[Review] Falling Skies 3x01/02/03 - On Thin Ice/Collateral Damage/Badlands
Um novo aliado e uma nova frente de batalha.
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Um novo aliado e uma nova frente de batalha.
A espera parecia que não ia acabar, mas finalmente Falling
Skies voltou para sua terceira temporada. O final da anterior foi
marcado por um cliffhanger
gigantesco, com uma nova espécie de alienígenas surgindo na frente da
resistência, que acabava de voltar da sua mais importante vitória até o
momento. Sem saber se esse novo extraterrestre seria aliado ou não ficamos um
ano esperando a resposta e devo dizer: valeu a pena.
3x01/02 - On Thin Ice/Collateral Damage
A primeira parte desta nova fase consistiu um especial de duas horas
que juntou os dois primeiros episódios da temporada. Essa combinação foi boa não
só porque é legal ver mais de um episódio em seguida, mas porque com os dois
juntos fomos capazes de nos fazer ver tudo aquilo que esperávamos da série, o que não seria
possível de outra forma. O episódio começou direto com um confronto entre a 2nd Mass e um grupo de skitters, o ataque tinha a intenção de
salvar um grupo de jovens que eram controlados pelos alienígenas. Entretanto,
os membros da resistência foram surpreendidos por uma emboscada e tiveram
problemas no confronto. Os problemas, no entanto, acabaram rápido, quando Tom e
um grupo de outros guerreiros chegaram em seus cavalos, atirando com armas muito
poderosas. E foi assim que ficamos sabendo sobre os alienígenas diferentes da
temporada anterior: eles vieram para a Terra, aparentemente, com a intenção de
ajudar os humanos em combate. As novas tecnologias fornecidas criaram não só
armas mais poderosas, mas também trouxeram uma forma muito mais eficiente e
segura de remover os implantes alienígenas. Além de ver o que tudo gerou,
ficamos sabendo que toda essa evolução da cidade se deu ao longo de sete meses,
ou seja, Tom além de ser o presidente dos Novos Estados Unidos, está próximo de
ser pai novamente.
A emboscada sofrida começou a despertar dúvidas sobre um
espião entre os moradores de Charleston, mais especificamente, um espião entre
aqueles que tem uma maior patente neste novo governo. O professor Manchester
(que havia se tornado vice-presidente) era o responsável por descobrir quem
seria o espião, e após criar uma lista com os principais nomes, foi assassinado.
O principal suspeito é Hal (pelo menos é nisso que ele acredita) já que Karen
(que agora é a nova Overlord daquela
região) implantou algo nele no final da última temporada. Tenho minhas dúvidas
sobre Hal, ele não poderia ter matado o vice-presidente, já que no momento do
assassinato ele estava com sua família na sala de parto, esperando sua irmã nascer.
E nasceu, uma menina no mínimo... estranha. O bebê que parece normal age de
formas bem “inesperadas” para alguém tão pequeno. Até porque, quem aqui já viu
uma criança com semanas de vida ficando em pé no berço e falando “mamãe”? Tudo
isso parecia ser obra da cabeça de Anne, tanto que ela decide não contar a
ninguém sobre o ocorrido, no entanto, mais pra frente vamos descobrir que não é bem
assim.
Mas nem tudo tem ligação com mortes e nascimentos, este
especial, que deu uma base muito boa para a temporada, também teve seu momento
desnecessário. A trama envolvendo o filho mais novo de Tom explodindo uma bomba
nos arredores de Charleston só para se divertir foi um ato tão previsível, quase que de proporções
absurdas. Sempre foi óbvio que se a série continuasse teríamos que lidar com o
crescimento dos personagens mais jovens, e a entrada de Matt na adolescência
foi bem menos interessante do que poderia ser. A cena dele se desculpando com
Anne depois foi “bonitinha” mas foi um clichê tão pesado que não conseguiu
passar a emoção suficiente.
E por último, o que pode ser mais importante para a luta
contra os invasores também foi relado neste especial: uma enorme arma sendo
criado pelos Volm (os alienígenas
“bonzinhos”) no subterrâneo, que seria a vitória da guerra para a raça humana.
Não sabemos se é verdade, ou como ela funcionaria caso seja, o que sabemos é
que esse plot com certeza vai ser importante para a
temporada.
Os dois episódios juntos conseguiram dar uma boa base
daquilo que podemos esperar desta temporada: conflitos com os alienígenas
somados a conflitos internos, com a trama do traidor e a desconfiança geral da
população com relação aos skitters e aos Volm.
Mas mesmo sendo bom, não foi espetacular. Acredito que a atual temporada tem
potencial para ser incrível, mas não enxerguei isso nestes primeiros episódios, que
tiveram um pouco de tudo, e nada muito profundo.
Obs.: A Margaret matando todos aqueles jovens
controlados pelos skitters foi provavelmente um dos momentos mais badass que ela teve em toda a série.
Pena que o último mataram antes dela, queria ver ela indo na faca, no maior
estilo CS.
3x03 - Badlands
Este episódio pode ser definido em uma palavra: emoção. Se a
cena entre Anne e Matt não convenceu desta vez, o filho mais novo do presidente foi responsável por um momento bem marcante da série.
Enquanto se preparavam para um ataque contra Charleston os
membros da 2nd Mass foram
surpreendidos por tiros em seu território. Aqueles que estavam esperando por
alienígenas e seus Mega Mechs
preparados para destruir tudo foram pegos de surpresa por um grupo de soldados
humanos que recebeu ordens de atacar a cidade que trabalhava junto das raças
alienígenas. Após prenderem um dos soldados responsáveis pelo ataque a e
interroga-la, ficamos sabendo de uma notícia bem chocante: o presidente dos
Estados Unidos continua vivo e foi o responsável pela ordem de ataque a
Charleston. Ao ver uma cidade trabalhando em conjunto com os skitters e agora com os Volm, o presidente deu ordens a seus
soldados de atacarem a cidade tida como “traidora”. Isso gera uma infinidade de
possibilidades para o decorrer da temporada, e espero muito deste enredo, com
algo desse tipo podemos esperar por Charleston suportando duas guerras
simultâneas, ou então uma tentativa de acordo com o presidente, o que com
certeza não seria fácil. Mas tudo isso só será importante no futuro, por enquanto
Tom e o resto da 2nd Mass tem outras
preocupações.
Durante o ataque à Charleston, Crazy Lee levou um tiro e caiu
sobre o pedaço de uma parede. O problema é que um dos ferros de construção que
dava suporte ao concreto atravessou sua cabeça. Imobilizada e cega devido ao
local onde o ferro a perfurou, e a partir daí passamos a primeira parte do
episódio acompanhando Pope, que com a ajuda de Matt tentava serrar o ferro para
poder leva-la a um local onde poderia ser atendida. Quando ela finalmente foi
para o hospital de Charleston as notícias não foram boas. A única coisa que
mantinha Crazy Lee viva era o pedaço de ferro atravessado em seu crânio. O
pouco tempo que ela passou junto de Matt poderia ser considerado pequeno para a
criação de um vínculo que se mostrou tão forte, mas acho que foi uma situação fácil
de se acreditar. A cena em que ela finalmente morre e Pope entrega seu colar
para o filho do presidente foi muito significativa.
Mas não podemos nos esquecer da outra parte da trama: o bebê
“avançado”. Com a suspeita de que Anne estaria passando por uma depressão
pós-parto, Lurdes decide ir conversar com Tom sobre a situação, e ele vai então
falar com sua esposa. Até este momento, nós espectadores ainda não temos certeza
sobre a situação do bebê, a nova primeira dama poderia estar passando por
problemas, ou o bebê poderia ser um problema; e é assim que Tom se sente, ele
acha difícil acreditar mas tenta ajuda-la, sem falar que ela está louca.
O final do episódio mostra essas duas tramas se tornando uma
só. É criada em Charleston a Árvore da Liberdade, um local para relembrar aqueles
que morreram após a o início da invasão. O discurso de Tom foi interessante, ao
invés de dar um discurso forçado, falando que tudo estava melhor e que só podia
melhorar ele foi sincero, e o momento como um todo foi cheio de emoção e uma
escapada do ritmo geral da série, sempre com conflitos e desespero. Pena que
durou pouco. Antes do final da cerimônia começou o ataque alienígena a
Charleston. Sendo pegos desprevenidos pelo ataque, começou a correria com todos
tentando se arrumar para o combate. Antes do final do episódio tivemos um foco
na filha de Tom, que acompanhava com os olhos e com a cabeça ao que acontecia.
Ela inclusive sorriu. E devo confessar: em três temporadas a cara desse bebê foi a
coisa mais assustadora da série até o momento. O fato de saber que ela não
deveria fazer somado com aquele sorriso na hora do ataque, me faz imaginar uma
futura Samara em Charleston. Mas brincadeiras à parte foi assim que terminou, o
ataque aéreo e inesperado criou a expectativa para o próximo episódio, que promete
ser o maior confronto da temporada até o momento.
Com um episódio mais emocionante que os outros dois juntos e
criando uma possibilidade de enredo que pode ser ótimo se bem trabalhado, eu
diria que esse episódio foi um complemento dos dois anteriores, no sentido de
dar uma base para a temporada. Mas agora no episódio quatro já vai ser hora de
sair da base e ir pros fatos, vamos ver se todas essas promessas vão levar a
algum lugar ou se vai ser deprimente (pra não dizer brochante) como foi a última temporada de The Walking Dead.