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Animaction | O Pequeno Príncipe


Só se vê bem com o coração.

Imagine uma cidade séria. Séria no sentido mais grave da palavra. Casas sérias, trabalhos sérios, adultos sérios e crianças cujo único objetivo é se tornar um adulto sério e mais importante que sério: produtivo e essencial. Nada de distrações ou divertimento. Nada de cor. Nesse mundo acinzentado não há espaço para nada disso. Ou melhor, não havia. O que as pessoas grandes jamais entenderão é que por mais que se crie regras, as crianças serão sempre as criaturas mais curiosas e aventureiras do mundo. Então, meus caros, quando uma pequena e séria menina descobre a história de um certo Pequeno Príncipe, contada por um aviador que nunca cresceu, o mundo torna-se colorido. Na verdade, aquela foi de fato a primeira vez que ela olhou o mundo e sorriu. E quando você assistir a este filme irá sorrir também.

Não há necessidade de contar o enredo de O Pequeno Príncipe, pois todos já conhecem a história. Essa é uma fantasia bonita da pessoa que aqui escreve, mas fato é que muitas pessoas ainda desconhecem a narrativa, nem viram os filmes e desenhos já lançados, tampouco leram o livro. Todos conhecem a história de A Bela e a Fera, do Homem que Foi à Lua… Todos conhecem a rosa da Fera, que ao cair da última pétala o levou embora só para o amor da Bela o trazer de volta. Sobre a lua então nem preciso comentar, ontem mesmo ela brilhou sobre nós, cheia de si. Mas será que o homem da lua passou pelo asteroide B-612? E se passou será que lá ele viu uma rosa de beleza única no mundo protegida por uma redoma? Será que foi capaz de perceber o carneiro dentro da caixa? Será que se emocionou com o pôr do sol junto do Pequeno? E por fim, será que o parabenizou por seu esforço diário para impedir que os baobás tomassem conta de seu pequeno planeta?

Não…

O problema das pessoas grandes não é o fato de serem grandes. O problema real é simplesmente o seguinte: elas crescem a mente e atrofiam o coração. Como enxergar assim? Jamais uma pessoa grande, que nunca aprendeu que o essencial é invisível aos olhos, que nunca se deixou cativar, muito menos cativará alguém, será capaz de, à noite, ouvir as risadas do Pequeno Príncipe. As pessoas grandes esquecem. As pessoas grandes não têm tempo. O problema não é crescer, mas sim como se cresce e que valores levamos conosco.

Essa é apenas uma das várias lições que podemos tirar dessa história. O livro já está a nossa disposição há anos, mas como teimamos em esquecer, o cinema tratou de nos lembrar. E ele o fez com maestria.

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