[Review] Spartacus: War of the Damned 3x08 - Separate Paths
O caminho da glória.
https://siteloggado.blogspot.com/2013/03/review-spartacus-war-of-damned-3x08.html
Não faz
nem uma semana que eu falei daquela sensação de continuidade, do sentimento de
que Spartacus poderia e tinha
história para continuar por mais um ano só para acalentar nossos corações de
fã. Bastou um episódio, carregado por um tom de despedidas, para essas
esperanças virem a baixo. Separate Paths é
como o prelúdio de um series finale
que enxerga na força dos seus personagens principais, um belo momento para mais
de um réquiem sobre liberdade, luta e acima de tudo esperança, sendo o eterno Gaulês Invicto o protagonista destes
momentos.
A relação de Spartacus e Crixus
sempre foi explosiva, mas desde a destruição do ludus de Batiatus, que os dois
irmãos da arena passaram a se respeitar. Mesmo com a tensão preexistente, o
respeito só trouxe frutos como as vitórias contra o impossível (mencionadas
desde o episódio anterior). O que ficou claro desde o início da temporada é
que aos poucos os propósitos dos dois grandes líderes da rebelião passaram a
se bifurcar. Spartacus já tinha conseguido a sua justiça e para o seu povo a
liberdade seria o presente mais honesto. Crixus, no entanto, não deixou de
acreditar na sede de vingança por parte de Roma, e almeja mais do que uma
simples mordida no calcanhar da besta.
Nunca o Gaulês esteve tão
grandioso quanto vimos e olhem que a influência de Naevia já havia tirado boa
parte da sua simpatia (assim como a falta de um corte naquele cabelo). A
primeira conversa que Crixus tem com Spartacus é tão verdadeira que os dois
pontos de vista não soam sobrepostos um ao outro. E foi no olhar de admiração
de Spartacus que senti a emoção perante um último pedido: um saque que permitisse
um banquete de despedida (nada mais simbólico para aquelas almas).
Tudo o que nos leva a ter
esperança quando nada mais parece possível, caiu sobre Agron, logo o seu amor
por Nasir assim como a certeza de que o rapaz sempre seria mais do que ele, não
pareceu piegas. Se comover era mais do que esperado, porém quando eu vi a
importância que Agron deu a outros dos seus irmãos, ele ganhou ainda mais o meu
respeito. Aquela declaração dada a Spartacus antes dele se permitir viver foi a
mais pura prova de que a série sempre soube segurar bem o quesito emocional e
bem que Spartacus merecia o seu momento com Laeta.
Se eu tenho uma reclamação a
fazer, ela vem justo do núcleo romano. Crassus prometeu bem mais do que se
mostrou e os motivos da picuinha Tiberius/Caesar foram chupados do que um dia
Batiatus e Glauber representaram. Kore só fugiu mesmo, Caesar aparentemente tão
calculista foi confrontar Tiberius sem nenhuma proteção e acabou tomando uma
surra de vara bem literal e Crassus só fala que foi traído. Sério, nada mais
interessante poderia vir dali? Acho que essa antipatia geral prova que os
romanos não tem cacife para ganhar um spin-off
e desde já eu agradeço.
A passagem de tempo estilizada
para representarem as batalhas pela península itálica serviu como abertura para
o final apoteótico sob a sombra dos muros de Roma. Lá, Crixus, Naevia, Agron e
um contingente de rebeldes que escolheu a glória deram seus últimos suspiros
antes enfrentar o caos. Não consigo expor em palavras o arrepiante “SHALL WE BEGIN!!” incitado por Crixus
depois de relembrar um dos discursos mais emblemáticos de Oenomaus. Aquele do
começo do fim, representado pela queda de um dos Deuses da Arena, que Crixus
esteja nos braços de Júpiter.