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[First Look] State of Affairs 1x01 - Pilot

Após assistir esta première, fiquei meio ' Izzie Stevens ' deitado banheiro. 


Após assistir esta première, fiquei meio 'Izzie Stevens' deitado banheiro. 

Existem dois tipos de pessoas no mundo: as que amam Katherine Heigl e as que odeiam Katherine Heigl. Para o meu azar sou um dos que a ama e encarou 42 minutos dessa nova aposta do canal do pavão, com a sempre linda e loira. Porém, ao entregar seu material, State of Affairs falha em quase tudo, levando, assim, a demora de um piloto longo, corrido e complicado de digerir. O negócio é tão ruim que os roteiristas não conseguiram sequer criar uma cronologia decente para o dia da personagem principal.

Cenas desconexas e muita informação sem resposta foram as apostas do piloto, que traz, junto com Izzie Stevens (Kath Heigl), uma tentativa de correlacionar trama terrorista com política em um emaranhando também desconexo de jogos emocionais e casos ocultos, que fazem uma grande massa voltar pela simples vontade de matar sua curiosidade. Mas aqui fica a pergunta: depois de algo tão ofensivo que foi este piloto, vale a pena dar uma segunda chance para a aposta da NBC?

Nem a Presidente Constance Payton ([Eu ri com esse sobrenome] Alfre Woodard) consegue impor um tom mais característico de séries que abusam e jogam diversas vezes com os telespectadores. E, quando nem a Presidente dos Estados Unidos consegue salvar uma cena, não crê-se que o resto do elenco salvará. Nenhum dos coadjuvantes foram bem aproveitados, e apenas lançaram-se para ser apoio de Izzie. Na maior parte do tempo as informações eram apenas lançadas e, com uma ajuda da sorte, resolvidas. Não houve aquela inteligência devastadora que estamos acostumados com procedurais, e isso fez falta. Um elemento que se perdeu na quantidade de informações doravante desnecessária e não crível.

Fatores que deixaram ainda mais irritante o episódio foi o modo de tratamento que Izzie recebeu durante todas as cenas em que era jogada. Pode-se avaliar que em todas ela irá ter nuances de: a) Transtorno de Estresse Pós-Traumático; b) Transtorno Obsessivo Compulsivo e c) Um sério problema em preencher vazios. Claro, temos todo o trauma que ela sofreu em Cabul e ver seu noivo morto, isso é x, agora ela precisa decidir em qual lado vai ficar. Tendo sua entrada negada na CIA e ainda assim conseguindo entrar na Casa Branca, já y, o que me leva a crer que nada chega a lugar algum.

E, para tentar um clima mais instigante ao telespectador, ainda temos um stalker via SMS que parece saber o que realmente aconteceu em Cabul, e, honestamente, se eles tentaram incluir isso para deixar as pessoas curiosas, eles precisam rever algumas prioridades. Uma agente da CIA que não consegue quebrar o código de um celular mas consegue achar a localização do terrorista mais procurado por ela mesma e a Presidente? Isso não faz o menor sentido, e em momento algum é cabível no enredo descrito. Nota-se esses inúmeros problemas de roteiro, que incomodam quando percebidos. 

Além dos problemas com o desenvolvimento da história, outro lado que não convence é a atuação de todos os envolvidos neste piloto. A inexpressividade que todos os personagens gozavam de desfrutar era revoltante. E, quando não eram inexpressivos, estavam sempre acima dos limites, perdendo sérios números de credibilidade.

Em poucas palavras, State of Affairs mostra que nem sempre uma grande história, bons atores e uma produção acima do normal fazem ter um material final que seja ao menos notável. Aqui, ele ficou perto do 'assistível'.


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