[Crítica] Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo
https://siteloggado.blogspot.com/2015/01/critica-foxcatcher-uma-historia-que.html
Filmes baseados em histórias reais têm marcado presença cada dia mais nos cinemas, criando quase sempre uma certa curiosidade nos espectadores para ver como ela será retratada na tela grande. O diretor Bennett Miller parece gostar muito de trabalhar com este tipo de enredo, conforme visto anteriormente em Capote (2005) e Moneyball - O Homem que Mudou o Jogo (2011). Em Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo não é diferente, pois ao mesmo tempo em que conhecemos um pouco mais sobre o evento, também somos apresentados a um universo cheio de mentiras, manipulação e que tenta mostrar se existe um limite de poder que pode ser exercido sobre uma pessoa.
Na trama, somos apresentados ao campeão olímpico de luta greco-romana, Mark Schultz (Channing Tatum) que sempre treinou com seu irmão mais velho, David (Mark Ruffalo), uma lenda no esporte. Até que, um dia, Mark recebe um convite para visitar o milionário John Du Pont (Steve Carell) em sua mansão. Apaixonado pelo esporte, Du Pont oferece a Mark que entre em sua própria equipe, a Foxcatcher, onde teria todas as condições necessárias para se aprimorar. Atraído pelo salário e as condições de vida oferecidas, Mark aceita a proposta e, assim, se muda para uma casa na propriedade do milionário. Aos poucos eles se tornam amigos, mas a difícil personalidade de Du Pont faz com que Mark acabe seguindo uma trilha perigosa para um atleta.
Ao longo dos 129 minutos de projeção acompanhamos o desdobramento da relação destrutiva entre o misterioso e problemático Du Pont e o emocionalmente instável Mark, uma vez que o lutador o vê como um mentor, uma fonte de inspiração por tudo aquilo que possui e, em alguns momentos, até como uma figura paterna que não possuiu. Enquanto isso, o milionário representa o ideal americano quase narcisista de estar sempre no topo e ser aquele que pode trazer esperança e conquista aos demais.
O grande destaque do filme fica a cargo de seus protagonistas. É muito interessante ver Steve Carell, conhecido por seus papeis cômicos, transformado, não apenas no físico com a estranha prótese de nariz, mas principalmente a forma soturna e perturbadora de seu John Du Pont, que em vários momentos beira a loucura. Channing Tatum se destaca com a forma física de seu personagem e como ele externaliza os seus conflitos internos durante todo o processo. Mas é em Mark Ruffalo que reside o coração do longa. Em seus poucos momentos de tela podemos ver todo o amor que ele sente pelo irmão e também como age como a "consciência" de Mark, sempre tentando blindar o irmão e trazê-lo a realidade.
O que pode mais incomodar em Foxcatcher é a narrativa lenta com que o diretor guia a trama. Não existem grandes momentos de ápice, mas, ainda sim, é um filme que merece ser conferido.

Ao longo dos 129 minutos de projeção acompanhamos o desdobramento da relação destrutiva entre o misterioso e problemático Du Pont e o emocionalmente instável Mark, uma vez que o lutador o vê como um mentor, uma fonte de inspiração por tudo aquilo que possui e, em alguns momentos, até como uma figura paterna que não possuiu. Enquanto isso, o milionário representa o ideal americano quase narcisista de estar sempre no topo e ser aquele que pode trazer esperança e conquista aos demais.
O grande destaque do filme fica a cargo de seus protagonistas. É muito interessante ver Steve Carell, conhecido por seus papeis cômicos, transformado, não apenas no físico com a estranha prótese de nariz, mas principalmente a forma soturna e perturbadora de seu John Du Pont, que em vários momentos beira a loucura. Channing Tatum se destaca com a forma física de seu personagem e como ele externaliza os seus conflitos internos durante todo o processo. Mas é em Mark Ruffalo que reside o coração do longa. Em seus poucos momentos de tela podemos ver todo o amor que ele sente pelo irmão e também como age como a "consciência" de Mark, sempre tentando blindar o irmão e trazê-lo a realidade.
O que pode mais incomodar em Foxcatcher é a narrativa lenta com que o diretor guia a trama. Não existem grandes momentos de ápice, mas, ainda sim, é um filme que merece ser conferido.