[Crítica] A Misteriosa Morte de Pérola (VII Janela Internacional de Cinema do Recife)

Recife/PE - Por Jo Pais

A Misteriosa Morte de Pérola, de início, me fez pensar ser um suspense policial, já que o plot se propõe a isso. Pérola (Ticiana Augusto Lima) se muda para uma nova cidade e passa a morar só, mas dali a um ano ela e seu noivo irão se reencontrar. Tudo se passa bem, até que a protagonista começa a passar pela solidão.

Pérola fica um tanto paranoica e suas crises de pânico começam a fazê-la mais reclusa dentro do apartamento novo, que é um tanto sombrio. Confesso que adorei a forma como eles fizeram o filme por inteiro, mas principalmente a iluminação que se destacou, não só por ser um filme tenso como também por ter sido bem tratada.

A protagonista começa a ser seguida por um suposto vizinho do andar de cima, e é aí que ela começa a trancar tudo, se fechar para o mundo e etc. Daí em diante, as coisas vão piorando até que ela morre e seu noivo passa a investigar o caso sozinho também e apenas com uma câmera para achar o tal assassino da jovem.

E só para constar, o filme, além de ter o conjunto iluminação + trilha bem usados para causar sustos e medo no público, ele consegue ser romântico no final. Sinceramente, o filme foi bem dirigido ao meu ver, até porque nossos diretores são os atores e escritores. Então, mesmo sendo um produto pessoal, o filme é ótimo e me deixou com a sensação de medo.

A sessão de estreia do longa se deu pela Competição de Longas Brasileiros do VII Janela Internacional do Recife e não vejo motivo de ele não sair por aí fazendo sucesso. Tudo no filme foi bom e ele quase não tem diálogos. Então, a trilha, em especial, foi essencial. Vide a cena em 360º com o relógio (que deu bastante efeito na acústica da sala). Assistam assim que puderem e, por favor, me digam se também fecharam os olhos em algumas partes ou fui a única medrosa daquela sala.