[Fora de Cena] Bloco #PartiuSofá
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Olá, leitores! Hoje é sexta-feira (13), mas ao invés de trazer para vocês um filme de terror, o Fora de Cena decidiu fazer o nosso próprio bloco de carnaval, o Bloco #PartiuSofá. Acredito que assim como existem os foliões que vão curtir todos os blocos de sua cidade, também há os que preferem ficar no conforto do seu lar, especialmente devido ao calor, curtindo seu confortável sofá e um bom filme. Por esta razão, a coluna está fazendo diferente e, com isso, trago dois convidados especiais para indicar um filme cada, juntamente comigo.
Mary Poppins (1964)
Por Karolen Passos
Por Karolen Passos
Depois de muito ponderar a respeito de qual filme merecia estar aqui para os foliões do sofá de plantão, tomei a decisão de falar deste maravilhoso musical da Disney.
Mary Poppins toma lugar na cidade de Londres nos anos 1910. O banqueiro Mr. Banks (David Tomlinson) não consegue encontrar uma babá para seus filhos sapecas, Jane (Karen Dotrice) e Michael Banks (Matthew Garber). Mary Poppins (Julie Andrews) cai, literalmente, do céu após uma das crianças escrever uma carta de como seria a babá perfeita. Juntamente com o faz-tudo Bert (Dick Van Dyke), ela transforma a vida daquela família com muita música, magia e diversão.
O longa-metragem de Robert Stevenson é adorável. De forma sutil, divertida e (por que não) mágica, a narrativa traz boas reflexões sobre a forma de viver a vida. A direção cinematográfica é excelente, a trilha sonora composta por músicas de fazer a família inteira cantar e querer dançar é perfeita. Os personagens, em especial, o prestativo Bert e, claro, a querida Mary Poppins, conquistam a todos que se atrevam a assistir. Uma produção musical que cativa e faz os olhos brilharem.
Mary Poppins é, definitivamente, supercalifragilisticexpialidocious.
Quando Karolen Passos me convidou para fazer parte do Bloco #PartiuSofá confesso que fiquei um pouco assustado. Ela me pediu para dar uma dica de filme que não fosse lançamento e me sugeriu os gêneros drama ou suspense. Tarefa árdua, principalmente levando em conta o período alegre do carnaval. Ainda assim, como diria Nascimento, missão dada é missão cumprida. Lembrei-me de um filme pelo qual tenho certo apreço especial: Um Conto Chinês é um drama leve baseado em uma história real. Estrelado pelo genial Ricardo Darín, o longa-metragem conta a história de um veterano da guerra das Malvinas que vive recluso e tem sua rotina mudada por um chinês que chega a Buenos Aires.
Surpreendente, Um Conto Chinês tem a história como foco. Até certo ponto, com seus personagens carregados de dramaticidade, é cinema argentino muito parecido com o nosso. O filme não se vale de nenhum efeito mirabolante - não que não tenha nenhum efeito, tem sim - mas eles trabalham de forma sutil, você nem percebe. O roteiro leva o espectador ao que importa. E o que importa nesse filme? Esse conto é sobre mais do que apenas dois personagens culturalmente diferentes tendo que conviver em um mesmo lugar. É sobre solidariedade, sobre os efeitos da guerra em uma pessoa, sobre amizade e sobre o amor (correspondido ou não), contado de forma suave e, por muitos momentos, extremamente engraçados.
Ricardo Darín (O Segredo de Seus Olhos e Relatos Selvagens) mais uma vez dá um show com uma interpretação minimalista, mas, ao mesmo tempo, grandiosa de seu Roberto, homem metódico que cultua a memória da mãe morta. Mas quem, de fato, rouba a cena é Ignacio Huang, ator que dá vida ao chinês recém-chegado em terras portenhas sem falar nada de espanhol. Apenas com suas reações e seu rosto oriental, ele passa tudo que precisamos entender. Detalhe: as falas em chinês não são legendadas, o que nos coloca na mesma situação de Roberto. Por essas e outras, esse filme é uma boa pedida para o seu carnaval no sofá.
Depois de pensar muito e ficar em sérias dúvidas de qual animação trazer para cima desse trio especial de carnaval, uma das mais simpáticas e divertidas foi a escolhida.
Lançado em 1998 pela Dreamworks, FormiguinhaZ chegou aos cinemas tendo que lidar com a inevitável comparação com Vida de Inseto, que estreou no mesmo ano e que contava com uma temática muito parecida. O grande destaque da animação, sem sombra de dúvidas, reside na dublagem feita por Woody Allen, que consegue imprimir em Z todas as suas características e neuras há muito conhecidas pelo público.
A história é simples e fala bem com crianças e adultos onde a formiguinha Z é apenas um operário, que sonha roubar o coração da princesa Bala (Sharon Stone). Para isso, convence seu amigo soldado a trocar de lugar com ele, o que faz com que tenha que enfrentar o impiedoso General Mandíbula (Christopher Walken), que planeja uma grande ofensiva contra o formigueiro. Sem tentar reinventar a roda ou fazer algo mirabolante, FormiguinhaZ diverte todas as idades e merece ser conferida ou revista por aqueles que querem fugir da folia.
Agradeço ao Edu Sacer por topar participar deste trio elétrico e também por ter batizado o Bloco #PartiuSofá. Agradeço também ao Alexandre Bragança por aceitar fazer essa aparição especial em nosso bloco de carnaval. Espero que vocês, caros leitores, tenham gostado!
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Agradeço ao Edu Sacer por topar participar deste trio elétrico e também por ter batizado o Bloco #PartiuSofá. Agradeço também ao Alexandre Bragança por aceitar fazer essa aparição especial em nosso bloco de carnaval. Espero que vocês, caros leitores, tenham gostado!
Bom carnaval a todos. Até a próxima!
That's all folks!