[Review] Bates Motel - 1x09 Underwater
Cupcakes e maconha.
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Cupcakes e maconha.
Geralmente a
gente assiste um episódio pré-finale esperando cliffhangers mindfucks, um clima tenso e o desenhar de arcos
angustiantes para a despedida. Bates
Motel tomou decisões tão curiosas, que ao final de Underwater eu me vi tenso por um determinado gancho, porém tinha a
noção de que havia assistido o episódio mais divertido da série até então. Sim,
o corpo do delegado Shelby deixado de lembrança para Norma foi o responsável
pelo momento mais surtado da mama Bates, e esta explosão imprimiu um timing cômico quase irônico que se somou
a estadia dos aparadores no Motel. A impressão que eu fiquei é a de que
qualquer trama avulsa brilha com a inclusão de Norma.
Norman foi quem esteve mais por
fora e ainda lidando com o gelo de Bradley. A súbita relação que ele passa a
estabelecer com a professora (envolvida em outro mistério desde já) não me
empolgou tanto. O que me interessou mesmo foram as mudanças nos tons dos seus sonhos.
Ele nem chega a negar pra Dylan que sonhou dando um fim em Bradley. O irmão do
rapaz até tenta fingir um certo conforto durante a conversa, mas ele bem sabe o
que isso significa para o estado atual de Norman.
A ameaça do sr. Abernathy
funcionou e Norma decidiu abrir mão de tudo. A histeria da mulher é fruto do
trabalho excepcional de Vera Farmiga
(Emmy né?!). Nossa expressão quando
ela enlouquece é mais ou menos aquela estampada no rosto dos empregados de
Dylan. Durante todo o episódio, o misterioso Abernathy continua a tortura
psicológica e infelizmente a maioria da defesa de White Pine Bay já acha Norma
louca e nem liga muita para as suas denúncias. Só a resta fugir mais uma vez,
porém Norman não aceita a imposição da mãe e a responde no mesmo nível de
Dylan. A decepção dela foi bem penosa e a reconciliação dos dois momentos
depois me deixou com um sorrisão pela cena fofa ao estilo Bates Motel.
E a lindinha da Emma? Não sei se
é a fragilidade ou o modo altruísta com o qual ela encara sua condição, mas
tenho um apego pela moça que não dá pra explicar. O alívio cômico que foi ela
tentando controlar os aparadores no Motel rendeu uma paquera (já shippo ela com o maconheiro) e a
primeira experiência com drogas. A cara de Emma ao tentar explicar pra Norma que
ficou chapada com um cupcake de desculpas foi impagável. O cuidado que a mama
Bates tem com ela também não me escapou, e eu torço mais e mais por cenas entre
as duas.
Mesmo querendo sair às pressas de
White Pine Bay, Norma descobre outro empecilho. A desvalorização do Motel não
lhe trará o lucro da primeira compra, e se ela vender, o estabelecimento vai
sair no prejuízo. A surra de bolsadas que ela deu no corretor ao descobrir a
informação foi outro dos momentos divertidos, e apesar de tudo eu fiquei com
pena dela. Nesse meio tempo, Dylan se juntou a Bradley (uma bitch metida a sonsa, bem que eu
desconfiei) que com o mesmo papinho manso usado para atrair Norman, convence o
Bates mais velho a invadir o escritório do pai na “empresa” de Gil.
A repercussão dessa aproximação
entre Bradley e Dylan vai explodir de dois lados, pois nem Gil e nem Norman vão
gostar muito quando descobrirem. No entanto, o gancho pra finale veio mesmo do ultimato que o sr. Abernathy da para Norma. A
grana da última moça traficada ainda não foi reposta, e ele tem certeza que
mama Bates sabe do paradeiro. Um prazo foi dado, e semana que vem a gente
confere o boom para uma temporada
irretocável. Ansiosos?