[Review] The Blacklist 1x03 - No. 84: Wujing
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The Blacklist não parece ser uma simples série policial. Tampouco
uma trama que conta a história de um criminoso. Acredito que todos já estamos
um pouco satisfeitos com a quantidade de filmes e séries que trazem um caso
isolado a cada episódio. A série também não se propôs a quebrar todos os paradigmas
de dramas policiais.
A nova série da NBC aposta em um
roteiro estável, bons atores e uma premissa muito boa. Raymond “Red” Reddington
é um dos 15 criminosos mais procurados pelo FBI, que um belo dia entra no
departamento de polícia, pede para falar com o diretor da divisão antiterrorismo
Harold Cooper e se entrega. Tomamos esse susto em menos de 2 minutos de série. Reddington
é um cara que facilita as coisas. É como se ele fizesse serviços gerais que
tornam alguns crimes possíveis. E ele é bom no que faz. Não bastasse isso, duas
coisas curiosas complementam a premissa: Raymond oferece uma lista com pelo
menos 26 criminosos ao FBI, alguns dos quais nem o serviço de inteligência sabe
que exista. A segunda coisa é que ele só está disposto a negociar com Elizabeth
Keen. Carinhosamente chamada de Liz, ou
Lizzy, a agente Keen é uma psicóloga forense que entra no FBI com a especialidade
em traçar perfil psicológico de criminosos e não tem ideia do porquê Reddington
querer tanto ela no caso. Nem o público.
No primeiro episódio, já temos um
nome dessa tal lista que o criminoso diz ter: Ranko Zamani. Zamani se engaja em
uma vingança e planeja raptar a filha de um general e usá-la para ativar uma
arma química. Zamani acabou morto no episódio e a bomba ficou nas mãos do
ucraniano, contato do Red, que a desativou. Mas alguns pontos no episódio não
ficaram totalmente esclarecidos. Como já vimos que a série pode
trazer ótimas surpresas no roteiro, sempre ficarão algumas dúvidas: por que o
Raymond se entregou? Qual a real ligação do Red com os criminosos? A bomba
ficou realmente com o ucraniano? O que ele sabe a respeito da Liz? E qual o
mistério por trás da fachada de seu marido? Todas estas perguntas me deixam
animado em um ponto: não será simplesmente uma série de casos policiais
isolados a cada episódio.
O segundo episódio traz uma
possível luz para uma pergunta acima. Inicialmente Reddington diz ao FBI que um
criminoso conhecido como O Freelancer
mataria uma humanista, que resgata crianças da escravidão e oferece
reabilitação social e ocupacional a elas. O que a polícia não sabe é que quem
contratou o freelancer foi o próprio
Red e que a tal humanista na verdade trafica garotas. O plano de Red era conseguir uma
forma de se aproximar da humanista e mata-la. O freelancer foi uma forma de distrair todos para que ele tivesse seu
tempo privado com a bandida. É quando ele diz “o FBI trabalha para mim agora.” Essa
frase me deixou muito curioso! Será que ele estava falando apenas daquele caso
específico ou os episódios seguintes vão revelar que Reddington está fazendo
todos de gato e sapato? O terceiro episódio foi o que
mais me agradou! Achei mais brutal e ao mesmo tempo mais sentimental que os
dois anteriores.
Como uma rua de mão dupla,
Reddington se mostra bastante alheio às pessoas e situações que acontecem, mas
ao mesmo tempo mostra forte empatia pela Liz. Aliás, quem não se encantaria com
aqueles olhos? A corrida para tentar salvar a
vida de um engenheiro ligado à CIA força Red e Liz a colocarem a vida em risco.
Liz tinha que forjar a criptografia de uma mensagem para descobrirem qual o próximo
alvo do mafioso chinês, mas a ligação com o sistema do FBI é descoberta e isso
custou a vida de um dos funcionários do mafioso. Eu levei um pequeno susto com
essa cena. Reddington tomando a arma de um capanga e matando o funcionário foi
surpreendente. Só quero saber como a Liz vai lidar com esses comportamentos de
Red. Ele já deve ter matado outros inocentes e se a necessidade aparecer de
novo, já sabemos o resultado. Ela, por outro lado, é uma policial novata. Até
que ponto ela tolerará?
Até a próxima, galera!
Obs.: Só eu achei a Elizabeth Keen bastante parecida com a nossa Robin Scherbatsky de How I Met Your Mother?