[First Look] Marvel's Agent Carter 1x01/02 - Now is Not the End/Bridge and Tunnel
Sim, o mundo precisa de Peggy Carter!
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Sim,
o mundo precisa de Peggy Carter!
Quando a força do universo Marvel nos cinemas foi comprovada pelo
avassalador sucesso do primeiro Vingadores
lá em 2012, não era muita gente que colocava fé na ambiciosa empreitada da Marvel Studios. No entanto, os anúncios
explosivos de mais e mais derivados (entre filmes, curtas e séries) foram
deixando uma marca nunca antes vista em todos os pontos das mídias pop e cultural,
originadas por uma adaptação de quadrinhos. Na TV, Agents of S.H.I.E.L.D. ficou com a complicada tarefa de dar espaço
para personagens menores e criar uma identidade própria sem furar todo o
minucioso trabalho iniciado pelo filme do Homem
de Ferro em 2008.
Claro, muita gente
se decepcionou com o burocrático início da série, mas não demorou muito para
Phil Coulson e sua equipe alcançarem a contraparte cinematográfica do marvelverso no
quesito qualidade de produção, roteiro e carisma. Logo, como um fã confesso de
tudo o que foi visto até aqui, fico feliz em dizer que a aguardada estreia de Agent Carter não só supera toda a
expectativa originada pela divulgação da
ABC como segue um caminho surpreendente ao se revelar uma série de
espionagem no pós-guerra, tendo como diferencial o protagonismo da primeira grande
personagem feminina da Marvel Studios,
a agente Peggy Carter (Hayley Atwell,
com uma simpatia hipnótica).
O curioso em Agent Carter é que, assim como Agents of S.H.I.E.L.D. se beneficiou das
reviravoltas presentes em Capitão América
2: O Soldado Invernal, a nova série segue de perto as consequências do
primeiro longa do bandeiroso. O Capitão não é nem de longe meu herói favorito
dos Vingadores, porém a forma como os roteiristas Christopher Markus e Stephen
McFeely conseguiram linkar todo o
universo e dar importância ao intitulado "Primeiro
Vingador", é admirável. Personagens como Howard Stark, menções ao Dr.
Abraham Erskine e à própria SSR (a primeira S.H.I.E.L.D.) pipocam em
participações, referências e destaques na própria trama central. O resultado é
uma história que vai se agigantando, graças ao background dramático dos filmes, mas que mesmo assim consegue
funcionar sozinha, ainda que o conhecimento sobre os acontecimentos anteriores
seja mínimo.
Essa independência
se deve em grande parte ao carisma da personagem título e ao design de produção do programa, que cria
uma Nova York tão real no ano de 1946, que por alguns instantes eu me esqueci do
canal onde a série passa (e quem conhece a ABC
sabe bem do que eu estou falando). Peggy também desfila como uma figura
feminina forte em meio ao mundo machista da era pré-feminismo, e em nenhum
momento os seus discursos - presentes em gags
divertidíssimas como as sequências com a radionovela em Bridge and Tunnel - soam como ativismo
vazio ou pretensioso.
Como todos os
grandes heróis, a espiã ainda ganha um sidekick
inspirado que vem na forma do mordomo dos Stark, Edwin Jarvis (James D'Arcy em mais um casting que merece aplausos). As missões
que os dois parceiros protagonizam resgatam o clima dos filmes de espionagem clássica,
trazendo duas grandes sequências de ação que se vier a ser marca da série, vai
tornar tudo ainda mais empolgante.
Ganhando vantagem
por ter sido produzida como uma minissérie em oito partes, Agent Carter monta com originalidade uma trama que se mostra desde
o início como algo maior e que lembra os melhores aspectos das chamadas graphic novels. Se eu estou curioso para saber mais sobre organização
Leviatã, sobre a influência da Roxxon no roubo das criações de Howard Stark e
sobre como tudo isso resultará na criação da S.H.I.E.L.D., claro que eu estou!
O mundo dos heróis na TV nunca se beneficiou tanto dessa nova era de ouro das
adaptações de HQ. Eis aqui um nerd feliz e orgulhoso, meus caros.
P.S.1: Tem muito easter egg bacana para quem é fascinado pelo universo Marvel nos cinemas. A presença de Anton
Vanko, um dos criadores do arco reator com Howard Stark e pai do Chicote Negro,
vilão do Homem de Ferro 2, é só um deles, por exemplo.
P.S.2: O Jarvis original também é!