[Review] Arrow 3x13/14 - Canaries/The Return
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Os dois últimos episódios de Arrow trouxeram algo que não víamos na série há muito tempo: falta
de consistência. Enquanto que um deles foi um dos melhores da temporada, o outro
acabou sendo decepcionante com apenas alguns momentos de redenção. Mas não vale
a pena perder tempo reclamando, vamos para a review!
3x13 - Canaries
Canaries foi tudo
aquilo que esperava e mais. Um episódio que não apenas cumpriu a obrigação de
responder àquelas questões colocadas nos anteriores, mas também trouxe
surpresas e momentos muito emocionantes.
Já não era segredo que a Sara apareceria neste episódio, e
quando confirmaram a presença do Vertigo como vilão, ficou claro a maneira que seria sua
presença: alucinações. O que não poderíamos saber era que o resultado seria tão
positivo. Aqui, entretanto, admito que vou discordar de algumas pessoas. Ouvi
algumas reações negativas sobre a volta do Vertigo, sobre o fato de ser
repetitivo, que deviam trazer outro personagem e coisas semelhantes, e sobre
isso só vou falar uma coisa: não havia escolha melhor de vilão para este
episódio. Poderiam ter feito a Sara voltar de outras formas (sonhos, flashbacks, alucinações causadas por
algum outro motivo, etc), mas a volta dele é o fechamento perfeito para aquilo
que foi começado no primeiro episódio da temporada. Ele foi o último vilão que
Sara enfrentou e o primeiro que Laurel enfrenta como membro oficial da
equipe Arrow e isso volta a tudo aquilo que eu já falei sobre o legado deixado
pela Sara ser algo importante nesta temporada. Foi bom matar as saudades da
Canário, sem dúvida, mas ver o nascimento da Canário Negro como uma nova heroína
e não uma simples sombra da irmã também foi ótimo.
A Laurel, obviamente, foi o destaque do episódio e eu volto
a falar: ela nunca foi uma personagem tão boa quanto é agora. Ela teve dois
diálogos incríveis, um com Felicity (que, aliás, deu um discurso fantástico), e
outro com seu pai. Esse último foi tudo aquilo que essa conversa prometia ser
em termos de emoção. Parabéns para Katie Cassidy e Paul Blackthorne pelas
ótimas atuações que me fizeram chorar junto com pai e filha. Essa, aliás, não
foi a única cena boa entre eles: o momento em que Laurel, sob o efeito do Vertigo,
alucina com seu pai furioso por não ter ficado sabendo da morte da filha foi
muito intensa.
Outra discussão, dessa vez uma real, que acabou
surpreendendo foi entre Oliver e Felicity. O arqueiro foi colocado no seu lugar
de um jeito que nunca tínhamos visto na série. Não que ele de fato merecesse
aquilo, mas foi um choque de realidade importante: as coisas mudaram, e se ele faz
coisas que os outros membros da equipe não acham certas então o contrário também
é válido; ele é o líder do grupo, mas ele ainda faz parte de um grupo e tem que
lidar com isso.
Muito drama e muita emoção foram as principais razões do
sucesso deste episódio. Para quem ainda não gosta da Laurel, então as cenas em
que ela “lutou” com a irmã (também chamadas de as cenas em que ela beijou o
chão) com certeza compensaram o foco nela. Mas realmente acho que cada vez
mais o número de fãs da Canário Negro vai aumentar.
3x14 - The Return
Se eu falei que um episódio foi bom e o outro decepcionante, já está bem clara minha opinião sobre The
Return, mas ainda é válido dar uma atenção especial ao episódio para
entender o porquê disso.
Mas, antes de reclamar, vamos avaliar os pontos positivos.
Novamente foram as cenas mais dramáticas que tiveram destaque aqui. Laurel e
Quentin conversando no túmulo da Sara entregaram outra ótima cena, mas dessa
vez a tensão entre eles foi real, e não alucinação. A discussão entre pai e
filha complica a relação entre eles e abre espaço para outras cenas
interessantes entre os dois, mas o que mais gostei foi o momento final.
Laurel finalmente superou seus vícios e isso ficou claro. Ela poderia muito bem
ter bebido naquele momento, mas escolheu não fazer; e isso é um passo na
direção certa para os roteiristas. Parece que eles realmente estão começando a
acertar com ela. Outras duas cenas que se destacaram foram duas da Thea: quando
ela descobre que matou a Sara e quando ela confronta o pai sobre isso. A
última, em especial, mostrou a evolução da personagem. Adeus (definitivo) para
a garotinha mimada, olá personagem com potencial.
Agora é hora de reclamar, e vou começar justamente pelo
pior: os flashbacks. Essa parte
específica dos episódios passou por problemas nessa temporada e só conseguiu ficar
interessante recentemente, mas agora eles conseguiram estragar tudo. Trazer o
Oliver de volta para Starling não faz sentido nenhum se nos lembramos do começo
da série. Achar que só porque ele não foi visto não existe conflito no enredo
foi um engano dos grandes. O que quase salvou tudo foram as cenas entre a
Laurel e o pai, mas nem isso foi o bastante.
Outro problema foi a tão esperada volta do Slade. Muita propaganda para muito pouco problema. Vencer o Exterminador pareceu fácil demais se levar em
conta tudo o que ele fez na temporada passada, e isso acabou sendo uma volta
desnecessária que só prejudicou um personagem tão bom (semelhante à segunda
aparição da Caçadora lá na primeira temporada). Eu esperava que essa volta dele
fosse deixar em aberto uma saga nova, com ele fugindo para voltar num futuro um
pouco mais distante e um plano novo (imagina se ele se unisse à liga dos
assassinos?). Mas, no fim, foi apenas uma decepção. Uma pena fazerem isso com
alguém como o Slade.
Dar nota para este episódio foi complicado. Gostaria de
dar pelo menos meio ponto a mais devido às cenas que gostei, mas os erros
foram grandes demais (e com possíveis repercussões demais) para ignorar. Tomara
que o episódio 15 faça jus à série, porque este não fez.