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[Review] Nashville - A Segunda Temporada

A Life That's Good.


A Life That's Good.

Nashville nunca foi uma das séries mais populares por aqui, mesmo assim ela continua firme e garantiu sua terceira temporada. Ao ver, ela é uma das séries mais agradáveis de se assistir, com muitos bons personagens e boa música (para quem curte Country). O problema do seu primeiro ano foi sua trama enrolada e pouca movimentação na história, o que felizmente mudou muito na segunda temporada, que se tornou agitada, não devendo nada a essas "séries novelão" por aí. O grande destaque fica pelo bom aproveitamento da maioria dos personagens e pela saída dos que pouco agradavam.

A trama principal envolvendo Rayna e Deacon foi construída aos poucos e de forma bem feita. Do acidente até a nova tentativa de Deacon de conquistar Rayna muita coisa aconteceu, ambos arranjaram novos parceiros (Deacon teve mais azar nisso) e o cantor aprendeu a conviver com a filha, enquanto Rayna tinha todos os problemas do mundo para lidar, seja com Scarlett, Jeff ou Juliette. Ao conseguir levar seu selo adiante, Rayna conseguiu uma grande vitória diante de Jeff e terminou a temporada como o grande destaque, sem dúvidas. A forma como ela ajudou Juliette a resolver a questão da traição, prova como ela parece ser a única personagem a sempre manter a cabeça fria e estar sempre pronta a resolver os problemas que aparecem.

Tudo só melhora quando o restante do elenco ajuda. Juliette continuou aprontando e sofrendo todas, mas isso deu um belo agito a trama, mas no final das contas Avery ainda é o melhor personagem para fazer par com ela, e também se não for ele, não será mais ninguém. Se ele vai perdoá-la ou não, só saberemos ano que vem, mas acho que a maioria está na torcida para que sim. Fato é que são personagens que funcionam muito bem juntos.

Assim como Gunnar e Zoey, com menos destaque mas também com boas histórias. Junto com Avery eles foram a melhor parceria musical da série, e que seria muito bom se fosse levada adiante. Se Rayna quer artistas novos para seu selo, não sei como ainda não apostou nesse trio. Sua única aposta não deu certo, entretanto o drama de Scarlett, que foi um ponto negativo durante toda a temporada, finalmente fez sentido após a aparição da sua mãe, e consegui gostar dela de novo. Aliás, seu dueto com Gunnar na Season Finale só demonstra que eles deveriam ser mesmo um casal. Agora que Scarlett finalmente confrontou a mãe, parece ter se tornado uma pessoa mais forte e sem dúvidas isso é um ponto positivo para a personagem. 

Outro drama que agitou a trama foi a questão da homossexualidade de Will. O cantor ignorou todos os conselhos de Gunnar em aceitar quem ele é até o final da temporada, e acabou se complicando de vez não só ao casar com Layla, mas se expor em um reality. Era óbvio que ele seria descoberto, só é uma pena que seja do jeito que foi, quando acreditou estar sozinho com Layla (que não é uma boa pessoa, basta lembrar o que vez com Juliette e Scarlett). A terceira temporada será difícil para Will, mas acredito que se Jeff não o quiser mais em sua gravadora, Rayna há de querer.

As tramas que menos me chamaram atenção na série sempre foram as políticas. Ted nunca foi um personagem que me agradou muito, mas acabou sendo importante, já que as mortes ocorridas esse ano envolveram ele indiretamente, seja da esposa, seja a de Lamar. Ted quase conseguiu levar Deacon a voltar a beber graças ao seu caso com Megan. Ou seja, Ted pode odiar Deacon, mas também dá motivos para ser odiado, e não há nada que ele possa fazer para evitar a aproximação entre o cantor e Maddy. Comentando rapidamente sobre as filhas de Rayna, Maddy é uma das personagens que mais me irritam, simplesmente por ser uma adolescente revoltada clássica, dessas que já estamos cansados de ver em várias séries e filmes, o que salva são realmente seus números musicais, seja com a irmã ou com Deacon. 

No geral, Nashville apresentou uma temporada cativante e uma boa história, sendo uma boa série para se ver sem comprometimento. Além disso, tivemos belas canções e até participação de Michelle Obama, reforçando a ideia de ser uma série de valores conservadores, com patriotismo, família e religião. Mas nada surpreendente, simplesmente é essa a vida de quem vive no clima da música country e é dentro disso que gira a série. Basta ver que uma das cenas finais de Rayna na temporada é uma oração. Essa é a filosofia dos roteiristas de Nashville.

A grande dúvida para o próximo ano será a escolha de Rayna entre Deacon e Luke. Aliás, Will Chase já provou em Smash que pode soltar muito a voz, então podiam dar uma oportunidade dele fazer isso na série. Até agora ele só cantou "normal". Só posso esperar que Nashville continue sendo uma boa série, mesmo com o corte de orçamento, e apresente belas músicas. E sendo assim, finalizo o post com uma canção que gostei muito, cantada por quase todo o elenco da série.


Só faltou a Rayna!

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