[Review] Hannibal 1x06 - Entrée
“ Aqui estamos. Um bando de psicopatas se ajudando. ” – Freddie Lounds.
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“Aqui estamos. Um bando de psicopatas se ajudando.” – Freddie
Lounds.
E se a primeira menção ao
Estripador de Chesapeake no episódio passado já aguçava a curiosidade daqueles
que, assim como eu, conhece a obra do autor Thomas
Harris e os filmes derivados dela, montar uma curiosa mitologia para
inserir o serial killer na série só
demonstrou ainda mais a qualidade que Hannibal
provou ter em tão pouco tempo. Trazer o ator Eddie Izzard para dar vida ao enigmático Abel Gideon contribuiu
consideravelmente para força do episódio, que não desacelerou um minuto sequer, e deu o pontapé inicial para retomada de Jack Crawford ao caso que o consome há
tantos anos.
O brutal assassinato da
enfermeira pelo Dr. Gideon parece por um fim ao sumiço de dois anos do
Estripador, já que o peculiar modus
operandi salta aos olhos do diretor Frederick Chilton, que deixa os rumores
sobre o “real” paradeiro do psicopata serem espalhados pela astuta Freddie
Lounds. Não demora muito para o FBI trazer Will à reconstituição do caso, mas
sabendo do cuidado quase artístico que o Estripador tinha com suas vítimas, o especialista
logo suspeita de um copycat, bem como
aconteceu no caso do Picanço. A força desse súbito retorno recai sobre Jack, que
guarda um doloroso passado envolvendo sua pupila, a trainee Miriam Lass (minha queridinha Anna Chlumsky).
Com um roteiro coeso, fica claro
que a jornada para humanizar Jack, iniciada no episódio passado, se mostra cada
vez mais produtiva. As peças que levantavam as dúvidas sobre o real propósito
do Dr. Gideon só se definiram quando Crawford resolve usar a própria Freddie Lounds
como isca, correndo o risco de pôr mais inocentes em perigo. A conversa sobre a
lista que elenca as profissões mais propensas à psicopatia foi sensacional, e a
relação raivosa entre Will e Freddie continuou ótima em tela.
Se até então a presença do
Estripador soava como um fantasma finito, a ligação da agente Lass para Jack
nos põe a par do macabro jogo mental do psicopata. De início, Will é o único a
acreditar em algo que mais parece resultado do estresse que Jack vem enfrentando
desde a descoberta do câncer de Bella, mas não demora muito para que as novas
ligações mostrem aos especialistas forenses que o assassino não gostou de ter os
holofotes roubados. A visita à casa de Jack e o braço deixado como lembrete de
que ele ainda está a solta foram de arrepiar.
Tão sorrateiro e sedutor como já
provou ser, Hannibal arma em mais um dos seus jantares (língua com um nome
chique é o prato da vez), a emboscada perfeita para provar que foi Chilton o
responsável pela hedionda transgressão do Dr. Gideon. É incrível como o
psiquiatra se resguarda tendo os segredos mais obscuros das outras pessoas em
seu poder. Ainda na questão de influência, Jack enxerga nele um porto seguro
sem nem desconfiar que a última visita da agente Lass foi ao consultório de
Hannibal. A frase da vez na verdade é: “Jantando com o inimigo” e pegando seus
algozes pelo estômago, o temido Estripador de Chesapeake é o cordeiro mais
lupino do momento. Espetacular.
P.S.: Sobre a bagunça que a NBC fez com a exibição do episódio Ceuf, vale comentar que o caso da semana
do release sem censura não teve mesmo
influência na história, e particularmente o achei bem chatinho.
P.S.2: Os títulos da série emulam um cardápio refinado, e nesta semana
tivemos o prato de entrada. Está aprovadíssimo.
P.S.3: E o temido monstro do cancelamento chegando. Por hora, a
gente continua confiante.
P.S.4: Semana que vem tem a participação da saudosa Gillian Anderson, eXcers estão ansiosos: sim ou claro? Fica aqui a promo para vocês.
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