depois de um tempo é
possível notar que o episódio não foi perfeito. De qualquer modo, The Offer trouxe reviravoltas muito
promissoras e deixou um enorme gosto de quero mais.