[Crítica] Operação Big Hero
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Operação Big Hero é um filme notável. Primeiro por ser o primeiro longa de animação da Disney a aproveitar personagens da Marvel nos
cinemas. Em segundo lugar, por tratar de uma trama relativamente simples
de forma magistral, nos entregando uma história divertida, original e
emocionante.
A cargo de curiosidade, Big Hero 6
surgiu na década de 1980 como um quadrinho da Marvel em um grupo muito
distinto do que vemos no cinema, incluindo o Samurai de prata Solaris, um ex X-Man. No cinema, os personagens foram muito bem adaptados, assumindo características que os deixaram com uma cara mais Disney,
o que foi ótimo, pois mesmo tendo se mantido fiel ao original, o que
agrada muito aos adultos, permitiu uma maior identificação por parte das
crianças.
A
história é focada nos dois irmãos, Hiro e Tadashi, sendo o primeiro um
gênio de 13 anos que cria robôs lutadores com o objetivo de ganhar
dinheiro fácil em apostas, e o segundo, por ser mais velho, é mais
responsável e preocupado com o futuro de Hiro. Com base nesse receio, Tadashi leva Hiro até o seu laboratório, onde ele conhece seus colegas Honey Lemon (especialista em química e bolas coloridas), Go Go Tomago (expert em física), Wassabi (fissurado por organização e lasers) e Fred
(viciado em quadrinhos, mascote da faculdade, cujo objetivo de vida é
ser um lagarto gigante). É nesse cenário que finalmente conhecemos o
adorável Baymax, um robô-enfermeiro que detecta problemas de saúde e/ou psicológicos e faz de tudo para curá-los.
Baymax
é um personagem maravilhoso. Mesmo sem falar muito e emitindo frases
programadas, a produção foi muito competente em lhe dar uma personalidade
doce e sincera, o que nos garante ótimas cenas como as que Hiro, após assumir o controle de Baymax
devido a um imprevisto que ocorre com seu irmão, o ensina gestos
básicos como cumprimentos com soco, kung fu e a melhor sequência, onde Baymax aparece totalmente bêbado, devido ao término de sua bateria.
Não
irei detalhar muito da motivação central da história para não estragar
as agradáveis surpresas do filme, porém vale ressaltar que a criação
totalmente desencontrada da Operação Big Hero, que dá nome ao longa, é muito bem executada e orgânica. Todos estão motivados por uma perda e enfrentam juntos um supervilão que usa uma máscara Kabuki.
Falando do vilão, se há algo que possa ser criticado no filme é isto.
Acabamos não tendo muito tempo para entender as motivações dele, e
apesar de no fim tudo ser explicado, tive a sensação que a coisa toda foi
um pouco mal executada, apesar disso não prejudicar o filme em nada.
Em
resumo, com uma excelente trilha sonora, bom ritmo e personagens ultra
cativantes, Operação Big Hero é, depois do sucesso estrondoso de
Frozen, mais um grande acerto dos Estúdios Disney, mostrando que eles
não estão de brincadeira nessa nova fase e que o sucesso não está
ocorrendo por acaso. Já torço pela continuação.
P.S.: Adorei o easter-egg da aparição do Stan Lee como o pai do Fred.