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[Review] The Walking Dead S03E04 - Killer Within

“Sem mais coisas de criança... Pessoas vão morrer. Eu, sua mãe, e não há maneira de se preparar para isso.”


“Sem mais coisas de criança... Pessoas vão morrer. Eu, sua mãe, e não há maneira de se preparar para isso.”

42 minutos. O tempo necessário para me fazer sentir todas as emoções possíveis. Esse episódio talvez tenha sido o mais marcante da série, desde a morte da Sophia. Não pela chacina de zumbis ou pelas baixas sofridas pelo grupo, mas pelas sensações transmitidas ao espectador. De calmaria, fui levado de maneira brusca para o medo, a incerteza e a confusão.

Antes de comentar qualquer coisa da prisão, que foi o foco do episódio, vou para Woodbury, onde os acontecimentos não tiveram tanta intensidade. Quem rouba todas as cenas da cidade é Andrea, que se mostra cada vez mais propensa  a continuar “hospedada” pelo Governador. Michonne e ela discutem, uma vez que a primeira não se mostra confiante quanto às intenções do líder da comunidade, e deseja sair de lá o mais rápido possível. Por outro lado, Merle mostra um lado humano bastante diferente de tudo o que já vimos do personagem até o momento. Desejando encontrar o irmão, este se prepara para partir de Woodbury.

Voltando para a prisão, o episódio começa com um clima de mistério, no qual uma pessoa quebra a corrente de um dos portões da prisão, e com pedaços de carne, começa a atrair zumbis. Dessa cena, somos jogados para mais um dia normal de limpeza e arrumação. Todos estão no pátio, há uma discussão com os prisioneiros que estão do outro lado, que pedem desesperadamente para unirem-se ao grupo, Hershell está andando com a ajuda de muletas, tudo parece bastante feliz e normal. Até que uma horda de zumbis aparece, o alarme da prisão dispara. O caos se instala!

Enquanto tentam se defender como podem, o grupo acaba se separando. Carol e T-Dog fogem para o interior da prisão. T-Dog é mordido, mas não desiste de tentar ajudar Carol. Quando vê o caminho impedido por zumbis, corre na direção desses e os segura contra a parede, dando tempo de Carol fugir, em seu último ato. Muita gente pode ficar feliz por isso, mas apesar dos apesares eu gostava bastante do T-Dog, acho que a presença dele ali era de certa forma natural, já que ele sempre esteve presente. Hershell e Beth se trancam atrás das grades, e só são vistos a salvo no fim do episódio. Rick, Daryl, e Oscar fogem para o interior da prisão em busca do gerador, para desligar o alarme que estava atraindo cada vez mais zumbis para o interior da prisão. Dentro da sala do gerador, outro prisioneiro aparece e ataca Rick. Daryl não pode ajuda-lo, a arma de Rick cai e Oscar a pega. Ao matar o outro prisioneiro, prova sua lealdade para Rick, que provavelmente vai deixar que ele e Axel se juntem ao grupo.


O ápice do episódio, porém, acontece com Carl, Maggie e Lori. Quem lê as minhas reviews sabe que eu não gosto da Lori. Considero ela uma personagem chata, pois não contribuía em nada para o grupo, sempre com as mesmas falas chatas além de se irritar com os mesmos motivos bobos.  Fugindo dos zumbis, Lori entra em trabalho de parto, e é ali mesmo, dentro da caldeira da prisão, que Maggie se vê obrigada a fazer o parto de Lori. Como já foi dito antes, parto normal não funciona, o que torna tudo muito mais traumático para Maggie.

Sabendo de seu destino, Lori e Carl tem uma despedida que eu considero como a redenção da personagem. Não tem como não se emocionar com aquela cena, principalmente quando mostra o flashback da segunda temporada, no qual Rick explica ao filho que todos irão morrer, inevitavelmente. De maneira bruta e rápida, Maggie consegue retirar a criança, que nasce sem problemas. É o momento seguinte que desespera, o saber inevitável de que alguém que estava naquela sala, deveria, em poucos momentos, matar Lori pela segunda vez. “Sem mais coisas de criança”, e Carl, em prantos, executa a tarefa que sabia que deveria executar.


A cena final é bastante forte, e é inevitável associá-la à execução de Sophia na temporada passada. Com o grupo novamente reunido no pátio, Maggie chega apenas com o bebê e Carl, e Rick entende o que aconteceu. Quando, aparentemente, estava prestes a se resolver com sua mulher, quando finalmente encontraram um lugar onde poderiam prosperar no mundo apocalíptico em que viviam, essa partiu, sem volta. É com certo pesar que escrevo sobre essas mortes, apesar de não possuir carinho por Lori, vê-la partir dessa maneira foi bem inesperado para mim, T-Dog então, tão traumático quanto. É com uma mistura de sensações que nos despedimos de dois dos personagens originais do seriado.

Um episódio excepcional, e como eu disse sobre o episódio passado, estou sujeito a mudar minha opinião sobre o mesmo, e coloco o episódio dessa semana como o melhor do seriado até o momento. A carga emocional, misturada com a atuação, a direção, a fotografia e a maquiagem desse episódio, mostram que a AMC está investindo fundo para elevar o nível do seriado cada vez mais.

Comparação com os quadrinhos: A morte de Lori foi alterada para a versão televisiva. Na história original ela é baleada nas costas, dias após ter o bebê.

P.S.: Gostei bastante das luzes piscando durante as cenas internas da prisão, conseguiu deixar o clima muito mais tenso, sombrio e assustador.
The Walking Dead 1806303027185344284

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