[Crítica] Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba
Surpreendentemente o melhor da franquia.
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Sim, é de se causar surpresa que
as aventuras noturnas de Larry Daley (Ben Stiller) no Museu de História Natural,
em Nova York, serem, agora, a melhor da franquia. É claro que há outros filmes também nos
quais as suas sequências são melhores que as anteriores. Mas, neste caso de filmes
do gênero comédia, o que ocorre frequentemente é o desgaste. Algumas
continuações já perdem suas forças a partir do segundo filme... do terceiro em
diante já é puramente forçar a barra. E há exemplos com franquias que chegam ao
quarto, quinto filme já se arrastando para fazer o espectador rir.
Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba começa com uma apresentação
no museu dando completamente errada. Larry não entende o motivo de seus amigos
mágicos ficarem descontrolados durante uma apresentação para a elite de Nova
York, apesar de Ahkmenrah o alertar de que a tábua que faz o museu inteiro
ganhar vida apresentar sinais de "morte". Assim, com tamanho estrago causado na
apresentação o diretor do museu, Dr. McPhee (Ricky Gervais), perde o cargo por
tamanha trapalhada na apresentação e Larry começa a investigar para saber o
motivo de a tábua estar do jeito que se encontra. Ele conta com a ajuda da
trupe principal do museu para tentar salvar a todos: Teddy Roosevelt (Robin
Williams), Jedediah (Owen Wilson), Octavius (Steve Coogan), Atila the Hun
(Patrick Gallagher), a índia Sacajawea (Mizuo Peck) e Ahkmenrah (Rami Malek). E
aí a aventura deixa o museu de Nova York e vai para Londres, pois o único que
sabe o segredo da placa é o faraó Merenkahre (Ben Kingsley), pai de Ahkmenrah.
E não podemos esquecer, é claro, do macaquinho Dexter e de Laaa, novo "filho"
de Larry, que é a cara dele!
A partir daí é que o filme se
torna melhor entre os outros. O primeiro, novidade que foi, nos apresenta bem os
personagens e é engraçado, atinge o seu objetivo. Já o segundo filme da saga de
Larry se esforça para continuar interessante, nada já é tão novidade. Esta
terceira parte aposta na inovação da mudança de cenário, mudança de local, e
não precisa investir em tantos personagens novos, visto que o principal são os
que já conhecemos desde o início.
Em Londres, somos apresentados
à guarda Tilly, interpretada por Rebel Wilson. Com pouco tempo de tela, ela
consegue trazer graça a sua personagem e nos tira boas risadas. Com o plano
para entrar no Museu de Londres dando certo, basta Larry - com a ajuda de seu
filho Nick (Skyler Gisondo) - e seus amigos conseguirem chegar a ala egípcia para
que os pais de Ahkmenrah lhes diga o que é necessário fazer para salvar a tábua.
Durante as confusões no museu
londrino, conhecemos um novo personagem - e vilão da vez -, Sir Lancelot (Dan
Stevens), que quase faz com que tudo dê errado para Larry e seus amigos. Um dos
aspectos favoráveis do filme é que o diretor Shawn Levy faz o espectador passear
por alguns lugares famosos de Londres, graças à fuga de Sir Lancelot pelas ruas
em busca de Camelot, trazendo essa mudança positiva de cenário também aos
personagens. Além disso, o filme conta com a participação especial Hugh Jackman
(como ele mesmo).
Já no terceiro ato em Nova
York após os seres do museu tomarem uma difícil decisão, o filme tem tudo para
se encerrar de vez... mas não seria um filme de comédia se tudo acabasse com
uma dramaticidade assim. Larry resolve suas questões paternais com seu filho, se
redefine como profissional e segue adiante em seus novos caminhos... mas, no
final de tudo, o circo está armado novamente com a guarda Tilly, que faz do fim
uma verdadeira festa e com direito a cena de filme musical!
Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba diverte, arranca boas
gargalhadas, tem atores que somam bem à comédia e traz aquele gostinho amargo
quando nos lembramos de que um mestre da comédia se foi no ano passado,
deixando já uma imensa saudade de nosso querido Robin Williams... e,
infelizmente, nos fazendo dar adeus, também, a Mickey Rooney.